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Alckmin pagou R$ 630 milhões por trens que não são usados

Vídeos produzidos pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo mostram uma frota de trens comprados pelo governo Geraldo Alckmin para atender aos usuários da Linha 5-Lilás do Metrô, que liga o Capão Redondo a Adolfo Pinheiro, na zona sul da capital paulista, que segue sem uso e fica estacionada ao longo do trecho de circulação; é possível identificar 12 dos 26 trens da frota P, comprados por R$ 630 milhões, mas que nunca foram colocados em serviço porque o sistema de operação é incompatível com o sistema das vias; assista

Vídeos produzidos pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo mostram uma frota de trens comprados pelo governo Geraldo Alckmin para atender aos usuários da Linha 5-Lilás do Metrô, que liga o Capão Redondo a Adolfo Pinheiro, na zona sul da capital paulista, que segue sem uso e fica estacionada ao longo do trecho de circulação; é possível identificar 12 dos 26 trens da frota P, comprados por R$ 630 milhões, mas que nunca foram colocados em serviço porque o sistema de operação é incompatível com o sistema das vias; assista (Foto: Romulo Faro)
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Rede Brasil Atual - Vídeos produzidos pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo mostram uma frota de trens comprados pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), a partir de 2013, para atender aos usuários da Linha 5-Lilás do Metrô, que liga o Capão Redondo a Adolfo Pinheiro, na zona sul da capital paulista, que segue sem uso e fica estacionada ao longo do trecho de circulação. Nas imagens é possível identificar 12 dos 26 trens da frota P, comprados por R$ 630 milhões, mas que nunca foram colocados em serviço porque o sistema de operação é incompatível com o sistema das vias. Parte dos trens está parada no Pátio Capão Redondo.

As composições identificadas nos vídeos são: P21, P12, P34, P15, P22, P10, P19, P16, P20, P11, P18 e P02. Não é possível ver a identificação de alguns trens. Segundo os metroviários, há ainda dez trens da frota P parados na fábrica da CAF, em Hortolândia, interior de São Paulo. "O governo Alckmin paga aluguel para a empresa para manter essas composições lá. Mas não há transparência sobre quanto é pago, nem há quanto tempo", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior.

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O motivo de o governo Alckmin ter adquirido esses trens sem ter como utilizá-los é objeto de investigação do Ministério Público Estadual, desde o ano passado. "Você compraria dois carros com objetivo de usar um e deixar o outro parado em casa? Talvez quando quebrasse uma peça de um ir lá retirar do outro? Não, ninguém faria isso. Então o governador precisa explicar por que comprou composições sem perspectiva de uso", afirmou Altino.

Outra preocupação dos trabalhadores é que a garantia das composições é de quatro anos, mas, como eles não foram usados, perderam-na. Tem havido oxidação e desgaste na parte externa dos trens, por conta da exposição às intempéries. Além disso, componentes sem uso se degradam, levando à possibilidade de os trens apresentarem falhas quando começarem a ser colocados em uso.

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"É dinheiro público jogado fora. Não tem planejamento, não tem prioridade ao transporte público. Agora precisa ver qual foi o objetivo de gastar tanto dinheiro em uma coisa que não poderia ser utilizada pela população", afirmou Altino, cobrando apuração do caso.

A ferrovia está sendo construída desde 1998, quando era a Linha F da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Após inúmeras alterações no prazo de entrega das 17 estações, que vão ligar o Capão Redondo à Chácara Klabin, integrando-se com a Linha 2-Verde, a previsão atual de conclusão é 2018. Nem mesmo o pátio de estacionamento Guido Caloi, que abrigaria a frota P, foi concluído.

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A Linha 5-Lilás transportou 269 mil passageiros por dia, em média, em 2015. E o atendimento é feito por oito trens da frota F, de 2001. Embora o trecho seja curto, com sete estações e 9,6 quilômetros de extensão, não tendo condições de receber muitas composições, o principal problema é que os trens da frota F operam como o sistema ATO, incompatível com o sistema CBTC dos trens novos da frota P. A principal diferença é que o CBTC permite reduzir a distância entre os trens, agilizando a circulação.

Procurado, o Metrô não se manifestou.

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Abaixo, os vídeos revelando as composições inoperantes pelas quais o governo Alckmin gastou R$ 630 milhões e ainda não há previsão de quando poderão atender à população.

 

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