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Cinform escancara posição política contra JB e Rogério

Jornal Cinform decidiu mostrar de que lado no pleito eleitoral deste ano; nas duas últimas semanas, o semanário mostrou que tem lado: o oposto ao do governador Jackson Barreto (PMDB), que disputa a reeleição, e do deputado federal Rogério Carvalho, que é candidato a senador pelo PT; na manchete da semana passada, o jornal trouxe em letras garrafais: "Governo de JB leva o caos às delegacias"; na edição, que começou a circular nesta segunda (1º), o mesmo recurso, só que contra o candidato petista: "Fundações de Rogério geram rombo de mais de R$ 200 milhões na Saúde"; caminho perigoso, que desrespeita leitor e maltrata jornalismo

Jornal Cinform decidiu mostrar de que lado no pleito eleitoral deste ano; nas duas últimas semanas, o semanário mostrou que tem lado: o oposto ao do governador Jackson Barreto (PMDB), que disputa a reeleição, e do deputado federal Rogério Carvalho, que é candidato a senador pelo PT; na manchete da semana passada, o jornal trouxe em letras garrafais: "Governo de JB leva o caos às delegacias"; na edição, que começou a circular nesta segunda (1º), o mesmo recurso, só que contra o candidato petista: "Fundações de Rogério geram rombo de mais de R$ 200 milhões na Saúde"; caminho perigoso, que desrespeita leitor e maltrata jornalismo (Foto: Valter Lima)
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Sergipe 247 - O jornal Cinform decidiu mostrar de que lado no pleito eleitoral deste ano. Não, o jornal não produziu um editoral afirmando sua posição política. Pelo menos, ainda não. Mas nas duas últimas semanas, o semanário mostrou que tem lado: o oposto ao do governador Jackson Barreto (PMDB), que disputa a reeleição, e do deputado federal Rogério Carvalho, que é candidato a senador pelo PT. Na manchete da semana passada, o jornal trouxe em letras garrafais: "Governo de JB leva o caos às delegacias". Na edição, que começou a circular nesta segunda-feira (1º), o mesmo recurso, só que contra o candidato petista: Fundações de Rogério geram rombo de mais de R$ 200 milhões na Saúde".

Não que o jornal não possa noticiar tais fatos. Se bem apuradas, as duas informações são importantes para mostrar problemas na gestão estadual e devem ser denunciadas. Mas a grande questão é como o jornal decidiu abordar os dois fatos públicos: pelo viés da política, sem esconder o seu objetivo de criar a relação entre a notícia negativa e o candidato governista. Isto ficou ainda mais claro na manchete que cita Rogério Carvalho. Embora tenha sido o responsável pela criação das fundações, o petista o fez entre 2006 e 2010, no primeiro governo de Marcelo Déda, quando respondia pela Secretaria Estadual da Saúde. Desde então, Rogério se elegeu deputado federal e hoje disputa o Senado. 

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Ou seja, a vinculação com o candidato se revela forçosa uma vez que é feita durante o período eleitoral. Além disso, a manchete desta semana é precedida por uma matéria na semana anterior na qual o Cinform deixou clara sua predileção pela candidata do DEM, a senadora Maria do Carmo, que concorre à reeleição contra o petista. Na matéria, de página inteira, publicada na edição passada, o jornal afirma, sem cerimônias, que Maria é uma senadora importante para Sergipe e que seu trabalho é reconhecido em todo o país. A informação é totalmente deslocada da realidade.

De mesmo modo é forçoso o jornal fazer uso do expediente de estabelecer relações entre os candidatos governistas e problemas na gestão de forma totalmente editorializada. Na manchete contra Jackson Barreto, a falsa impressão é a de que os problemas nas delegacias decorrem exclusivamente do atual governador, que exerce o cargo há menos de um ano e em situação muito adversa - após o falecimento do governador Marcelo Déda (PT).

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Em todo o mundo, jornais se declaram politicamente durante períodos eleitorais, mas, ao mesmo tempo, reforçam suas intenções jornalísticas pelo rigor da apuração e pela neutralidade no noticiário, restringindo sua posição eleitoral aos textos de editoriais. E o mais importante: deixando claro para o eleitor de que lado está. Mas o jornal Cinform não faz esta distinção e peca no uso indecoroso do espaço mais nobre de um veículo de mídia impresso para fazer campanha política. Lamentável!

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