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A nebulosa relação entre JBS, Aécio e o jornal Hoje em Dia

Após o empresário Joesley Batista, dono da JBS, afirmar que R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 60 milhões entregues ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para a campanha de 2014 foram pagos por meio da compra antecipada de publicidade no jornal Hoje em Dia, o Sindicato dos Jornalistas voltou a abordar a relação entre a empresa e o jornal; "Outras relações do jornal eram mais conhecidas: aquelas que uniam os antigos proprietários do jornal, a família Carneiro, ao senador e sua irmã. No começo de 2016, quando a empresa estava em dificuldades, o empresário e político Ruy Muniz arrematou o jornal sem gastar nenhum centavo. Ao mesmo tempo, a JBS pagava à família Carneiro R$ 18 milhões e ficava com a sede do jornal"

Após o empresário Joesley Batista, dono da JBS, afirmar que R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 60 milhões entregues ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para a campanha de 2014 foram pagos por meio da compra antecipada de publicidade no jornal Hoje em Dia, o Sindicato dos Jornalistas voltou a abordar a relação entre a empresa e o jornal; "Outras relações do jornal eram mais conhecidas: aquelas que uniam os antigos proprietários do jornal, a família Carneiro, ao senador e sua irmã. No começo de 2016, quando a empresa estava em dificuldades, o empresário e político Ruy Muniz arrematou o jornal sem gastar nenhum centavo. Ao mesmo tempo, a JBS pagava à família Carneiro R$ 18 milhões e ficava com a sede do jornal" (Foto: Leonardo Lucena)
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Minas 247 - Documentos obtidos pelo jornal Estado de S.Paulo mostram que a venda de um prédio em Belo Horizonte, conforme delação do empresário Joesley Batista, da JBS, teria como objetivo o repasse de recursos ao senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

A J&F Investimentos, controladora da JBS, comprou da Ediminas S/A – Editora Gráfica Industrial de Minas Gerais o imóvel e um terreno ao lado da construção por R$ 17.354.824,75.

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Joesley afirmou que, meses antes dessa operação, R$ 2,5 milhões dos cerca de R$ 60 milhões entregues ao tucano para a campanha presidencial de 2014 foram pagos por meio da compra antecipada de publicidade no jornal Hoje em Dia. Segundo a reportagem do jornal paulista, o Hoje em Dia estudou continuar no prédio comprado pela J&F, mas, o diretor do jornal, Tiago Muniz, disse que a empresa decidiu se mudar e agora ocupa imóvel na zona oeste de Belo Horizonte.

Uma matéria publicada pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, em março deste ano, chamava atenção para a estranha relação entre a venda do jornal Hoje em Dia e a JBS.

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Neste sábado (20), o sindicato voltou a abordar a relação entre JBS e o Hoje em Dia, reconstituindo alguns fatos. "Outras relações do jornal eram mais conhecidas: aquelas que uniam os antigos proprietários do jornal, a família Carneiro, ao senador e sua irmã. No começo de 2016, quando a empresa estava em dificuldades, o empresário e político Ruy Muniz arrematou o jornal sem gastar nenhum centavo. Ao mesmo tempo, a JBS pagava à família Carneiro R$ 18 milhões e ficava com a sede do jornal", diz o texto do sindicato.

Segundo a matéria do sindicato, como "comprador aparecia a J&F, holding da JBS e de outras empresas como Alpargatas, Vigor e Banco Original. A J&F era então presidida por Henrique Meirelles, hoje ministro da Fazenda do governo Temer. Um gigante internacional interessado num pequeno prédio de três andares no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte".

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"O Sindicato pediu à justiça o bloqueio das parcelas a vencer no pagamento, o que foi concedido. A empresa informou então que não tinha dinheiro a receber, pois o pagamento tinha sido antecipado, com deságio. Toda a história desse surpreendente negócio está contada em documento produzido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) datado de janeiro deste ano. A operação que deixou a empresa sem patrimônio para honrar a dívida com seus empregados chamou atenção do procurador do trabalho Victório Álvaro Coutinho Rettori", diz o texto.

Justiça suspeita do negócio

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O procurador Coutinho Rettori afirmou, em parecer, conforme o sindicato. “Não convence a alegação do 6º réu FLÁVIO JACQUES CARNEIRO de que os 18 milhões de reais provenientes da venda dos 2 imóveis para a empresa J&F EMPREENDIMENTOS S.A. foram utilizados exclusivamente para a quitação de dívidas do 1º réu EDIMINAS S.A., mesmo porque o documento de fls. 1689/1690 não tem qualquer validade contábil ou jurídica, tratando-se de uma mera planilha".

E continuou: “por sua vez, os documentos de fls. 1595 e 1631/1633 também não comprovam a destinação dos 18 milhões de reais, uma vez que retratam apenas um passivo elevado e referente a um período anterior à alienação dos 2 imóveis, além de uma simples análise comparativa do 1º semestre de 2014 e do 1º semestre de 2015 do passivo da empresa, ou seja, de períodos também anteriores à venda dos 2 imóveis.”

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Para descobrir o paradeiro dos R$ 18 milhões, ele pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário da J&F: “De todo modo, para realmente comprovar a destinação dos 18 milhões de reais, o 6º réu FLÁVIO JACQUES CARNEIRO poderia e deveria ter juntado cópia de documentos contábeis oficiais, tais como Livro Razão Analítico, Livro Caixa, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, entre outros, referentes ao período em que foram pagas as parcelas desses 18 milhões de reais, ou seja, de setembro/2015 a fevereiro/2016, mas assim não o fez. Por quê? Portanto, não há outra alternativa senão buscar-se o paradeiro desses 18 milhões de reais, o que somente será possível por meio da quebra dos sigilos fiscais e bancários de todos os envolvidos, a começar da empresa J&F EMPREENDIMENTOS S.A., de onde supostamente esse dinheiro originou-se, e, daí, segui-lo até sua atual localização.”

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