Cartola palmeirense deve substituir Teixeira na CBF

247 – A essa altura, Ricardo Teixeira já está em Miami, onde fixará residência, no bairro de Delray Beach. Ainda presidente da Confederação Brasileira de Futebol, mas abatido por uma série de escândalos, ele montou uma empresa, a Kronos Capital Investments, para realizar negócios fora do Brasil. O episódio mais recente diz respeito a um amistoso da seleção brasileira no Distrito Federal, em que uma empresa teria recebido R$ 8 milhões e transferido mais de R$ 3 milhões para a família do cartola.

Oficialmente, Ricardo Teixeira anunciou que retorna à presidência da CBF após o Carnaval, mas são remotas as possibilidade de que ele permaneça à frente da entidade até a Copa de 2014. Sua interlocução com o governo Dilma Rousseff é mínima e as relações com a Fifa também esfriaram. Por isso mesmo, Teixeira tenta organizar sua sucessão.

De acordo com nota publicada hoje na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, esse é o único motivo que retarda sua saída da CBF. E o mais provável é que Teixeira seja sucedido pelo amigo Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol. Para que isso ocorra, Teixeira terá que sair de licença por tempo indeterminado, o que, segundo o estatuto, lhe permitiria indicar o sucessor.

Se houvesse uma renúncia, conforme se especulava, o comando da CBF teria que ser entregue a um dos cinco vice-presidentes. Mas não nomes complicados como Zequinha Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, Weber Magalhães, encrencado com a lei da ficha limpa, e José Maria Marin, cujo feito mais recente foi embolsar uma medalha da Copa São Paulo de futebol.

Seja qual for o argumento, o fato é que Teixeira dificilmente abrirá mão de acompanhar de perto os meganegócios que envolvem a Copa de 2014. E o são-paulino Marco Polo del Nero é a pessoa em quem ele mais confia.