Tombini: BC está vigilante com inflação
"A inflação veio para baixo do que foi em 2012. Tivemos aí um desafio grande e nos últimos cinco meses temos conseguido trazer a inflação acumulada em 12 meses para baixo. Esse processo vai continuar", afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini; para fazer a inflação recuar, a autoridade monetária deu início em abril a um ciclo de aperto monetário, retirando a Selic da mínima histórica de 7,25% para 10% em novembro, e manteve os sinais de que o movimento ainda não vai parar
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BRASÍLIA, 12 Dez (Reuters) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que a autoridade monetária está "vigilante" todo o tempo para fazer a inflação recuar e classificou a volatilidade nos mercados internacionais como "do bem", porque marca o início de normalização das condições financeiras e monetárias.
"A inflação veio para baixo do que foi em 2012. Tivemos aí um desafio grande e nos últimos cinco meses temos conseguido trazer a inflação acumulada em 12 meses para baixo. Esse processo vai continuar", disse Tombini durante café da manhã com jornalistas em Brasília.
"O BC tem estado vigilante em todo esse período no sentido de fazer isso acontecer", acrescentou.
Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de preços no país, ficou em 0,54 por cento, abaixo do previsto, mas com a inflação em 12 meses ainda elevada (5,77 por cento) mesmo sendo a menor em um ano.
Para fazer a inflação recuar, a autoridade monetária deu início em abril a um ciclo de aperto monetário, retirando a Selic da mínima histórica de 7,25 por cento para 10 por cento em novembro, e manteve os sinais de que o movimento ainda não vai parar.
Ao abordar o crescimento do país, Tombini mencionou que a expansão em 2013 será superior à do ano anterior e que "o investimento será um elemento importante" no futuro.
Nesse sentido, ele citou os resultados do programa de concessões nos últimos meses que, segundo ele, são "alvissareiros" por destravar e acelerar a recuperação e reconstrução da infraestrutura no país.
VOLATILIDADE "DO BEM"
No cenário externo, Tombini voltou a destacar o início do processo de normalização das condições financeira e monetárias que, na avaliação dele, "não é sincronizado", citando que a economia norte-americana está mais avançada nessa retomada. Para ele, isso representa uma transição para um "mundo melhor" no sentindo de recuperação da economia global e que isso tende a beneficiar o comércio mundial.
Ele comentou que essa transição embute um "gostinho da volatilidade" que se instalou nos mercados deste meados de maio.
"Diria que é uma volatilidade do bem, que vem em função do início de um processo de normalização após um período de exceção das condições financeiras e monetárias internacionais", afirmou ele.
Tombini avaliou ainda que o Brasil está bem preparado para se beneficiar mais à frente do quadro internacional mais benigno.
A economia brasileira encolhei 0,5 por cento no terceiro trimestre, mostrando ainda dificuldades de sustentar recuperação sustentável.
(Reportagem de Luciana Otoni)
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