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Câncer: a importância da atenção médica e do paciente no tratamento

O Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de Novembro, é mais uma oportunidade para enfatizar a importância da prevenção, dos diagnósticos e dos tratamentos que ratifiquem a condução e a prática clínica dos profissionais da saúde

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Victor Alves, 247 – O Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de Novembro, é mais uma oportunidade para enfatizar a importância da prevenção, dos diagnósticos e dos tratamentos que ratifiquem a condução e a prática clínica dos profissionais da saúde. Especialista em tumor cerebral, o neurocirurgião Luiz Daniel Cetl destaca que todos os tipos de cânceres merecem atenção especial e, neste dia de conscientização, alguns focos são muito importantes, como a prevenção, o diagnóstico precoce e a atenção prévia de médicos e pacientes. “No caso específico do tumor cerebral, um câncer complexo e muito temido pela população em geral, nem sempre é fácil nos anteciparmos à doença, mas os avanços da medicina, a atenção médica e também das próprias pessoas na percepção dos sintomas, são fundamentais para o diagnótico logo na fase inicial”, diz o neurocirurgião especialista em tumor cerebral pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).

Acredita-se que variáveis existentes associadas ao estilo de vida, às diferenças populacionais e condições ambientais, entre outras, podem agir como fatores desencadeantes de um tumor cerebral. No entanto, até hoje não existem estudos que comprovem essas suspeitas. Acredita-se também que a parte mais importante do tratamento se da no pós-operatório.

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O tumor cerebral é resultante do crescimento anormal e multiplicação desordenada das células que compõem o cérebro, de células de estruturas adjacentes ao órgão que invadem o tecido cerebral, ou células de outros órgãos que se implantam no cérebro (metástases). A partir da constatação de sua existência, a avalição inicial é a condição benigna ou maligna da doença.

Embora a história do paciente e os exames de imagem ajudem a apontar em uma direção, o diagnóstico de certeza é possível somente com a análise do material obtido na cirurgia. Sendo benigno ou maligno histologicamente, em geral, o paciente se beneficia quanto maior for a possibilidade de ressecar da lesão (o ideal é a ressecção total). Porém, muitas vezes, a localização da lesão pode limitar a extensão da ressecção. “Por parte do paciente, é importante que observe os primeiros sintomas, como dor de cabeça constante pela manhã, perda de coordenação motora, convulsão, vômitos e outros”, relata o neurocirurgião. Cetl, que explica ainda que os sintomas também estão relacionados com o tamanho, a velocidade de crescimento e a localização do tumor. 

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A incidência de tumores cerebrais primários e a sua malignidade estão também associados à idade do paciente. Nos Estados Unidos, estima-se que são diagnosticados 200 mil novos casos a cada ano – não há estatísticas precisas para novos casos no Brasil. De modo geral, em todo mundo, 20% dos tumores cerebrais ocorrem na infância, tendo maior incidência na faixa etária entre os 4 e 9 anos de idade.

Dada a dificuldade em diagnosticar com antecedência o tumor cerebral, as observações dos primeiros sintomas e a consulta médica regular são imprescindíveis, ainda mais quando os sintomas são persistentes. Quando a doenças é detectada, o médico indicará exames complementares, como uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética. “Vale lembrar que as radiografias simples do crânio e/ou do cérebro não auxiliam no diagnóstico da maioria dos tumores cerebrais”, completa o neurocirurgião que também é membro do grupo de tumores do Departamento de Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 

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Causas e tratamentos

Bem estabelecida na literatura médica, a genética, embora não seja determinante, pode contribuir para o surgimento de tumores cerebrais.

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Alguns tipos de tratamentos já são amplamente aceitos, como a intervenção cirúrgica, o uso de medicamentos para aliviar os sintomas da compressão, a radioterapia e a quimioterapia. 

Outra possibilidade é a Awake Craniotomy, um procedimento cirúrgico para a retirada de tumores no cérebro, realizado da mesma maneira como uma craniotomia convencional, porém com o paciente acordado durante a cirurgia. A técnica é utilizada nas operações de retirada de lesões próximas, ou que envolvam, às regiões funcionais importantes do cérebro. “Essa técnica permite testar uma função cerebral específica do paciente durante a operação, antes de realizarmos a remoção parcial ou total do tumor, com a vantagem dos riscos serem muito reduzidos”, explica Cetl.

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A Awake Craniotomy, realizada no Brasil há mais de 10 anos, é uma cirurgia que permite uma avaliação mais precisa, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Além disso, o procedimento preserva as áreas cerebrais afetadas, sem comprometer as funções cerebrais, como menor tempo de internação e menor déficit pós-operatório. Possibilita ainda uma ressecção mais ampla da lesão, o retorno mais rápido às atividades cotidianas e uma melhor qualidade de vida ao paciente após a cirurgia.

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