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Ato denuncia transfobia na Escola Educar Sesc

Está confirmado para o final da tarde de hoje (22), na Av. João Pessoa, 5920, no Montese, o ato público de repúdio à Escola Educar Sesc, que se recusou a renovar a matrícula de uma menina trans de 13 anos. O caso foi denunciado pela mãe da menina, nas redes socais, com uma grande repercussão. Após a forte repercussão negativa, o SESC divulgou Nota Pública com um pedido de desculpas à aluna e à família, assegurando a renovação da matrícula pra 2018

Está confirmado para o final da tarde de hoje (22), na Av. João Pessoa, 5920, no Montese, o ato público de repúdio à Escola Educar Sesc, que se recusou a renovar a matrícula de uma menina trans de 13 anos. O caso foi denunciado pela mãe da menina, nas redes socais, com uma grande repercussão. Após a forte repercussão negativa, o SESC divulgou Nota Pública com um pedido de desculpas à aluna e à família, assegurando a renovação da matrícula pra 2018 (Foto: Fatima 247)
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Ceará 247 - Está confirmado para o final da tarde de hoje (22), a partir das 17 h, na Av. João Pessoa, 5920, no Montese, o ato público de repúdio à Escola Educar Sesc, que se recusou a renovar a matrícula de uma menina trans de 13 anos. 

O caso foi denunciado pela mãe da menina, nas redes socais, com uma grande repercussão. Até a tarde de hoje, já havia quase 30 mil compartilhamentos da Nota de Repúdio publicada nas redes sociais. Segundo ela, “recomendaram” que a família procurasse outra escola, que pudesse atender “as necessidades” da menina. "Hoje, no CÚMULO DA TRANSFOBIA, me chamaram pra uma reunião e “recomendaram” que nossa família procure outra escola, que possa atender “as necessidades” dela. Admitiram que ela é uma ótima aluna, com boas notas e comportamento, mas não vão fazer a matrícula dela para o ano de 2018. Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quando eu questionei nos escorraçaram: “os acompanhem, já terminamos a reunião”. Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados..."

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A família registrou o caso na Delegacia da Criança e do Adolescente (Dececa) e procurou o apoio do Centro de Referência LGBT Janaina Dutra.

Após a repercussão, o SESC também divulgou Nota Pública com um pedido de desculpas à aluna e a família, assegurando a renovação da matrícula pra 2018. "O Sistema Fecomércio e a Escola Educar Sesc lamentam profundamente que qualquer atitude, fruto de preconceito ou desconhecimento, tenha causado sofrimento à família da Lara. A direção do Sistema determinou imediata apuração e tomada de providências para o acolhimento da aluna, bem como a adoção de protocolos para que fatos semelhantes não voltem a acontecer. O Sistema Fecomércio é inclusão e educação. Reforçamos que a aluna tem a matrícula assegurada para 2018, como todos os estudantes veteranos da Escola Educar Sesc".

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Diversas entidades do movimento social também divulgaram hoje, uma nota pública, condenando a atitude preconceituosa da escola. "O movimento LGBTI+ entende que este foi um acontecimento motivado por transfobia. A rejeição da matrícula da adolescente fere leis constitucionais federais e estaduais, princípios e tratados internacionais assinados pelo Brasil e sobre o qual o país tem responsabilidade jurídica, entre outros projetos e programas governamentais de acesso e garantia à educação a todas as pessoas, sem discriminação, por instituições de ambas as esferas pública e privada".

Confira a NOTA DO MOVIMENTO EM REPÚDIO À ATO DE TRANSFOBIA NA ESCOLA EDUCAR SESC

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Confira abaixo a Nota de Repúdio da família

Venho repudiar a atitude da Escola Educar Sesc, ligada ao Sistema Fecomercio, que hoje EXPULSOU minha filha trans de 13 anos, que lá estuda desde os 2 anos de idade, numa clara PRÁTICA TRANSFÓBICA.

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A escola já não vinha respeitando a resolução numero 12/2015, que garante o reconhecimento e adoção do nome social em instituições e redes de ensino de todos os níveis e modalidades, bem como o uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero de cada sujeito.

Desrespeitava o nome social, colocando o nome civil em todos os registros, tais como frequência, avaliações, boletins, a submetendo ao constrangimento. O banheiro feminino também lhe foi negado, com a recomendação que usasse o banheiro da coordenação.

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Depois, a impediram de pegar a carteirinha de estudante com o nome social (como a Etufor garante) porque se negaram a confirmar a matrícula dela, o que causa danos morais e também financeiros, uma vez que ela não pode exercer seu direito à meia.

Hoje, no CÚMULO DA TRANSFOBIA, me chamaram pra uma reunião e “recomendaram” que nossa família procure outra escola, que possa atender “as necessidades” dela. Admitiram que ela é uma ótima aluna, com boas notas e comportamento, mas não vão fazer a matrícula dela para o ano de 2018.

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Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quando eu questionei nos escorraçaram: “os acompanhem, já terminamos a reunião”. Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados...

O que justifica a expulsão de uma aluna com um histórico exemplar senão a transfobia? Não seriam eles (os educadores) as pessoas mais responsáveis por fomentar um mundo que nos garanta um futuro mais justo, humano, igualitário?

Escolhemos a Escola Educar Sesc porque acreditávamos no projeto pedagógico construtivista e inclusivo, onde desde cedo minha filha teve oportunidade de conviver com as mais diversas crianças: autistas, down, portadores de deficiência física...

Um lugar que Lara tinha como uma segunda casa, onde ela cultivou todas as suas amizades, nos deu a decepção mais amarga. Mas transformaremos esse gosto azedo em força para lutarmos por Justiça!!!

Já fizemos um B.O. na Dececa, entramos em contato com a advogada do Centro de Referência LGBT Janaina Dutra e vamos até as últimas consequências. Pela Lara e por todxs que virão depois dela.

P.s. Peço aos amigos que colaborem como puderem para não deixar isso impune: compartilhem, pautem os meios de comunicação onde trabalham, enfim... Não deixemos que o ódio e a intolerância nos impeçam de exercermos o direito de sermos quem somos!


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