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Bahia, o 2º com o maior impacto do novo mínimo

O aumento do salário mínimo decretado pela presidente Dilma no valor de R$ 880 a partir de janeiro de 2016 vai tirar o sono de muitos prefeitos, sobretudo dos gestores de pequenos municípios, onde o reajuste significa aumento de gasto com a folha de pagamentos; nesse cenário, a Bahia será o segundo estado mais impactado com o aumento do mínimo, o que significa que os municípios baianos terão que movimentar R$ 321 milhões a mais para cumprir o piso nacional

dinheiro (Foto: Leonardo Lucena)
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Por Aparecido Silva, Tribuna da Bahia - O aumento do salário mínimo decretado pela presidente Dilma Rousseff (PT) no valor de R$ 880 a partir de janeiro de 2016 vai tirar o sono de muitos prefeitos, sobretudo dos gestores de pequenos municípios, onde o reajuste significa aumento de gasto com a folha de pagamentos.

Nesse cenário, a Bahia será o segundo estado mais impactado com o aumento do mínimo, o que significa que os municípios baianos terão que movimentar R$ 321 milhões a mais para cumprir o piso nacional.

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O estado que mais terá impacto nas contas será Minas Gerais, por ter o maior número de municípios do país. Segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o impacto direto nas contas das prefeituras baianas será de R$ 277 milhões, mas somados os encargos, o montante chega aos R$ 321,4 milhões em 2016.

Em meio a um cenário de crise econômica que marcou 2015 e que deve se arrastar ao longo de 2016, a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB), afirma que a situação pode chegar ao caos.

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"Muitos prefeitos estão preocupados. Para fechar dezembro, muitas prefeituras estão aguardando se entra a antecipação do ICMS do Estado para poder pagar a folha de pagamento, que é um recurso que entra em janeiro, mas o governador garantiu que anteciparia. Imagine como a gente vai fechar 2016 com um aumento desse. E não é somente o salário mínimo que preocupa a gente. Está previsto um aumento de cerca de 11% no piso do magistério. Essa situação só tende a entrar em um caos", aponta a dirigente, que é prefeita da cidade de Cardeal da Silva.

"Muitos prefeitos estão cortando na carne, cortando o que é menos supérfluo para diminuir para a população o sentimento de estarmos entrando em um caos, em uma crise realmente que não deveria atingir os serviços públicos, que é o mínimo que o cidadão deve ter pelos impostos que paga", ressalta Quitéria, que não vê alternativas para aumentar a arrecadação e minimizar o impacto nas receitas das prefeituras.

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"A única luz que temos visto é o repatriamento de recursos que foi aprovado no Congresso Nacional. Mas são 210 dias para começar a sentir o efeito disso. É algo de longo prazo. A gente não pode fechar uma escola e esperar seis meses para reabrir. Mais de 70 municípios na Bahia recebem apenas 0.6% de FPM [Fundo de Participação dos Municípios] e vão fechar o ano com dívidas", destacou a prefeita em entrevista à Tribuna.

Em Camaçari, o aumento do salário mínimo não deve ter impactos nas contas da prefeitura. "Aqui, já pagamos acima do mínimo para aqueles que trabalham 40 horas. Agora, quando ocorre o reajuste do índice, naturalmente somos pressionados pelos servidores a elevar a remuneração", disse, em tom tranquilo, o prefeito Ademar Delgado (PT), mas que não deixa de reconhecer que outros colegas enfrentarão dificuldades em 2016.

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"Isso vai trazer implicações sérias nas contas dos municípios. Como os municípios já estão acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, isso vai levar a grande maioria das prefeituras a ter contas rejeitadas. Eu imagino que a maioria dos prefeitos esteja extremamente preocupada", diz o petista.

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