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Economia

Temer trava programa automotivo e montadoras ameaçam deixar o país

Programa Inovar Auto, que criou empregos, aprimorou veículos e qualificou trabalhadores automobilísticos, venceu em dezembro de 2017. Rota 2030, que deve substituí-lo, só está no papel e a BMW já disse que pode sair do Brasil e Ford já revê investimentos

Programa Inovar Auto, que criou empregos, aprimorou veículos e qualificou trabalhadores automobilísticos, venceu em dezembro de 2017. Rota 2030, que deve substituí-lo, só está no papel e a BMW já disse que pode sair do Brasil e Ford já revê investimentos (Foto: Charles Nisz)
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Rede Brasil Atual - A indefinição do governo Temer para aprovar novas regras para a indústria automobilística coloca o setor em risco, e montadoras dizem que podem rever planos de investimentos e, em último caso, abandonar o país, levando para fora os postos de trabalho. O programa Inovar Auto vigorou até o ano passado, e o seu substituto, batizado de Rota 2030, ainda não saiu do papel. 

Como o anterior, o Rota 2030 prevê a redução de impostos para o setor em troca de um plano de inovação, que inclui a nacionalização de etapas da produção, com a criação de novas vagas, além de ganhos de eficiência em consumo, emissão de poluentes e segurança para os veículos. 

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Para o presidente do recém-criado Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento (TID-Brasil), Rafael Marques, o Inovar Auto foi fundamental porque "estancou a sangria de importados" e as montadoras trouxeram novas fábricas para o Brasil. 

Ele cita como exemplo que, sem que sejam definidas as novas regras, a BMW já anunciou que deve deixar o Brasil. A Ford, que negocia com a matriz norte-americana a ampliação da produção por aqui, pode rever o rumo dos investimentos. "Estamos pressionando para que isso saia, não no primeiro semestre, mas que saia neste mês de fevereiro ainda”, disse Rafael ao repórter André Gianocari, para o Seu Jornal, da TVT.

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Desde que chegou ao Brasil, nos anos 1960, a indústria automobilística cresceu com iniciativas conjuntas dos setores público e privado. Marques espera que o Rota 2030 adote a linha do programa anterior, mas aprofunde ainda mais a internalização das etapas de produção, principalmente a ferramentaria. 

"Você não tem só o emprego quando se monta (o veículo). Tem emprego e tecnologia na concepção do modelo. Então, o setor de ferramentaria é a primeira etapa, uma etapa importantíssima”, diz Rafael que defende que o país crie empregos mais qualificados.

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O coordenador da subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luís Paulo Bresciani, também acredita que a implementação de um novo programa automotivo "é importante do ponto de vista de sinalizar a manutenção de investimentos, especialmente em novos produtos e fortalecimento da cadeia de autopeças", e prevê que o Rota 2030 pode contribuir com crescimento de 3% a 4% nos postos de trabalho nos próximos anos.

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