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Economia

Tijolaço: apagão fiscal era pedra cantada

"Estamos em pleno caos fiscal. As bobagens saltam uma atrás da outra, desde juiz de primeira instância anulando o 'salvador' aumento de impostos até economistas sugerindo que Temer reverta os reajustes que concedeu, em meados do ano passado, para cooptar a elite da máquina pública e conseguir algum parco comando sobre a máquina administrativa", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço, ao comentar a constatação feita por Miriam Leitão de que o Brasil, com Michel Temer e Henrique Meirelles, literalmente quebrou

"Estamos em pleno caos fiscal. As bobagens saltam uma atrás da outra, desde juiz de primeira instância anulando o 'salvador' aumento de impostos até economistas sugerindo que Temer reverta os reajustes que concedeu, em meados do ano passado, para cooptar a elite da máquina pública e conseguir algum parco comando sobre a máquina administrativa", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço, ao comentar a constatação feita por Miriam Leitão de que o Brasil, com Michel Temer e Henrique Meirelles, literalmente quebrou (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Michel Temer, o presidente sem-caráter, talvez por isso mesmo tenha se saído melhor do que esperavam com o parlamento igualmente desprezível do ponto de vista moral e com o “mercado” com a mesma falta de princípios.

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Então, vai ser preciso bater não apenas na sua honradez – que não existe – mas também no precário equilíbro na queda com que ele conduz o Brasil em crise.

Miriam Leitão vai para a manchete de O Globo com o alarme: País já corre risco de enfrentar um apagão fiscal.

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O risco de o governo não conseguir cumprir a meta é real. A situação é dramática. Para não parar, o governo precisa de, no mínimo, mais R$ 10 bilhões e receber tudo o que programou. 

Bem, quem acompanha este blog sabe que isso é “pedra cantada” faz tempo: bastava olhar os números dos resultados do Tesouro Nacional e ver que, pelo menos depois de maio, seria impossível cumprir a meta de déficit de R$ 139 milhões.

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Diz Miriam Leitão que o arrocho no Orçamento está em vias de paralisar setores essenciais para a própria arrecadação – sem falar nos serviços essenciais à população, este item “irrelevante”:

O mais importante é que o governo não aguenta manter esses cortes. Não dá para sustentar o nível atual de contingenciamento sem comprometer o serviço público, afirma-se na área econômica. Há ministérios que têm dotação orçamentária para dois meses. O Serpro, que faz toda a parte de informática para o governo federal, está sem condições de atender aos pedidos. A Receita Federal é o maior cliente do Serpro, mas o órgão não pode fazer novos pedidos ao Serpro porque não tem como pagar.

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A equipe econômica dos sonhos, o “dream team” de Meirelles, portanto, passou a viver um pesadelo, como apontou-se aqui, ontem e escreve hoje o nada esquerdista Elio Gaspari:

Não se diga que estão fritando Henrique Meirelles. Ele é um queridinho do mercado, entende-se bem com Michel Temer e vocaliza as ortodoxias de gênios que sabem como consertar o Brasil, mas não conseguem conviver bem com seu povo. Meirelles está sendo fervido.

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Como a água da panela está secando, fervura vira fritura num instante.

Temer deu a Meirelles quase toda a autonomia que ele pediu, mas o ministro não entregou os empregos e a perspectiva de crescimento que prometeu. Entrou no governo oferecendo um aumento de 1,6% para este ano e elevou o balão para 2%. Tudo fantasia, hoje o FMI espera 0,3%.

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Estamos em pleno caos fiscal. As bobagens saltam uma atrás da outra, desde juiz de primeira instância anulando o “salvador” aumento de impostos até economistas sugerindo que Temer reverta os reajustes que concedeu, em meados do ano passado, para cooptar a elite da máquina pública e conseguir algum parco comando sobre a máquina administrativa.

É este o “front” que a Globo vai mirar diante das dificuldades de derrubar Michel Temer pela via “moral”. As pesquisas que dão a ele 3% de aprovação mostram que neste campo, o atual ocupante do Planalto não tem muito o que ser ainda demolido.

Não se surpreenda com uma mudança rápida do tempo no “mercado”.

Ao contrário de Henrique Meirelles naquela reunião do quase finado Mercosul, o dinheiro nunca dorme.

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