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Amorim se surpreende com articulação de Valadares; foi só política, peixe!

Cancelamento da viagem que presidente da Codevasf faria a Sergipe na última segunda-feira foi estratégia de Valadares para impedir ato político de Eduardo Amorim com órgão comandado pelo PSB; grupo do PSC chiou, porque foi pego de surpresa, mas não foi desta forma que o mesmo agrupamento agiu em 2012, quando antecipou a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa?; a ação de Valadares (não apenas esta) serve para mostrar que não será tão fácil a disputa eleitoral de 2014 para Amorim

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Valter Lima, do Sergipe 247 – Há limites na política? Pergunta difícil de responder. Até mesmo os políticos se surpreendem com a ação de outros políticos, quando estes atuam no limite (se é que ele existe) da política. Desconsiderando as cacofonias e repetições da frase anterior, ela representa bem toda a polêmica criada desde a manhã da segunda-feira (6) sobre a visita que o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf), Elmo Vaz, faria a Sergipe, convidado pelo senador Eduardo Amorim e pelo deputado federal André Moura, ambos do PSC.

Orientado a não comparecer ao Estado, Elmo Vaz desmarcou a viagem. O técnico que disse que enviaria, também. A visita seria feita ao município de Propriá, para verificar a situação dos perímetros irrigados da cidade, que estariam deploráveis, segundo depoimento do senador e de políticos aliados. Seria a chance de sensibilizar o presidente da Codevasf para o problema, que assim liberaria recursos para Sergipe. Seria um ato político e tanto.

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Cancelado o encontro, Eduardo e seus liderados correram aos microfones do “Jornal da Ilha”, apresentado pelo aliado Gilmar Carvalho, na manhã de segunda, para lamentar o ocorrido e jogar no colo do senador Antônio Carlos Valadares (PSB) a culpa pelo cancelamento da visita. Fizeram política. A da acusação.

Responsável pelas indicações para a presidência da Codevasf nos últimos dez anos, o senador socialista não teria gostado da idéia de Elmo Vaz vir a Sergipe pelos braços do adversário político Eduardo Amorim. Por isto, teria atuado pelo cancelamento da visita. Fez política. A do poder e da articulação.

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Na entrevista a Gilmar Carvalho, Eduardo e aliados salientaram que não apenas o atual superintendente da Codevasf em Sergipe, Paulo Viana, mas também os diretores que estiveram à frente do órgão nos últimos 10 anos – Antônio Viana, irmão de Paulo, e Sylvani Sukita, esposa do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita (PSB), fizeram muito pouco para resolver os problemas dos produtores que carecem da ação da companhia. Eduardo e aliados fizeram política. A de oposição.

Em resposta, Valadares informou ter conseguido mais de R$ 102 milhões para a revitalização total dos perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba-Capim Grosso e Betume, através do programa "Mais Irrigação" e que Amorim estaria interessado em tomar para si a paternidade da liberação da verba.

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“Tudo isso que nós estamos fazendo provoca reação contrária de Amorim, procurando desacreditar a nossa ação. O senador, atacado pela inveja, estimulado pelos que lhe fazem vassalagem, foi mordido pela mosca azul da sucessão. A toda hora e a todo instante deixa aflorar a sua vaidade e aguça a sua ambição de mando. Queria fazer da visita uma atitude palanquera. Ele pensa que já é governador de Sergipe”, afirmou Valadares, dando corpo a análise mais autêntica das intenções de Amorim. Pura política.

Ao Sergipe 247, ao ser questionado sobre a declaração de Valadares, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) foi objetivo: “Interessante. A gente queria fazer política com a Codevasf? E Valadares não faz política? Ele faz o quê? Ato religioso?”. Ou seja, o líder da oposição na Assembleia foi sincero e sem titubear confirmou as intenções de seu grupo. Natural. Fez política.

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De toda a movimentação dos dois grupos políticos – o de Eduardo e o de Valadares –, não houve qualquer anormalidade. Eduardo e todos os seus fazem uso diário e sistemático do Governo Federal. Participam de reuniões com ministros, realizam encontros com prefeitos, conseguem liberação de recursos, tudo, sem qualquer constrangimento, mesmo sendo oposição ao PT em Sergipe, o mesmo PT que lidera o Governo Federal. É um tipo de política. A da esperteza.

Mas este mesmo grupo se sentiu muito incomodado quando Valadares, que é aliado do PT nas esferas estadual e nacional há mais de 10 anos, utilizou sua força política para boicotar o evento que Amorim queria realizar a custa da Codevasf, órgão ligado a um ministério gerido pelo PSB. O senador socialista fez política.

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Valadares surpreendeu e, diferentemente do extremamente republicano Marcelo Déda (PT), não permitiu que Amorim fizesse seu ato político, “com viés eleitoral”, como disse o socialista, em cima das ações da Codevasf – ou da falta delas – no interior sergipano. A ação de Valadares (não apenas esta) serve para mostrar que a política é cheia de surpresas e que, embora pensem que será fácil, a disputa eleitoral de 2014 para Amorim terá muitas pedras no caminho. É o natural da política. Será que o agrupamento que rompeu, de sobressalto, com Déda em 2012, ainda não aprendeu? 

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