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Bloqueio do Cpers leva à suspensão de votação na AL

O presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT), anunciou que os deputados decidiram cancelar as atividades parlamentares desta tarde após o acesso à Casa ser bloqueado por ação do Centro de Professores do Estado do RS (Cpers); o sindicato queria impedir que o governo conseguisse protocolar o projeto que autoriza a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, anunciado oficialmente em pronunciamento do governador José Ivo Sartori (PMDB), mas isto acabou ocorrendo quando Pretto instalou o gabinete da presidência em outro prédio pertencente do Legislativo gaúcho; grupos de professores se posicionaram em frente a todos os portões e portas de acesso à Assembleia para bloquear a entrada de deputados, servidores e funcionários da Casa

21/11/2017 - Cpers bloqueia entradas da Assembleia Legislativa. Foto: Maia Rubim/Sul21 (Foto: Leonardo Lucena)
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Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - O presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT), anunciou no final da manhã desta terça-feira (21) que os deputados decidiram cancelar as atividades parlamentares desta tarde após o acesso à Casa ser bloqueado por ação do Centro de Professores do Estado do RS (Cpers). O sindicato queria impedir que o governo conseguisse protocolar o projeto que autoriza a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, anunciado oficialmente nesta manhã em pronunciamento do governador José Ivo Sartori (PMDB), mas isto acabou ocorrendo quando Pretto instalou o gabinete da presidência em outro prédio pertencente do Legislativo gaúcho.

Desde as 6h da manhã, grupos de professores se posicionaram em frente a todos os portões e portas de acesso à Assembleia para bloquear a entrada de deputados, servidores e funcionários da Casa. Presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, disse que a decisão do sindicato de bloquear o acesso foi para expressar “simbolicamente” a contrariedade do sindicato com o projeto, que impõe uma série de medidas de ajuste fiscal como contrapartida para a suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União por 36 meses.

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“Se ele quiser protocolar, vai ser depois do expediente. Esse é um símbolo para dizer ao governo que nós vamos lutar contra o ajuste fiscal, nós não aceitaremos mais seis anos de congelamento de salário. Hoje, nós passamos a vergonha de ser o pior salário pago no Brasil e precisamos reorganizar a nossa vida econômica para poder voltar para a escola e dar o melhor para os nossos alunos sem toda essa pressão que estamos vivendo, de saber que tu trabalha e chega no final do mês sem ter dinheiro para pagar as contas”, disse Helenir.

Após uma tentativa de mediação com o presidente da AL, o comando de greve do Cpers chegou a se reunir durante a manhã para negociar uma liberação, ao menos parcial, do acesso à Casa. No entanto, essa negociação foi interrompida depois de uma ação do deputado Marcel Van Hatten (PP) de tentar furar o bloqueio dos professores, provocando um “tumulto desnecessário” e desrespeitando a categoria”, segundo Helenir. Esse deputado, hoje, inviabilizou qualquer possibilidade de nós negociarmos com tranquilidade com a Assembleia Legislativa”, afirmou.

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Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, quando a Brigada Militar foi acionada para lidar com protestos de servidores, apenas um pequeno contingente de policiais acompanharam a ação desta terça, mas sem agir durante a manhã. Por volta do meio-dia, após reunião de um grupo de cerca de 25 deputados no Memorial do Legislativo, a antiga sede da AL conhecida como Casa Rosada, Pretto fez um anúncio dizendo que a sessão de votações marcada para a tarde desta terça estava suspensa, mas que estava instalando o gabinete da presidência no próprio memorial.

O presidente da AL começou sua fala lamentando a ação do Cpers e destacando que, tanto sua presidência como o conjunto de parlamentares, sempre estiveram abertos para o diálogo com entidades e movimentos sociais. “Aliás, parte das audiências que ocorreram com o governo nesse processo de greve dos professores foi com a intermediação da presidência da Assembleia, negociando e dialogando com o líder do governo. Portanto, eu lamento profundamente o que está ocorrendo na Assembleia Legislativa. Na minha opinião, é um ato inaceitável pela postura que nós estamos tendo desde o início da nossa gestão”, disse.

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Com a instalação da presidência da AL no memorial, o governo conseguiu protocolar o projeto de adesão ao regime de recuperação fiscal – alvo do protesto dos servidores -, os projetos que retiram a obrigatoriedade de plebiscito para a privatização das estatais Sulgás, CRM e CEE e mais outros 13 projetos de temas diversos. “Acho que a decisão de terem mirado para um parlamento democrático foi equivocada. Lamento profundamente e digo que, da parte da presidência, é um ato radicalizado inaceitável”, disse Pretto.

Com o cancelamento da sessão desta tarde, a AL deve retomar as votações apenas na próxima semana. Pretto disse que a sessão de amanhã deverá homenagear o Dia da Consciência Negra e, a princípio, não há previsão de alteração para que sejam realizadas votações ainda nesta semana.

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