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Entrevistas

Não dar início à CPI é demonstração de fragilidade do Senado Federal, diz Daniel Cara

Professor da USP cobra o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-RO), mas diz que a alternativa é “pressão popular”

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)
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247 - O professor da Universidade de São Paulo Daniel Cara, da direção da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, cobrou do Senado o estabelecimento de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no Ministério da Educação

O escândalo protagonizado pelo ex-ministro Milton Ribeiro envolve o favorecimento de pastores ligados a ele com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O próprio Ribeiro já chegou a dizer, em março, que apenas obedecia ordens de Jair Bolsonaro. 

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Diante da gravidade das denúncias, defendeu Daniel Cara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não pode deixar o assunto “esfriar”. A pressão cresceu sobre o senador nos últimos dias, e aliados avaliam que dificilmente ele terá capacidade de segurar a CPI do MEC. 

No entanto, Pacheco avisou a lideranças partidárias na Casa que há espaço para autorizar o funcionamento de duas CPIs, em um aceno a governistas interessados na criação de uma CPI das Obras Inacabadas do MEC, uma CPI das ONGs ou uma CPI do narcotráfico.

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“Se depender do Rodrigo Pacheco, pode ocorrer uma ‘pachecada’, ou seja, ele deixa o assunto crescer e tomar conta da agenda até o momento que o assunto dá uma esfriada e aí ele senta de vez”, disse Cara, em entrevista à TV 247. “O Rodrigo Pacheco sempre tergiversa quando se trata da CPI do Ministério da Educação. Concretamente,ele tem feito um trabalho estranho de fazer a defesa institucional do Senado mas ao mesmo tempo não criar muito atrito com o governo Bolsonaro”.

“É importante que ele tenha consciência que não dar início a essa CPI na verdade é uma demonstração de fragilidade do Senado Federal. Um Senado forte diante de um caso absolutamente evidente em que está praticamente escancarada a corrupção no Ministério da Educação”, cobrou. 

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Segundo o educador, é necessário haver pressão popular e que os candidatos da esquerda se posicionem sobre o tema. “Pode ser que ele deixe para o esforço concentrado ou talvez ele tente estender esse processo para depois das eleições. Só tem uma alternativa para o Rodrigo Pacheco instalar essa CPI que é mais que necessária: pressão popular. Não tem outro caminho. O risco que nós corremos é que as eleições tirem a atenção da CPI do Ministério da Educação. É preciso que o próprio Lula e o Ciro Gomes e outros candidatos de oposição se posicionem em defesa da CPI constantemente”, disse. 

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