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Economia

Software do Boeing 737 Max foi desenvolvido por terceirizados com salários baixos

Provável causa de dois acidentes fatais em menos de 5 meses, o software de bordo do Boeing 737 MAX foi desenvolvido por trabalhadores terceirizados, recém-formados e mal remunerados, de acordo com uma reportagem publicada pela Bloomberg

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Do Infomoney - Provável causa de dois acidentes fatais em menos de 5 meses, o software de bordo do Boeing 737 MAX foi desenvolvido por trabalhadores terceirizados, recém-formados e mal remunerados, de acordo com uma reportagem publicada pela Bloomberg na sexta-feira passada (28).

Engenheiros de longa data da empresa disseram ao portal de notícias que o sistema MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System) foi desenvolvido em um período que a Boeing buscava cortes de custos, pressionando fornecedores por preços mais baixos e demitindo profissionais experientes para contratar mão de obra mais barata.

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A empresa e suas terceirizadas baseavam cada vez mais sua força de trabalho em funcionários temporários, alguns deles com salários de US$ 9 por hora no desenvolvimento e teste do software. Para se ter uma ideia, o salário médio por hora nos EUA atualmente é de US$ 34,49, de acordo com um levantamento feito em março pelo instituto nacional de pesquisa do mercado de trabalho nos EUA (Bureau of Labor Statistics). Por isso, a Boeing buscou mão de obra de fora.

De acordo com as fontes, a maioria dos funcionários terceirizados vinha de países sem grande experiência no setor aeroespacial – principalmente a Índia – empregados pela empresa HCL Technologies. Mark Rabin, ex-engenheiro de software da Boeing, disse que os códigos eram escritos por funcionários recém-formados e posteriormente revisado por engenheiros mais experientes. “Era controverso, porque eram necessárias muitas rodadas de revisão de um código que não era feito corretamente”, disse ele.

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Um funcionário da HCL publicou em uma rede social profissional que realizou um trabalho “para resolver um problema de produção que resultou em não atrasar o teste de voo para o 737 Max (o atraso em cada teste de voo custaria muito dinheiro para a Boeing”.  

Em resposta aos questionamentos da Bloomberg, a Boeing disse que o desenvolvimento do MCAS não foi de responsabilidade da HCL. Um porta-voz disse que a empresa sempre teve como “foco principal garantir que nossos produtos e serviços são seguros, da mais alta qualidade e de acordo com todas as regulamentações aplicáveis”.

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Já a HCL disse ter uma relação de longa data com a Boeing, mas que não comenta trabalhos específicos feitos para os clientes. “A HCL não está associada a nenhum problema atual com o 737 MAX”, disse a companhia em um comunicado.

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