Café. Propriedades benéficas que poucos conhecem
O consumo regular e moderado de café - três xícaras pequenas ao dia -, é benéfico para a saúde, afirma o nutricionista Franck Senninger. Mas atenção: mulheres grávidas, pessoas que sofrem do coração ou de complicações digestivas, não devem abusar
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Par Sarah Laîné – Le Figaro
Nos países do Ocidente, a média de consumo é 5 quilos por pessoa e por ano, um pouco mais de duas xícaras pequenas ao dia. O café é um prazer bom para a saúde. Em casa ou no bar, curto ou longo, o café foi, durante muito tempo, “o primo pobre das bebidas quentes. Mas ele entrou de novo para a nobreza, graças aos resultados das últimas pesquisas científicas a respeito dos seus efeitos sobre a saúde das pessoas”, explica o médico nutricionista francês Franck Senninger.
Os efeitos do café, com efeito, são hoje bem documentados, particularmente os da famosa cafeína, que aumenta a vigilância e o estado desperto. São numerosos os que gostam do café também por causa dos seus efeitos estimulantes. Mas há outros benefícios para a saúde proporcionados pelo café.
Autor do livro Les Incroyables Vertus du café (As incríveis virtudes do café), Franck Senninger explica que “além da cafeína, o café contem numerosas moléculas antioxidantes como os polifenóis, o kahweol ou o cafestol”. São moléculas que sobretudo diminuem o risco de diabetes e de doenças cardiovasculares, além de melhorar a digestão.
Prevenção do câncer
O interesse pelo café não para nisso. Várias equipes médicas internacionais estudam seus efeitos para a prevenção do câncer. “O consumo regular de café, cerca de três xícaras ao dia, permite reduzir o risco de desenvolver numerosos cânceres, como os do duodeno, do cólon, do esôfago, da boca, da pele, do seio e até mesmo o do colo do útero”, indica Senninger. Em 2013, a Associação americana de gastrenterologia comparou os resultados de 16 estudos sobre os efeitos preventivos do café para o câncer do fígado. Resultado? Três xícaras de café ao dia permitem que esse risco seja reduzido de 56%.
Fortalecer a memória
«Além dos seus efeitos protetores contra esses cânceres, o café age também na prevenção de certas moléstias neurodegenerativas», diz Franck Senninger. Cientistas compararam os resultados de 26 estudos internacionais. A publicação desses resultados, em 2010, indica que os consumidores de café tem 25% menos risco de desenvolver o mal de Parkinson, em relação aos que não usam a bebida. Em 2012, um outro estudo, publicado pela Academia americana de neurologia demonstrou, por seu lado, que duas a quatro xícaras de café diariamente reduzem os sintomas da moléstia: tremores, rigidez muscular e complicações motoras.
É sempre conveniente, no entanto, não se abusar da bebida, e permanecer prudente à espera de novas confirmações. Por exemplo, não é por que a cafeína melhora a memória que ela pode ser vista como uma panaceia contra o mal de Alzheimer. Embora, em março último, uma equipe franco-alemã tenha demonstrado que, em animais de laboratório, a cafeína reduz as placas amiloides e as proteínas Tau, que são sinais indicadores da doença. Mas o rato não é o homem, e os agentes que entram em ação nessa patologia ainda precisam ser determinados.
De qualquer forma, o consenso científico é hoje bastante claro: o consumo regular e moderado de café, três xícaras ao dia, é benéfico para a saúde, afirma Franck Senninger. Mas atenção: mulheres grávidas, pessoas que sofrem do coração ou de complicações digestivas, não devem abusar.
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