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4º dia do julgamento; réus e peritos devem depor

A expectativa do julgamento sobre as mortes do empresário Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, nesta quinta–feira (9), é para os depoimentos de dois profissionais que elaboraram laudo contrário ao de Badan Palhares. Os 4 militares acusados de cometerem o duplo assassinato também serão ouvidos

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Alagoas247 - No quarto dia de julgamento do caso PC Farias, dois peritos devem ser ouvido pelo juiz Maurício Brêda. Os dois profissionais elaboraram o laudo que atesta o duplo homicídio, contestando o de Badan Palhares, que depôs nesta quarta-feira (8). Ainda nesta quinta-feira, os quatro réus - Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva - serão ouvidos, no período da tarde.

No total, entre testemunhas e depoentes, 18 pessoas já foram ouvidas desde a última segunda-feira, quando foi iniciado o julgamento. Há a expectativa de que o julgamento prossiga até o final da próxima sexta-feira (10).

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Resumo do 3º dia

O dia foi movimentado no Fórum do Barro Duro. A irmã de Suzana Marcolino, a jornalista Ana Luíza Marcolino foi ouvida. Ela contou que Suzana nunca chegou a falar que tinha problemas com PC, apenas com o irmão dele, o ex-deputado Augusto Farias. “Ela dizia que ele [Augusto Farias] era ciumento e um pouco arrogante”, contou.

Ana Marcolino confirmou o que havia sido dito, na época do crime, durante depoimento, que o celular de Suzana desapareceu após a morte e que não foi encontrado até agora. “Esse celular nunca apareceu”, falou.

A irmã de Suzana falou que chegou a desconfiar de algumas conversas demoradas que Suzana teve com o segurança Reinaldo - que na época fazia a segurança de Paulo César Farias – quando ele ia levá-la em casa. “Se ela tinha um relacionamento com o Paulo, ela tinha que manter um relacionamento com os seguranças, mas não um relacionamento íntimo. O que me chamou a atenção foi o muito tempo que ela passou com ele na calçada”, disse.

Ana Marcolino afirmou que a família ficou com medo ao longo das investigações do caso e teve que sair de Alagoas por conta disso. Suzana teria confidenciado à mãe dela que estava sendo seguida por alguma pessoa pouco tempo antes do crime.

Ana disse também que nenhum membro da família chegou a ser ouvido pelo delegado Cícero Torres, que deu início às investigações sobre o caso. Diante disso, o advogado de defesa dos réus solicitou que, além dos dois delegados que já foram convocados a depor, também sejam chamados os delegados Cícero Torres e Jobson Cabral, que participaram do início das investigações.

Já a prima de Suzana, Zélia Maciel, afirmou em juízo que intermediou a compra da arma de Suzana. Visivelmente nervosa, a depoente contou como o revólver utilizado no crime foi adquirido e disse que Suzana chegou a dizer que estaria grávida.

 “Como nós estávamos juntas todos os dias, ela me falou um dia que tinha a pretensão de comprar uma arma. Ela perguntou se eu sabia de alguém que vendia e eu falei que conhecia o Zé, lá de Atalaia, marido da Mônica. Ela pediu para que eu fizesse esse contato e eu liguei pra lá e falei com a Mônica, que disse que tinha uma arma que custava R$ 350. Eu fiz o contato e a Mônica ficou esperando. Suzana pediu que eu preenchesse o cheque e falou pra Mônica que queria testar a arma. Nesse dia estava chovendo. Eu voltei pro carro e ela foi para trás da churrascaria testar a arma junto com a Mônica”, relatou Zélia.

A ex-cunhada do empresário, a promotora de Justiça aposentada Eônia Pereira, que falou como depoente por ter sido citada durante a oitiva de testemunhas, nos dois primeiros dias de julgamento. Eônia falou que nunca recebeu reclamações dos sobrinhos relacionadas aos quatro militares que estão sentados no banco dos réus.

“Eu não tenho nada que me leve a desconfiar deles, especialmente do Geraldo”, disse, referindo-se a José Geraldo da Silva, que continuou a trabalhar com a família Farias após a morte de PC e Suzana.

Eônia confirmou não ter um relacionamento amigável com o ex-deputado Augusto Farias e disse que PC Farias deixava de honrar com compromissos pessoais para ajudar os irmãos. Como já havia feito durante depoimento prestado logo após o crime, ela confirmou que Augusto Farias tinha inveja dos objetos adquiridos por PC Farias e que ele tentou, após a morte do irmão, expulsar Elma Farias e os filhos, Ingrid e Paulo, de casa.


Os integrantes da perícia que depuseram nesta quarta-feira compartilham a mesma opinião: se trata de um homicídio seguido de suicídio. O médico legista José Lopes explicou que a trajetória do projétil é mais um aspecto que atesta que Suzana Marcolino cometeu suicídio. “A bala entrou na mulher, bateu no braço de uma cadeira e no final colidiu com a parede. Encontramos também vestígios de DNA na bala. Não há a mínima possibilidade de alguém criar uma situação como esta. É impossível”, classificou.

O depoimento da perita Anita Buarque de Gusmão não foi diferente. Ela, que foi a primeira a chegar ao quarto da mansão em Guaxuma (onde foram encontrados os corpos de Paulo César Farias e Suzana Marcolino), afirmou que as provas apontam para assassinato seguido de suicídio. “Testes apontaram a presença de resíduos de pólvora nas mãos de Suzana”, explicou.

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Anita contou que sua equipe realizara diversos testes na janela do quarto por onde entraram seguranças e funcionários da mansão. Já o promotor Marcos Mousinho, tentou apontar 'erros pontuais' no trabalho do grupo.

Contrariando a acusação, a perita garantiu que a cena do crime não foi alterada até a primeira perícia. “Não mexeram no quarto até a hora que chegamos ao local. Ao menos esta é a minha conclusão. Não havia nada que nos levasse a acreditar que houve, de alguma forma, manipulação da cena do crime”, afirmou.

O depoente seguinte, o perito criminal Nivaldo Gomes Cantuária, foi o segundo membro da equipe a ser inquirido no Fórum do Barro Duro. Cantuária explicou ao juiz Maurício Brêda o passo a passo o trabalho que peritos realizaram no quarto que PC e Suzana foram encontrados sem vida e corroborou com o testemunho de Anita.

 “Realizamos - em regra - todos os procedimentos necessários que uma cena de crime necessita. Inclusive, encontramos nas mãos de uma dos mortos resíduos de pólvora. O resultado é imediato. Havendo substâncias, o reagente dá como reação, positivo”, explicou.

Cantuária foi o segundo perito que realizou o exame nas mãos de PC e Suzana. “O resultado foi o mesmo da primeira perícia realizada na mansão. Dando positivo, a cor cereja é o resultado da reação química. Esse procedimento era utilizado em todo Brasil antes da morte deles e, posteriormente, também. No entanto, o método foi questionado com a repercussão do caso PC”, emendou.

Com gazetaweb.com

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