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Centrais Sindicais fazem protestos em Goiás

Cerca de dois mil manifestantes marcham pelas ruas do centro de Goiânia em ação que integra o Dia Nacional de Luta; a extensa pauta de reivindicações inclui melhora na infraestrutura de órgãos públicos, valorização da aposentadoria, redução da jornada de trabalho, reforma agrária, investimentos em saúde, educação e transporte, fim dos leilões do petróleo e melhores condições de trabalho para os servidores federais; em Aparecida, integrantes do Movimento Camponês Popular interditaram a BR-153, o que causou um congestionamento de 10 quilômetros pela manhã

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A Redação_ Reunidos desde o início da manhã desta quinta-feira (11), cerca de dois mil manifestantes entoam palavras de ordem, apresentando suas reivindicações, na Praça do Bandeirante, no Setor Central de Goiânia. Neste momento eles marcham em volta do anel interno da Praça Cívica, em frente ao Palácio Pedro Ludovico, onde pretendem ficar até pronunciamento de um dos integrantes da equipe do governador Marconi Perillo.

As ações, organizadas nacionalmente por diversas centrais sindicais, acontecem em razão do Dia Nacional de Luta (leia mais), comemorado nesta quinta-feira (11/7) e os transtornos para quem saiu de casa com destino ao Setor Central da capital já podem ser notados. Em algumas vias, os ônibus foram impedidos de circular e o trânsito foi  bloqueado entre as avenidas Goiás, Araguaia e Tocantins.

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Muitas vozes e cores se misturam na manifestação que é formada por representantes dos setores da educação, trabalho e agricultura. Integrantes do Movimento Camponês Popular (MCP), do Movimento dos Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (Sint-Ifes) lotam a Avenida Goiás.

Além disso, alguns professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) participam da marcha. Eles partiram do Hospital das Clínicas (HC), no Setor Universitário, se juntaram ao grupo de manifestantes, e criticam fortemente a terceirização do HC.

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A pauta da marcha é extensa e em âmbito geral, as reivindicações giram em volta da melhora na infraestrutura de órgãos públicos, valorização da aposentadoria, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, reforma agrária, investimentos nas áreas de saúde, educação e transporte, melhorias no transporte público, fim dos leilões do petróleo e melhores condições de trabalho para os servidores federais.

Integrantes do MCP se reuniram às 6 horas na BR-153 e interditaram a rodovia, causando um congestionamento de cerca de 10 quilômetros. Encabeça a lista de reivindicações um pedido por reformas estruturais para que os trabalhadores possam continuar no campo.

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Segundo a organização do protesto, cerca de 250 pessoas estiveram na BR-153 - no trevo de Itapaci - fechando os dois acessos da via e, de lá marcharam para o Centro da capital, de onde, ainda sem destino divulgado, seguem caminhado por vias movimentadas de Goiânia. Assim como na capital, as mobilizações acontecem também em Catalão, Flores de Goiás e Itapaci, interior do Estado, e em várias cidades do Brasil.

Os manifestantes ainda interditaram a BR-020 no trevo de Flores de Goiás e a BR-050 em Catalão no trevo das mineradoras. A expectativa no início da organização, é de que cerca de três mil camponesas e camponeses fossem para a ruas, ou seja, trabalhadores do campo ainda podem se juntar à multidão no decorrer da manifestação.

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Segundo Sandra Alves , uma das diretoras do MCP, a lista de reivindicações é composta pela soberania nacional sobre terras, reforma agrária, políticas estruturais para a juventude e mulheres, produção de alimentos agroecológicos, direitos dos povos, banimento de agrotóxicos e transgênicos, controle de desmatamento, cancelamento de privatizações de recursos naturais, escolas rurais e o fim da isenção de impostos a grandes empresas exportadoras.

A diretora explica que no campo, há uma enorme dívida social e as desigualdades são cada vez maiores. Cerca de 8.300 grandes proprietários de terra, sozinhos, são donos de 83 milhões de hectares, enquanto 4,3 milhões de famílias de trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar e camponesa possuem 70 milhões de hectares. No entanto, a agricultura camponesa é responsável pela produção de 70% do alimento que vai à mesa povo brasileiro.

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Em Goiás, a situação é ainda mais grave, pela sua localização no centro do agronegócio. A estrutura da terra no estado, que tem um dos maiores índices de concentração no Brasil, tem sido construída pelas forças que se opõem à democratização fundiária. Goiás tem 88,4 mil estabelecimentos familiares que ocupam 3.329.630 ha, com média de 3,6 ha por estabelecimento.

Os agricultores familiares são responsáveis pela produção de alimentos básicos que fornecem a maioria dos produtos para a mesa dos goianos. Diante dessa situação, o MCP também manifesta sua insatisfação e vai às ruas colocar, mais uma vez, a pauta camponesa em debate. As lutas sociais são legítimas e somente elas podem melhorar as condições de vida do povo. (Michelle Rabelo)

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(Com fotos de Bruno Hermano e Carlos Raniel)

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