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37º encontro nacional de empregados da Caixa defende preservação do banco e um Brasil melhor

Com o tema “Em defesa da Caixa e de seus empregados. Por um Brasil melhor”, Conecef reuniu virtualmente lideranças sindicais e políticas. Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) participou de painel sobre plano de saúde do banco

37º Conecef - Painel sobre o modelo atual do Saúde Caixa (Foto: Reprodução)
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Fenae - O Saúde Caixa, uma das conquistas mais importantes dos empregados e vem sendo seriamente ameaçada pelo Governo e pela direção do banco foi o tema do sexto painel do 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). 

O Congresso aconteceu na sexta-feira (6) e sábado (7) com o tema “Em defesa da Caixa e de seus empregados. Por um Brasil melhor”, e com os painéis “Democracia, direitos e vida”; “Ataques aos planos de previdência complementar”; “A meta é ter condições de trabalho e saúde”; “Caixa e seus empregados e a defesa no Congresso e na sociedade”, “A Caixa que queremos para o futuro do Brasil” e “Saúde Caixa”.

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Leonardo Quadros, que integrou o Grupo de Trabalho Saúde Caixa - encerrado pela Caixa no dia 30 de julho de forma unilateral -, fez um histórico do plano desde a sua criação, em 2004. E informou sobre os desafios impostos pelo Governo e pela direção do banco, como a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR ) - que estabelece que a contribuição da empresa não pode exceder a do empregado -, e o teto de 6,5% da folha de pagamentos e proventos para a Caixa custear o plano. 

Quadros ressaltou que a CGPAR 23 não está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e, portanto, não deve ser aplicada no custeio do plano. “Enquanto defendemos o atual modelo, que é viável, a gestão Pedro Guimarães insiste em transferir os custos para os empregados, por meio da aplicação da CGPAR 23, apesar de ela não ser lei, não estar prevista em acordo coletivo e de existirem outras estatais que não aplicaram a resolução”, reforçou Quadros, ao lembrar que existe uma portaria do Governo Federal que permite que as empresas peçam exceção da aplicação da medida.

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Alexandro livramento, que também é membro do GT, explicou o trabalho do grupo para oferecer um modelo de custeio e gestão que fosse sustentável e economicamente viável para todos. A representação dos empregados contratou uma empresa atuarial para projetar os custos do plano e, a partir desse estudo, foi possível apresentar uma proposta que mantém o modelo de contribuição de 70% por parte da empresa e 30% dos empregados. Também manteve as atuais condições do plano, além da preservação da gestão por RH e os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional.  

“Nós mostramos que o modelo atual é suficiente para 2022. Logicamente a Caixa não aceitou [ a proposta] e, de maneira autoritária, declarou encerrado o grupo de trabalho”, destacou Alexandro. A proposta da Caixa impõe a CGPAR 23 em sua integralidade - com contribuição paritária e cobrança de mensalidade por beneficiário, de acordo com faixa etária e/ou renda. 

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Albucacis de Castro, médico e consultor da Fenae e Contraf/CUT, destacou que a gestão do plano deveria ser mais bem discutida. “É muito importante melhorar a gestão do plano também, pois é possível reduzir, e muito, o custo total do Saúde Caixa. Mas essa não parece ser a preocupação da Caixa e, sim, a aplicação da CGPAR 23. 

Mobilização e unidade – os convidados do painel ressaltaram que a mobilização dos empregados e das entidades será fundamental para impedir a aplicação da CGPAR 23. Está em tramitação, no Senado, o Projeto de Decreto Legislativo 342/2021 que anula os efeitos da Resolução. “Precisamos fazer a luta tanto no Congresso Nacional quanto internamente, pressionando a direção do banco”, afirmou Leonardo Quadros.

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A mesa foi coordenada por Clarice Weisheimer, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec/PR); Helaine Freire Evangelista, representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb/BA-SE) e Rogério Campanate, da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa/RJ).

Importância do Congresso

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, destaca a importância do congresso: "Um importante espaço para reforçarmos a defesa pela preservação do banco 100% público". E alerta: "A Caixa — o banco da habitação, do crédito facilitado e do financiamento à infraestrutura e ao desenvolvimento do país — enfrenta um dos momentos mais desafiadores de todos os tempos, em que o governo promove ações reais de fragilização e venda de unidades estratégicas da empresa, a exemplo da Caixa Seguridade e de outras unidades ameaçadas de serem entregues ao mercado em prejuízo aos brasileiros", afirma Takemoto.

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“Mais do que nunca, temos que ter unidade para mantermos o banco 100% público e defendermos também os nossos direitos. E, a partir do Conecef, aumentarmos a mobilização”, afirma a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), organizadora do encontro. 

Também participaram do 37º Conecef a médica Maria Maeno, pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho; a diretora da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar (Anapar), Cláudia Muinhos Ricaldoni; a deputada federal Erika Kokay (PT-DF); a representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Rita Serrano; e o presidente da Associação do Pessoal da Caixa de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros, entre outras lideranças.

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