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Economia

Tijolaço: Bolsonaro quer mesmo a reforma?

A novela da Previdência promete ser longa e cheia de reviravoltas e não creiam que ela será “aquela que o Rodrigo Maia quiser”, como os bolsonaristas passaram a admitir, aponta Fernando Brito, editor do Tijolaço

Tijolaço: Bolsonaro quer mesmo a reforma? (Foto: Reuters)
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço O governo Bolsonaro, com as devoluções dos recursos do Tesouro colocados no BNDES e no Banco do Brasil, as privatizações e o s leilões do pré-sal, avalia Tales Faria, em seu blog, iria zerar o déficit público, doce ilusão de que “fechar o mês” é o mesmo que equilibrar as contas.

Bolsonaro toma como base uma projeção do ministro da Economia, Paulo Guedes, para concluir que não precisa tanto assim do Congresso. Nas contas do “Posto Ipiranga” do presidente, já está garantido o cumprimento de sua promessa de campanha de zerar o deficit já no primeiro ano de governo. Nas contas do “Posto Ipiranga” do presidente, já está garantido o cumprimento de sua promessa de campanha de zerar o deficit já no primeiro ano de governo.

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Pretensão e água benta, claro, cada um usa quanto acreditar nelas, ainda mais quando contabilidade e caixa podem ser tão diferentes e em governo e em governos do Brasil, sobretudo.

A questão é esta visão de que a reforma da Previdência seria o “sair no lucro” para Bolsonaro e que, portanto, ela deve ser deixada na conta do Congresso, que assumiria todos os desgastes.

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Tales, corretamente, observa que “faltou combinar com os russos” como perguntou Garrincha ao técnico Vicente Feola.

Os impasses no acordo para aprovar a proposta de emenda consticucional na Comissão de Constituição e Justiça – aquela na qual governo e “Centrão”, da boca para fora, concordavam em manter tudo, na íntegra, são uma avant-première de que não há tal combinação.

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Nem mesmo a ânsia de Rodrigo Maia em cacifar-se junto ao mercado financeiro como “o homem que viablizou a reforma” é capaz de fazer agrande maioria de deputados do baixo clero colocar o pescoço na guilhotina pelos traços mais violentos da proposta, e eles não são só o BPC e a aposentadoria rural.

O governo vai conseguir fazer a reforma nesta primeira etapa, depenada de algumas excrescências – os jabutis admitidos pelo próprio Guedes –  mas não terá como sustentar as “maldades” na segunda fase. E não serão apenas aquelas duas, mas aquelas onde está a chava da economia que se pretende com o saque dos recursos dos trabalhadores: o cálculo das médias de proventos, as regras quase ausentes de transição e o desumano abate das pensões e aposentadorias por invalidez.

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A novela da Previdência promete ser longa e cheia de reviravoltas e não creiam que ela será “aquela que o Rodrigo Maia quiser”, como os bolsonaristas passaram a admitir.

Ela será a que o Centrão quiser, se é que será alguma não quase apenas formal.

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