Tijolaço: suspensão da carne brasileira não foi coincidência
"No mercado mundial, não esperem piedade", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "O problema não é o volume de compras dos EUA de carne brasileira in natura, que não é expressivo no volume global de carnes exportadas. O problema é o efeito-cascata sobre outros mercados. E, com ele, a JBS 'vai pro saco'", afirma
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
No mercado mundial, não esperem piedade.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciou ontem a suspensão da importação de todas as carnes frescas vindas do Brasil.
A desculpa foram “resultados negativos” em testes de qualidade da carne brasileira que no mercado norte-americano.
Segundo as autoridades dos EUA, 11% dos produtos de carne fresca brasileira importados foram rejeitados em testes, 11 vezes mais que a taxa de rejeição de 1% das entregas vinda do resto do mundo”.
“Apesar do comércio internacional ser uma parte importante do nosso departamento, e o Brasil é um de nossos parceiros, minha prioridade é proteger os consumidores americanos. É isso que fazemos suspendendo a importação de carne fresca do Brasil”, disse o secretário americano, em comunicado.
Segundo o comunicado, a suspensão vale “até que o ministério de Agricultura brasileiro tome medidas corretivas que os EUA achem satisfatórias”, disse o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue,
O problema não é o volume de compras dos EUA de carne brasileira in natura, que não é expressivo no volume global de carnes exportadas.
O problema é o efeito-cascata sobre outros mercados.
E, com ele, a JBS “vai pro saco”.
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