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Após suicídio de reitor, Regina Sousa denuncia “estado policialesco”

"A forma como se dá a prisão das pessoas, sem defesa, condenando sem provas pode levar a desfechos trágicos", disse a senadora Regina Sousa (PT-PI); de acordo com a parlamentar, Cancellier pode ter sido a primeira vítima fatal do espetáculo midiático que são as operações da Polícia Federal; "O reitor se suicidou porque se sentiu humilhado, ultrajado", avaliou

"A forma como se dá a prisão das pessoas, sem defesa, condenando sem provas pode levar a desfechos trágicos", disse a senadora Regina Sousa (PT-PI); de acordo com a parlamentar, Cancellier pode ter sido a primeira vítima fatal do espetáculo midiático que são as operações da Polícia Federal; "O reitor se suicidou porque se sentiu humilhado, ultrajado", avaliou (Foto: Leonardo Lucena)
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Piauí 247 - Após o suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Carlos Cancellier, a senadora Regina Sousa (PT-PI) afirmou nesta terça-feira (3) que "vivemos um estado policialesco". "A forma como se dá a prisão das pessoas, sem defesa, condenando sem provas pode levar a desfechos trágicos", disse.

De acordo cm a parlamentar, Cancellier pode ter sido a primeira vítima fatal do espetáculo midiático que são as operações da Polícia Federal. "O reitor se suicidou porque se sentiu humilhado, ultrajado", avaliou.

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Afastado do cargo, preso e submetido a procedimentos policiais reservados a condenados, o reitor escreveu uma carta relatando as humilhações que sofreu e como isso afetou a sua vida. Alvo da Operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal, o reitor da UFSC foi preso temporariamente no dia 14 de setembro - ficou detido por um dia. Ele era suspeito de ter interferido nas investigações que relacionavam a universidade a um desvio de dinheiro de bolsas de educação à distância do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Quatro dias antes de se matar, Cancellier publicou um artigo descrevendo ter passado por "humilhação e vexame".

Segundo a congressista, "em pleno século XXI, a pessoa ser humilhada dessa forma, a ponto de não aguentar e cometer o suicídio é muito sério". Regina afirmou que, embora tenha contado com muita solidariedade, sofreu imensamente por que pairava uma dúvida sobre ele. Na carta, ele relata o sofrimento de viver a apenas alguns passos da Universidade e passar a ser impedido a entrar.

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A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Santa Catarina divulgou nota de pesar a espetacularização das prisões provisórias. "Reputações construídas duramente ao longo de anos de trabalho e sacrifícios podem ser completamente destruídas numa única manchete de jornal. Para pessoas inocentes, o prejuízo é irreparável. Cabe-lhes a vergonha, a dor, o sentimento de injustiça. O peso destes sentimentos pode ser insuportável", diz a nota.

Para a senadora Regina, a OAB finalmente acordou para a gravidade do assunto. "Precisamos enfrentar esse debate", disse ela, lembrando uma outra vítima da "sanha midiática": a ex-primeira-dama, Marisa Letícia. "Porque uma mulher que teve sua casa invadida praticamente, às 6h da manhã, pega de camisola no seu quarto, para ver o Lula ser conduzido coercitivamente, naquele espetáculo grotesco que a Rede Globo promoveu, com helicópteros voando em cima do prédio, como se fosse o bandido mais perigoso que eles estivessem levando ali. Depois disso, a Marisa, que era que uma mulher alegre, virou uma mulher triste, ficou encarcerada dento de casa. Portanto, considero também que é uma vítima, relatou".

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A senadora reiterou que não tem cabimento algumas pessoas serem expostas dessa maneira  por conta da delação de alguns enquanto outras, "contra quem existem provas", têm sua punição protelada. Para tentar abrir o debate sobre essa questão, na próxima terça-feira (10) a Comissão de Direitos Humanos fará um debate sobre o Judiciário e a imparcialidade do juiz. "Acho que esse debate pode também nos ajudar em muita coisa", disse.

Desarmamento

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O massacre promovido por um atirador em Las Vegas, que deixou 58 vítimas fatais e cerca de 500 feridos, segundo a parlamentar, serve de alerta para a discussão em torno do Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 175/2017, que prevê um plebiscito para a revogação do Estatuto do Desarmamento, em análise no Senado.

"Será que é oportuno? Porque a gente tem a clareza de que, nos Estados Unidos, morre mais gente nesses atos individuais do que em atos terroristas. São muitas chacinas acontecendo em escolas e muitos lugares, porque lá o acesso à arma é muito fácil. (...) É bom que a gente reflita se no Brasil vai dar certo esse negócio de liberar arma para a população", disse.

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*Com assessoria

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