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Cidadania Ribeirinha define temas para 2016

Apresentados por comissões de gestores formadas por ex-alunos e líderes comunitários, os temas foram escolhidos em assembleia geral pelas próprias comunidades rurais do Norte de Minas envolvidas no projeto

Apresentados por comissões de gestores formadas por ex-alunos e líderes comunitários, os temas foram escolhidos em assembleia geral pelas próprias comunidades rurais do Norte de Minas envolvidas no projeto (Foto: Luis Mauro Queiroz)
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ALMG - Recuperação de nascentes, produção de mudas nativas em viveiros, coleta seletiva e reaproveitamento de resíduos sólidos, hortas comunitárias e produção de polpas de frutas do Cerrado. Essas são as atividades socioambientais selecionadas para a próxima etapa do projetoCidadania Ribeirinha, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a ser iniciada em fevereiro ou março de 2016. Apresentados por comissões de gestores formadas por ex-alunos e líderes comunitários, os temas foram escolhidos em assembleia geral pelas próprias comunidades rurais do Norte de Minas envolvidas no projeto.

A expectativa é que as atividades beneficiem, ao todo, perto de 30 mil pessoas de Várzea Bonita, São Joaquim e Riacho da Cruz, no município de Januária, e Bom Jardim da Prata, Retiro e Jiboia, no município de São Francisco, além de povoados vizinhos. As localidades foram escolhidas considerando o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos dois municípios, já que o objetivo do Cidadania Ribeirinha é não só estimular projetos comunitários ambientalmente sustentáveis, mas também promover atividades de geração de renda e melhoria das condições socioeconômicas das populações envolvidas.

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Segundo o gestor do projeto, Márcio Santos, da Escola do Legislativo, os temas selecionados não se isolam, mas interagem entre si, sempre tendo em vista a estratégia de produção econômica sustentável. Dessa forma, por exemplo, a atividade de produção de mudas nativas se interliga à de produção de polpa de frutos do Cerrado, como umbu e pequi. Ele destaca, também, a grande preocupação das populações ribeirinhas em promover a recuperação de nascentes, já que devido à prolongada seca no Norte do Estado, mais de 90% dos cursos hídricos da região estão secos. "Um dado alarmante", diz.

Em novembro último foram concluídos os três primeiros módulos do Curso de Formação de Agentes Populares em Educação Ambiental na Agricultura Familiar, que teve a duração de três meses, com 123 horas/aula. Inicialmente, foram inscritos 360 alunos. Como o índice de evasão foi baixo, os responsáveis acreditam que mais de 300 alunos serão certificados.

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Atualmente as comissões gestoras estão em processo de avaliação do trabalho desenvolvido em 2015 e de preparação para o próximo ano. O último módulo – “Práticas produtivas sustentáveis e tecnologias sociais” – que terá início em 2016, será desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MG), de acordo com os temas escolhidos em cada comunidade.

Márcio Santos diz ainda que todas as avaliações feitas até agora pelos participantes do curso – estudantes, professores, donas de casa, trabalhadores rurais e lideranças comunitárias – apontam para um saldo “muito positivo”. “O curso foi muito bem aceito pelas comunidades, que destacaram o seu caráter inovador, o ineditismo das propostas, o engajamento dos professores e o ritmo das atividades”, observou.

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O nível de envolvimento das comunidades é tal, relatou ele, que uma delas preferiu adotar a modalidade de monitores ambientais voluntários, em vez de remunerados, com o objetivo de aumentar o valor da verba destinada à execução das atividades.

Projeto é mantido com recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente

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Esta é a segunda edição do projeto, que começou em 2011 e foi retomado em 2014, devendo se estender por três anos. Este ano, além das aulas teóricas, os alunos participaram também de atividades de campo, como visitas a unidades produtivas e reservas ambientais.

Voltado para municípios mineiros da Bacia do São Francisco com baixos IDH, o Cidadania Ribeirinha é mantido com recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) repassados pelo Banco do Brasil. Cada projeto comunitário conta com verba de até R$ 35 mil. O sucesso da primeira edição contribuiu para que o projeto fosse um dos 19 selecionados entre 240 inscritos em todo o País para receber recursos do fundo.

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A execução dos projetos se estenderá por todo o ano de 2016 e será conduzida pelas próprias comunidades, com a supervisão da equipe do Cidadania Ribeirinha e apoio das entidades parceiras.

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