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Collor apresenta PEC que institui o parlamentarismo

O senador Fernando Collor (PTB-AL) considera o parlamentarismo a forma mais eficiente e moderna de trazer o relacionamento político para um âmbito que não seja o do combate constante entre o Legislativo e o Executivo; “Há mecanismos do parlamentarismo que, além de amenizar as crises, estreitam a relação popular, a começar pela possibilidade de dissolução da Câmara e a convocação de novas eleições em momentos de instabilidade política e institucional”, defendeu

Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa ordinária. Em discurso, senador Fernando Collor (PTB-AL). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado (Foto: Voney Malta)
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Alagoas247 - Já se encontra na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de número 32/2015, de autoria do líder do bloco parlamentar 'União de Força', senador Fernando Collor de Mello (PTB/AL), que institui o parlamentarismo no Brasil. Ao retomar o debate acerca do sistema parlamentar de governo, o ex-presidente pauta a discussão política no País, ao levar o tema à discussão no Congresso Nacional, onde integra a Frente Parlamentarista. Collor já havia publicado estudo explicativo a respeito do parlamentarismo.

O senador considera o parlamentarismo a forma mais eficiente e moderna de trazer o relacionamento político para um âmbito que não seja o do combate constante entre o Legislativo e o Executivo, e o considera também mais ágil, mais eficaz e dinâmico, tanto na administração pública como na superação de crises políticas e institucionais. Segundo o senador, a PEC apresentada não deve ser encarada como um produto acabado e definitivo, mas, sim, como um passo inicial de uma matéria passível de aperfeiçoamento.

“Há mecanismos do parlamentarismo que, além de amenizar as crises, estreitam a relação popular, a começar pela possibilidade de dissolução da Câmara e a convocação de novas eleições em momentos de instabilidade política e institucional”, expôs o senador, acrescentando que o momento é bastante oportuno para se retomar essa discussão, não só pelo estado de efervescência popular que vive o Brasil, com o povo nas ruas pedindo mudanças.

Collor destacou também que a história recente comprova que o parlamentarismo permite um maior controle da sociedade sobre o governo por meio da constante presença do Chefe do Executivo ao atender o chamado do Congresso Nacional para, em audiências públicas, dar explicações sobre as políticas e as ações. Ele defendeu ainda uma maior responsabilidade ao Congresso, fortalecendo e qualificando seus integrantes e induzindo o eleitor a ter um papel mais qualitativo na participação política, sobretudo em relação às suas escolhas na hora do voto.

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Diante da manifestações que se multiplicam no Brasil, Collor diz que os movimentos têm demonstrado a insatisfação da sociedade com o sistema político vigente no Brasil, e, na sua avaliação, uma reforma política não surtirá o efeito desejado se não for acompanhada de uma autêntica reforma administrativa nos três níveis dos poderes, particularmente no âmbito do Executivo, e em todos os entes da Federação, a começar pela redução de ministérios, órgãos públicos e cargos comissionados.

"Mais do que um simples processo de convencimento, consideramos que a empreitada vai muito mais além que apresenta a PEC. Assim, não só devemos fazer acreditar que se trata de um modelo mais propício à nossa forma de governar, mas também discutir, entre as opções e experiências que o mundo nos apresenta, qual a que melhor se adapta ao caso brasileiro. Esta contribuição constitui apenas um primeiro degrau do imenso desafio que teremos daqui em diante”, expressou Collor, que contou com a assinatura de 30 senadores na apresentação da PEC à CCJ do Senado.

A defesa do sistema parlamentar de governo vem sendo crescente, inclusive no campo acadêmico. Em artigo publicado no Estadão intitulado 'A crise é institucional', o ex-professor titular de Ética e Filosofia Política da PUC-SP, Carlos Matheus, aponta que o sistema presidencialista brasileiro é uma sucessão de monarquias temporárias, prolongadas pela permissão da reeleição que, segundo ele, tem se revelado extremamente deficiente e danosas. Para Carlos Matheus, se o atual regime brasileiro fosse parlamentarista, a crise que assola o País neste momento teria proporções bem menores.

“Parlamentaristas são todos os países europeus - onde também há crises -, mas que são solucionadas de imediatas com convocação de novas eleições. Por meio do voto, o povo é consultado para escolher as melhores soluções, a serem apresentadas pelos partidos para a superação da crise. Já no Brasil é o contrário, diante da crise, os que acabaram de ser eleitos se mostram incapazes de superá-la, obrigando o povo a esperar por mais quatro anos para se manfiestar a respeito como quer ser governado”, pontuou o ex-professor.

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Com assessoria

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