Artistas protestam contra cancelamento das festas juninas
Forrozeiros, cantores, dançarinos e atrizes de Alagoas se reuniram, em Maceió, para protestar contra o fim a da programação de São João na capital; membros do Movimento Cultural de Alagoas (Mova) dizem que o cancelamento da festa foi uma ação autoritária; prefeitura explica que o cancelamento foi uma posição do governo municipal para que todos os recursos existentes sejam investidos na recuperação das áreas atingidas pela enchente
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Alagoas 247 - Forrozeiros, cantores, dançarinos e atrizes de Alagoas se reuniram, na manhã desta segunda-feira (4), na praça Macílio Dias, no bairro do Jaraguá, para protestar contra o fim a da programação de São João em Maceió.
Os editais lançados para apoiar os festejos dos bairros e custear os shows que iriam ocorrer na Rua Sá e Albuquerque, no Jaraguá, foram cancelados na última sexta-feira (2).
Membro do Movimento Cultural de Alagoas (Mova), Rogério Dias, diz que o cancelamento da festa de São João foi uma ação autoritária da prefeitura.
"Eles governam no automático, decidem cancelar sem nem, ao menos, ouvir nossas propostas. Essa posição deles está disfarçada, estão mostrando que a cultura é dispensável. Nesse momento que estamos vivendo deve ser a hora de nos juntarmos e desenvolver o social, porque as pessoas já estão sofrendo com as enchentes e a maioria delas trabalha como autônomos e vai ficar desempregada, pois os recursos destinado ao São João iriam movimentar exatamente esses lugares", explica.
Também membro do Mova, Welliton Monteiro levou para a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) a proposta de um São João solidário. "É importante usar a cultura como forma de ajudar essas pessoas e manter a tradição no estado. Pedimos que o governo reveja o edital e que juntos possamos trabalhar em cima de um edital solidário, onde todos os grupos que forem selecionados utilizem esse momento para fazer com que as pessoas se mobilizem em prol de ajudar os necessitados".
Versão da prefeitura
O presidente da FMAC, Vinícios Palmeira, explica que o cancelamento do edital de festejos juninos foi uma posição do governo municipal para que todos os recursos existentes sejam investidos na recuperação das áreas atingidas pela enchente.
"A gente teve uma posição do governo devido aos danos que a chuva causou. Nós estávamos com editais de ajuda de custos aos bairros e foram exatamente esses bairros que ficaram mais danificados com as chuvas. Estamos com mais de 49 escolas danificadas, alguns postos de saúde alagados e duas ladeiras importantes destruídas, a ladeira da Moenda e a ladeira de Fernão Velho. Era justamente neste bairro que a gente deveria iniciar no dia 22 os festejos. O valor do dano é algo em torno de R$ 150 milhões, então o governo entende que não há clima, que nesse momento não dá para dividir a atenção com os arraiais, por isso nós suspendemos os editais e os festejos na Sá Albuquerque", afirmou.
O presidente explica ainda que houve uma queda nas inscrições para os editais. "Precisamos pensar em como vamos resolver os problemas que vêm depois das enchentes. Saber como vamos reconstruir esses locais e tratar da saúde das pessoas, porque os problemas que a cidade irá enfrentar não serão apenas com as chuvas, mas o que vem depois delas. Quanto às festas, ficamos de mãos atadas", afirma.
Com gazetaweb.com
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