Airbnb vai começar a compartilhar informação de anfitriões chineses com o governo
As duras regras da China sobre residência exigem que cidadãos e turistas registrem seus endereços na polícia quando eles chegam no país ou ficam em um hotel, dentro de 24 horas.
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(Reuters) - A empresa norte-americana de aluguel de imóveis para pequenas temporadas Airbnb disse que vai começar a divulgar informações das pessoas que oferecem seus imóveis a agências governamentais da China a partir de sexta-feira como parte do processo de adaptação a regulações na China.
As duras regras da China sobre residência exigem que cidadãos e turistas registrem seus endereços na polícia quando eles chegam no país ou ficam em um hotel, dentro de 24 horas.
As mudanças acontecem após o Airbnb fechar seu serviço por um mês em Pequim enquanto o parlamento anual do país estava em sessão, um momento de elevada supervisão tendo como alvo dissidentes e imigrantes.
O Airbnb da China enviou uma e-mail para as pessoas que hospedam clientes, visto pela Reuters, no qual disse que a decisão “é similar a outras empresas de hospedagem que fazem negócios na China” e que usuários com preocupações podem desativar suas inscrições.
“O Airbnb China deve obedecer as leis locais e regulamentos, incluindo as leis de privacidade e divulgação de informação”, disse a empresa.
O Airbnb não respondeu a pedidos por comentários sobre as divulgações específicas, mas um porta-voz disse que elas cumprem as leis da China.
No final de 2016, a Airbnb passou a armazenar seus dados na China para cumprir as exigências do país, disparando preocupação de que dados de usuários poderiam ser comprometidos. A empresa também lançou um negócio chinês separado para cumprir a lei.
A China introduziu uma nova e rígida lei de segurança cibernética no ano passado exigindo que empresas de tecnologia locais e estrangeiras armazenem dados chineses localmente e ofereçam suporte técnico para autorizar quem quiser acesso.
O Airbnb está crescendo na China em meio a uma forte competição de rivais locais Tujia.com e Xiaozhu.com, que também cumprem as duras regulações e fecham seus serviços durante eventos políticos sensíveis.
Por Pei Li e Cate Cadell
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