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Bahia tem 180 casos suspeitos de microcefalia

É o que aponta um balanço do Ministério da Saúde, em referência ao ano de 2015, até o dia 5 de dezembro; o estado é o terceiro da Região Nordeste com o maior número de casos, atrás de Pernambuco (804) e da Paraíba; até essa data, foram registrados 1.761 casos suspeitos da doença em 422 municípios brasileiros e notificadas 19 mortes de bebês com microcefalia e suspeita de infecção pelo vírus Zika, sendo dois óbitos na Bahia; as novas estatísticas também apontam que 14 unidades federativas registram casos suspeitos da malformação

bebe (Foto: Leonardo Lucena)
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Bahia 247 - O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (8), um balanço apontando que, em 2015, até o dia 5 de dezembro, foram notificados 180 casos suspeitos de microcefalia na Bahia. O estado é o terceiro da Região Nordeste com o maior número de casos, atrás de Pernambuco (804) e da Paraíba (316). As novas estatísticas apontam que 14 unidades federativas registram casos suspeitos da malformação. Até o último sábado (5), 1.761 casos suspeitos de microcefalia foram notificados em 422 municípios brasileiros.

Segundo o balanço, foram notificados ainda 19 mortes de bebês com microcefalia e suspeita de infecção pelo vírus Zika, sendo sete no Rio Grande do Norte, quatro em Sergipe, dois na Bahia, dois no Rio de Janeiro, um no Maranhão, um no Ceará, um na Paraíba e um no Piauí. Depois da Bahia, o estados com os maiores números de casos são Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (um).

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O Ministério da Saúde confirmou, no final do mês passado, que existe relação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país. Uma nota divulgada pela pasta informou exames feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.

Cabe ressaltar que a suspeita, notificação e registro oportuno de casos de microcefalia são fundamentais para desencadear o processo de investigação, visando à identificação das prováveis causas, assim como o acompanhamento da evolução destes casos.

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Todos os casos identificados de microcefalia que se enquadram na definição do Ministério da Saúde, devem ser comunicados imediatamente (até 24 h) pela equipe do estabelecimento de saúde onde foi realizado diagnóstico, por meio do formulário de notificação de ocorrência de microcefalia disponível no endereço www.resp.saude.gov.br.

Ações

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Nesta semana entra em funcionamento o Centro de Operações de Emergências em Saúde do Governo da Bahia. O objetivo é atender às necessidades de produção e atualização de informações sobre o quadro epidemiológico baiano e estabelecimento das medidas de vigilância, controle e atenção. A iniciava é coordenada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e contará com participação de outros órgãos estaduais, Ministério da Saúde, além de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas, infectologistas, obstetras, neuropediatras.

O Centro de Operações também será responsável pelo envio de equipes para auxiliar os municípios na investigação em campo, clínica e laboratorial, bem como o estabelecimento de um plano para controle das microcefalias e redução dos agravos.

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Em consonância com o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Enfrentamento de Epidemias e os debates realizados no âmbito do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Fábio Vilas-Boas, que também é vice-presidente da instituição, participará de uma reunião em Brasília, na próxima quarta (9). A iniciativa tem como objetivo alinhar as estratégias com os demais estados brasileiros, ação similar que a Secretaria da Saúde da Bahia realizou junto à região Nordeste.

Entre as propostas da Bahia, propõe-se a liberação de verba suplementar do governo federal, da ordem de R$ 15 milhões, para as ações de intervenção e contenção do processo epidêmico, além de fornecimento emergencial do suprimento de larvicidas e adulticidas, bem como agilização dos resultados dos exames laboratoriais enviados para o Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência para Zika, até a implantação da técnica no Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen), na Bahia.

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Os recursos servirão ainda para adquirir novos pulverizadores costais, testes rápidos para diagnóstico de dengue e chikungunya, bem como ampliar o projeto do Aedes transgênico, em Juazeiro.

Cenário

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Considerando o quadro epidemiológico atual, a Sesab recomenda aos Núcleos Regionais de Saúde, Bases Regionais de Saúde e às secretarias municipais de saúde as seguintes ações:

a. Divulgar aos profissionais de saúde, definição padronizada de casos suspeitos de microcefalia;

b. Notificar imediatamente os casos suspeitos, por meio do formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública referente às microcefalias (RESP – Microcefalias), no endereço www.resp.saude.gov.br e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) conforme orientação;

c. Divulgar para a população, em especial mulheres em idade fértil e gestantes, medidas de proteção individual, mesmo sem evidências até o momento de relação causal de qualquer enfermidade e agravo prévio;

d. Reforçar as ações de prevenção e controle vetorial (a exemplo da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti) nas áreas urbanas e periféricas.

e. Reforçar a importância do registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) dos casos de notificação compulsória ocorridos durante a gestação, especialmente sífilis, toxoplasmose, HIV, dengue, chikungunya e zika.

Considerando a possibilidade de associação da microcefalia com doenças infecciosas ou outras causas, recomenda-se aos serviços e profissionais de saúde que informem a todas as gestantes e mulheres em idade fértil, com possibilidade de engravidar, que:

1. Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2. É importante a atualização das vacinas de acordo com o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde;

3. Não devem consumir bebidas alcoólicas ou quaisquer tipos de drogas;

4. Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;

5. Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;

6. Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);

7. Tentar se proteger de mosquitos, com medidas como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida;

8. Consultar o médico sobre o uso de repelentes e verificar atentamente, no rótulo, a concentração e definição da frequência do uso para gestantes;

9. Se houver qualquer alteração no estado de saúde, principalmente no período até o 4º mês de gestação, ou na persistência de doença pré-existente nessa fase, comunicar o fato aos profissionais de saúde (médicos obstetras, médico ultrassonografista e demais componentes da equipe de saúde) para que tomem as devidas providências para acompanhamento da gestação.

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