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Ala do PMDB sinaliza que pode romper com Dilma

A pressão exercida pelo PT para que a direção nacional do PMDB cobre dos diretórios estaduais o alinhamento automático em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) elevou o clima de tensão entre as legendas; “Se o ambiente continuar se degradando assim, pode ser que cheguemos na convenção nacional com mais da metade dos peemedebistas contrários à aliança com o PT”, disse o deputado federal e candidato a vice na chapa do PSB ao Governo de Pernambuco, Raul Henry; centro da cizânia está nas alianças estaduais que podem fortalecer os palanques de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB); relação entre as legendas, que já andava estremecida, ganha mais uma fissura para ser resolvida em curto prazo; será que dá tempo? 

A pressão exercida pelo PT para que a direção nacional do PMDB cobre dos diretórios estaduais o alinhamento automático em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) elevou o clima de tensão entre as legendas; “Se o ambiente continuar se degradando assim, pode ser que cheguemos na convenção nacional com mais da metade dos peemedebistas contrários à aliança com o PT”, disse o deputado federal e candidato a vice na chapa do PSB ao Governo de Pernambuco, Raul Henry; centro da cizânia está nas alianças estaduais que podem fortalecer os palanques de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB); relação entre as legendas, que já andava estremecida, ganha mais uma fissura para ser resolvida em curto prazo; será que dá tempo?  (Foto: Paulo Emílio)
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Mariana Almeida, Pernambuco 247 - O deputado federal e vice na chapa do PSB ao Governo de Pernambuco, Raul Henry (PMDB-PE), afirmou que a aliança entre o PT e o PMDB pode não continuar após a convenção nacional, em junho. O motivo seria a abordagem dispensada pelo PT ao PMDB, que estaria sendo tratado, na opinião de Henry e de outros peemedebistas, “como um partido subalterno”, em função da pressão para que a legenda peemedebista siga, em alguns estados, o alinhamento definido pela cúpula nacional em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Parte do PMDB avalia que o alinhamento automático seria prejudicial ao partido em função das alianças estaduais.

“Se o ambiente continuar se degradando assim, pode ser que cheguemos na convenção nacional com mais da metade dos peemedebistas contrários à aliança com o PT”, afirmou o parlamentar ao Pernambuco 247. “O PT tem tratado o PMDB como um partido subalterno. Existem algumas pessoas que aceitam isso, mas essa posição não é igual para a maioria do partido”, declarou, acrescentando que, no momento, a descontinuidade da aliança entre o PT e o PMDB é “possível”, mas que pode se tornar “provável” até junho, época da convenção nacional do partido.

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Segundo Henry, o assunto foi discutido em uma reunião realizada na semana passada na qual toda a cúpula do PMDB se fez presente. Participaram do encontro todo o diretório nacional da legenda, além dos presidentes dos diretórios estaduais, dez senadores e a bancada federal da Câmara dos Deputados. Durante a reunião, peemedebistas do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia e de Goiás se mostraram contrários ao apoio automático do partido em torno da reeleição da presidente Dilma em seus respectivos estados. A favor da aliança estiveram membros do Pará, de Alagoas e da Paraíba.

As cizânias entre PT e PMDB têm sido comuns nos últimos meses. No caso mais recente, o PT teria pedido à direção nacional do PMDB para que, em “lugares estratégicos”, pressionasse a cúpula local da legenda para se engajar na campanha pela reeleição da presidente Dilma. A justificativa dada pelos petistas é de que o posicionamento heterogêneo do PMDB prejudica Dilma e fortalece os palanques de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Dentre os estados citados como "problemáticos", estão o Rio Grande do Sul, a Bahia, o Rio de Janeiro e Pernambuco.

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De acordo com Henry, em nenhum momento da história do PMDB a sigla teve que interferir em uma posição local. “O PMDB tem uma história de heterogeneidade regional e a posição do partido em Pernambuco não é isolada. Em ao menos sete estados há discordância com o PT nas eleições locais e esse número pode aumentar”, afirmou o parlamentar.

Como exemplos, o deputado listou o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso do Sul e Pernambuco, onde o PMDB deve seguir com a candidatura estadual alinhada ao presidenciável Eduardo Campos, além da Bahia, onde a legenda apoia o PSDB do senador e presidenciável Aécio Neves. Já em São Paulo e Goiás, a legenda deve sair com candidato próprio nas eleições estaduais, e no Rio de Janeiro, a maioria do partido já se pronunciou contra o apoio ao candidato de Dilma.

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No Paraná, em Santa Catarina e no Ceará, entretanto, a situação ainda está indefinida. Caso os três estados optem por não apoiar a presidente, o número de locais onde a aliança local entre o PMDB e o PT ficará rompida sobe pra 10. “Essa divergência está espalhada por todo o Brasil”, afirmou o parlamentar, afirmando que a possibilidade de o PMDB de Pernambuco apoiar Dilma “é zero”.

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