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Cinform trata Bolsa Família com preconceito e cala o contraditório

Manchete do jornal já deixa clara sua intenção da crítica editorializada, ao denominar o programa como "bolsa-miséria" e reforça este intento ao só dar voz a "especialistas" críticos à iniciativa; jornal não ouve beneficiários, nem o poder público, além de ignorar dados que comprovam a redução da miséria e da mortalidade infantil no país; em 10 anos de programa, o índice da população vivendo em situação de pobreza extrema caiu de 12% (2003) para 4,8% (2013); 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza e 35,7 milhões ascenderam para classes sociais mais elevadas; taxa de analfabetismo e frequência na escola caiu drasticamente, bem como a mortalidade infantil

Manchete do jornal já deixa clara sua intenção da crítica editorializada, ao denominar o programa como "bolsa-miséria" e reforça este intento ao só dar voz a "especialistas" críticos à iniciativa; jornal não ouve beneficiários, nem o poder público, além de ignorar dados que comprovam a redução da miséria e da mortalidade infantil no país; em 10 anos de programa, o índice da população vivendo em situação de pobreza extrema caiu de 12% (2003) para 4,8% (2013); 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza e 35,7 milhões ascenderam para classes sociais mais elevadas; taxa de analfabetismo e frequência na escola caiu drasticamente, bem como a mortalidade infantil (Foto: Valter Lima)
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Sergipe 247 - Com um pressuposto preconceituoso e sem abrir espaço para o contraditório, o jornal Cinform cai na vala comum da crítica burguesa contra o programa "Bolsa Família", que já existe há mais de uma década no país e que, embora tenha problemas pontuais, é exitoso no seu principal objetivo: retirar as pessoas da miséria absoluta e criar mecanismos que obriguem crianças e adolescentes a estar na sala de aula e com o cartão de vacinação em dia.

A manchete do jornal já deixa clara sua intenção da crítica editorializada, ao denominar o programa como "bolsa-miséria" e reforça este intento ao só dar voz a "especialistas" críticos à iniciativa. Um deles, que peca pelo excesso à visão extremamente unilateral negativa em relação aos governos petistas, é o sociólogo Rodorval Ramalho, que assina semanalmente uma coluna no mesmo jornal.

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Há ainda no texto algumas críticas que não se sustentam pela completa falta de argumento. Em determinado momento, a matéria questiona o resultado de uma pesquisa que mostra que a cada R$ 1 investido no Bolsa Família, o Produto Interno Bruto do país cresce R$ 1,78 e taxa esse crescimento como "ilusório", mas não explica o porquê. Em outro momento, comenta uma pesquisa realizada nos Estados Unidos que questiona os programas de transferência de renda, ao afirmar que o "o povo estava recebendo dinheiro demais dos poderes públicos". 

Em nenhum momento, a reportagem ouve os beneficiários do programa. Também não dá espaço para que o poder público fale. Não se abre para ouvir especialistas favoráveis ao Bolsa Família. Nem se dá ao trabalho de verificar o tamanho real da fatia que o programa consome efetivamente de recurso público. 

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Se para o Cinform, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos tem um peso relevante sobre o programa, porque não ouvir a Organização das Nações Unidas sobre o mesmo projeto? Para a ONU, o Bolsa Família é "um bom exemplo de política pública na área de assistência social", segundo o Relatório sobre Erradicação da Pobreza do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para o Conselho Econômico Social. Além de ser apontado pelos resultados na redução da pobreza e melhoria das condições sociais de brasileiros, o Bolsa Família foi citado como referência de política “acessível” em termos econômicos para países em desenvolvimento. Segundo o documento, com cerca de 0,5% do seu PIB, países podem adotar políticas similares ao Bolsa Família (neste link o relatório completo, em espanhol). Ou seja, o programa consome menos de 1% do PIB brasileiro.

Vale lembrar ainda que o Brasil, com o Bolsa Família, venceu, no final do ano passado, o Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), prêmio considerado o Nobel da área social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos. O Bolsa Família, foi considerado pela ISSA como "uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social".

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Para se ter uma ideia em 10 anos de programa, o índice da população vivendo em situação de pobreza extrema caiu de 12% (2003) para 4,8% (2013). 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza e 35,7 milhões ascenderam para classes sociais mais elevadas. A taxa de analfabetismo e frequência na escola caiu drasticamente, bem como a mortalidade infantil. Estas informações não são do site do PT ou do governo federal. São do jornal Folha de S. Paulo (leia mais aqui).

Outra grande falha do texto do jornal Cinform é negar a existência de programas complementares ao Bolsa Família. Só na área da Educação, é possível citar iniciativas como o ProUni o Pronatec. Este último, mais recente, oferece, gratuitamente, cursos técnicos em diversas áreas, preenchendo a lacuna mais carente no contexto do mercado de trabalho. Há ainda as consequências do programa na saúde, principalmente na infantil, com a obrigatoriedade das vacinas e mais garantias de segurança alimentar, como apontou a revista britânica The Lancet, que comprova a redução de quase 20% na mortalidade de crianças até 5 anos de idade em municípios com alta cobertura do Bolsa Família.

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Vale a pena a leitura da entrevista do diretor do Banco Mundial, Arup Banerj, que no final do mês passado, concedeu entrevista para a revista Istoé, na qual tratou sobre o Bolsa Família (aqui).

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