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Economia

Valor do Auxílio Brasil não paga uma cesta básica nas capitais do país

De acordo com o Dieese, a cesta básica mais barata no mês passado foi em Aracaju, custando mais de R$ 454. O valor do Auxílio Brasil está estimado em R$ 400

(Foto: Divulgação)
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247 - O Auxílio Brasil, com valor de pelo menos R$ 400 e destinado às pessoas em extrema pobreza, não conseguirá arcar com o valor de uma cesta básica nas capitais do país. O custo médio da cesta básica aumentou em 11 cidades em setembro, de acordo com o último levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e sem tendência de queda. A cesta básica mais barata no mês passado foi em Aracaju, custando mais de R$ 454. A mais cara foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06).

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese levou em consideração 13 produtos alimentícios em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e o bem-estar de um trabalhador em idade adulta. "Os bens e as quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais", afirmou o departamento.

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Consultor da AGR Consultores, Alex Mondl von Metzen reforçou que, "com o Auxílio Brasil, poderia-se comprar, atualmente, aproximadamente 60% de uma cesta básica". "Entretanto, o valor da cesta básica vem crescendo a um ritmo acelerado", disse.

"Assumindo que essa tendência inflacionária se mantenha em São Paulo até dezembro, a cesta poderia vir a custar R$ 757,75 e o auxílio Brasil seria suficiente para comprar 52,8% dela. A inflação, no entanto, parece estar acelerando", complementou.

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Segundo o analista, o aumento na conta de luz está impactando também no valor da produção dos alimentos e, por consequência, no valor da cesta básica. "O arroz e o feijão tiveram uma queda, mas por um motivo ruim, foi porque as pessoas diminuíram o consumo pelos produtos estarem caros. Já o pão francês teve alta de 2.5%, em razão do aumento do preço do trigo e da energia elétrica", continuou.

"Se considerarmos despesas com aluguel, a situação [do beneficiário] fica mais dramática. As últimas 11 previsões de inflação só aumentaram, a tendência é piorar", disse.

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O preço da energia elétrica subiu para 3,91% em outubro, após elevação de 3,61% um mês antes, apontou nesta terça-feira (26) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o principal fator de pressão para o aumento de 1,20% do IPCA-15 em outubro na comparação com setembro.

No ano, o IPCA-15 teve alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Atualmente, a meta da inflação no Brasil é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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