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Chegou a vez da Petrobras?

Ação da empresa acumula altas consistentes, diante da perspectiva de reajuste nos preços dos combustíveis

Ação da empresa acumula altas consistentes, diante da perspectiva de reajuste nos preços dos combustíveis (Foto: Gisele Federicce)
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Do Infomoney - Embora o Ibovespa tenha fechado praticamente estável na última quinta-feira, uma de suas principais empresas registrou forte valorização: a Petrobras. O motivo para esta alta pode estar associado ao noticiário recente, que trouxe duas possíveis novidades favoráveis à empresa - uma sobre o pré-sal e outra sobre um possível reajuste no preço dos combustíveis.

Os papéis preferenciais da companhia (PETR4), que respondem por 7,40% de participação na carteira diária do Ibovespa - a 2ª maior participação individual no índice -, avançaram 5,19%, a R$ 17,83. Vale destacar o forte volume movimentado pelos ativos, com R$ 1,43 bilhão, quatro vezes mais que a média. Já os papéis ordinários (PETR3), que possuem 2,44% de importância, subiram 5,89%, valendo R$ 17,07 cada.

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Segundo matéria publicada do Valor na quinta-feira 15, o governo avalia mudar a legislação para desobrigar a estatal de ser operadora e de deter pelo menos 30% de cada poço de petróleo do pré-sal. A mesma notícia traz ainda a possibilidade de que um novo reajuste no preço dos combustíveis seja anunciado, de acordo com uma fonte qualificada do Palácio do Planalto. Segundo o informante, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, será consultado e poderá dar a palavra final sobre o reajuste da gasolina e do diesel reivindicado pela Petrobras. O aumento dos derivados, no entanto, só deve ser aprovado se couber no orçamento de inflação deste ou do próximo ano.

Em relatório, a equipe de análise da XP Investimentos comenta que o evento naturalmente seria positivo para a Petro e que poderia ter reflexo no desempenho das ações, mas reforça que isso ainda não passa de mera especulação. "Obviamente a matéria é uma suposição, não um evento confirmado, portanto classificamos o newsflow como potencialmente positivo, visto que caso a regra de partilha seja alterada, a companhia preservaria caixa, espantando o fantasma de oferta de ações", avalia.

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Sem a obrigação da Petrobras deter pelo menos 30% de participação em cada bloco do pré-sal, poderá sobrar mais disponibilidade para investimentos no caixa da estatal - uma das principais preocupações da empresa até o momento, comenta a XP.

Reajustar é preciso
Já sobre o reajuste, ele é classificado como o outro ponto crucial para uma virada no fluxo de caixa livre da empresa, tendo em vista a defasagem cada vez maior entre os preços praticados no exterior e no mercado doméstico. "A Petrobras precisa reajustar preços dos derivados para evitar maiores perdas no segmento de abastecimento", conclui.

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Para atender a demanda interna, a Petrobras costuma importar petróleo. No entanto, como ela não pode reajustar os preços praticados aqui dentro, esse processo tem sido cada vez mais prejudicial para os seus resultados, à medida que as cotações da commodity seguem em alta no mercado internacional e o dólar tem subido bastante em relação ao real - o que encarece as importações.

De 2012 pra cá, a Petrobras já elevou por duas vezes o preço da gasolina e quatro vezes o preço do diesel nas refinarias. Mesmo assim, estes reajutes não têm sido suficientes para anular a defasagem entre os preços praticados aqui e no exterior. O principal "inimigo" para novas altas no preço dos derivados é a inflação, que segue persistentemente próximo do teto da meta fixado pelo Banco Central para 2013, de 6,5%.

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Lobão nega mudanças
Em resposta aos rumores, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou nesta quinta-feira a possibilidade de o governo reduzir o percentual obrigatório de 30% de participação da Petrobras nos campos do pré-sal ou de tirar da empresa o status de operadora única do pré-sal.

"Não há estudo nenhum do governo sobre essa matéria... Não há menor possibilidade disso", disse o ministro após evento do fórum dos secretários estaduais de Energia, em Brasília. Nesta quinta-feira, o jornal Valor Econômico publicou uma reportagem dando conta de que o governo estaria estudando rever o papel da Petrobras no pré-sal.

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Lobão disse ainda que essas atribuições da Petrobras no pré-sal foram aprovadas no Congresso Nacional e são lei. O ministro afirmou que, mesmo com a pressão do câmbio, a Petrobras tem condições econômicas e financeiras de cumprir seu papel. Ele acrescentou que não há novidades sobre eventual reajuste no preço dos combustíveis. No início da semana, ele disse que o governo avalia pedido da Petrobras sobre reajuste de preços de combustíveis, mas isso não significa que a reivindicação da estatal será atendida pelo seu controlador.

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