Vendas no comércio perdem força em outubro
Segundo dados do IBGE, as vendas no varejo brasileiro cresceram 0,2% em outubro sobre o mês anterior, atingindo o menor nível desde março deste ano
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RIO DE JANEIRO, 12 Dez (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro cresceram 0,2 por cento em outubro sobre o mês anterior, marcando o oitavo mês seguido de expansão, porém voltaram a desacelerar, ficando abaixo do esperado.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas varejistas atingiram o menor nível desde março deste ano (quando cresceram 0,1 por cento), após aumento de 0,5 por cento em setembro na comparação mensal. Sobre outubro de 2012, as vendas registraram crescimento de 5,3 por cento.
A mediana das projeções de analistas ouvidos pela Reuters apontava para crescimento de 0,5 por cento em outubro ante o mês anterior e avanço de 5,7 por cento na comparação anual.
Na comparação mensal, cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram crescimento. Os principais destaques foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0 por cento); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5 por cento); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2 por cento).
Tiveram resultados negativos Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4 por cento); Tecidos, vestuário e calçados (-0,4 por cento); e Móveis e eletrodomésticos (-0,2 por cento).
A receita nominal do varejo teve alta de 0,7 por cento em outubro ante setembro e avanço de 12 por cento sobre um ano antes.
Já o volume de vendas no varejo ampliado --que incluem veículos e material de construção-- registrou alta de 1,8 por cento em outubro ante setembro, com avanço de 6,2 por cento nas vendas de Veículos e motos, partes e peças.
Incentivos do governo --como redução de impostos sobre eletrodomésticos--, baixo nível de desemprego e crescimento da renda vêm ajudando a manter os gastos dos consumidores brasileiros. Em outubro, a taxa de desemprego brasileiro atingiu o melhor resultado do ano ao cair para 5,2 por cento.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Felipe Pontes)
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