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Acervo de Arraes é tombado pelo Estado

O Governo de Pernambuco deu início ao processo de tombamento de cerca de 270 mil itens pertencentes ao acervo do ex-governador Miguel Arraes, que se encontravam na casa onde Arraes viveu, na zona norte do Recife; o acervo, pertencente ao Instituto Miguel Arraes (IMA), registra sua trajetória política através de livros, cartas, documentos, fotografias, filmes, estudos políticos, sociais e econômicos, entre outros materiais

O Governo de Pernambuco deu início ao processo de tombamento de cerca de 270 mil itens pertencentes ao acervo do ex-governador Miguel Arraes, que se encontravam na casa onde Arraes viveu, na zona norte do Recife; o acervo, pertencente ao Instituto Miguel Arraes (IMA), registra sua trajetória política através de livros, cartas, documentos, fotografias, filmes, estudos políticos, sociais e econômicos, entre outros materiais (Foto: Paulo Emílio)
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Pernambuco 247 - O Governo de Pernambuco deu início ao processo de tombamento de cerca de 270 mil itens pertencentes ao acervo do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, que se encontravam na casa onde Arraes viveu, na zona norte do Recife. O acervo, pertencente ao Instituto Miguel Arraes (IMA), registra a trajetória política de Miguel Arraes  - em especial durante o período da ditadura militar - através livros, cartas, documentos, fotografias, filmes, estudos políticos, sociais e econômicos, entre outros materiais, será colocado à disposição dos interessados para consulta.

O tombamento do acervo pelo Estado permite a proteção dos documentos, embora a manutenção e a propriedade continuem pertencendo à família do ex-governador, foi oficializada nesta segunda-feira (16), com a assinatura de despacho realizada pelo secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelo Canuto. Agora, técnicos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) devem elaborar um laudo técnico acerca dos itens. O parecer então será enviado ao Conselho Estadual de Cultura, que deverá analisar o pedido de tombamento do acervo em um processo que deve ser concluído ainda em 2014.

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A coleção, organizada pela viúva do ex-governador, Madalena Arraes, teve uma parte do arquivo restaurada, e outra, reunida pela família, devido às diferentes localidades onde os documentos se encontravam - uma parte das cartas se encontrava no Ceará, e outra, guardada no interior da França.  

Dentre os objetos que devem ser analisados, se encontram livros, revistas, fotos, documentos e mais de 80 mil cartas escritas durante o tempo em que Arraes permaneceu no exílio, na Argélia, durante a ditadura militar. Dentre os arquivos, estão relatos da “Operação Condor”, realizada por ditaduras militares de toda a América Latina, em conjunto com os Estados Unidos, para eliminar líderes da esquerda dos países latino-americanos.

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"Em vez de ficar como um patrimônio da família, esse acervo ficará à disposição dos estudantes, universitários, daqueles que querem estudar esse tempo”, afirmou o governador Eduardo Campos, neto de Arraes.

“É também a oportunidade de poder abrir muita coisa que nem mesmo os mais próximos conheciam", acrescentou Campos. Um dos itens recém-descobertos e que a própria família não tinha conhecimento, por exemplo, são cartas escritas pelo ex-governador e enviadas ao Papa com denúncias da violência empregada pelos militares durante o regime militar.

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O acervo, protegido pelo Estado, não pode ser comercializado, e a expectativa da família é de que, até 2016 – centenário do nascimento do ex-governador –, a antiga casa do ex-governador seja aberta ao público.

Miguel Arraes de Alencar nasceu em 1916, na cidade de Araripe, no Ceará. Em 1947, virou secretário de fazenda de Pernambuco, se elegendo em 1950 como deputado estadual pelo Estado. Arraes permaneceu no cargo até 1958, se elegendo como prefeito de Recife em 1959. Em 1963 o gestor ganhou a eleição para o governo do Estado, mas foi cassado e fugiu do Brasil, exilando-se na Argélia, onde viveu por cerca de 15 anos. Ao voltar para o Brasil, Arraes foi eleito deputado federal por três vezes e governador por dois mandatos, não consecutivos. O ex-governador faleceu em 2005, aos 89 anos.

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