Comissão da Verdade de Sergipe aguarda autorização de JB
Proposta de criação do grupo, que será analisada pelo governador Jackson Barreto, foi elaborada pela Secretaria Estadual dos Direitos Humanos; ao 247, o secretário Antônio Bittencourt afirma que sua intenção é que a comissão seja constituída de pesquisadores que já trabalham com a temática; nove membros devem integram o grupo, que não pode ser formado por pessoas que integram cargos públicos; Bittencourt frisa que o trabalho do grupo não terá intenção “revanchista”; “Não é esse o objetivo, mas sim deixar às claras os atos de violência e de violação dos direitos humanos e as desumanidades que ocorreram no Estado, para que não se repitam”, explica
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Valter Lima, do Sergipe 247 - A criação da Comissão da Verdade em Sergipe, que tem por objetivo esclarecer acontecimentos do período da Ditadura Militar no Estado, aguarda aprovação do governador Jackson Barreto (PMDB). A proposta, que será analisada por ele, foi elaborada pela Secretaria Estadual dos Direitos Humanos. Nacionalmente, o trabalho da comissão já caminha para a conclusão, uma vez que o prazo estabelecido pelo governo federal se encerra neste ano, mas, em Sergipe, o grupo terá mais tempo para desenvolver suas ações.
Ao 247, o secretário estadual dos Direitos Humanos, Antônio Bittencourt, afirmou que sua intenção é que a comissão seja constituída de pesquisadores que já trabalham com a temática. Nove membros devem integram o grupo, que não pode ser formado por pessoas que integram cargos públicos. O trabalho não é remunerado. Bittencourt aguarda o chamado do governador para discutir a instalação da comissão.
Por falar em JB, ele deverá, inclusive, ser um dos convidados a dar seu depoimento sobre a ditadura. Não só ele como outros integrantes do governo, como o secretário João Augusto Gama. “Todo mundo que teve implicação com este período será ouvido. Jackson sofreu as consequências de seu enfrentamento à ditadura, sendo processado durante a Operação Cajueiro”, disse. Além dos depoimentos, mais de 700 fichas de órgãos de repressão que estão no Arquivo Público de Sergipe serão analisadas. Ele também cita o Arquivo Judiciário que será fonte de informação para a comissão.
Bittencourt frisa, no entanto, que o trabalho do grupo não tem intenção “revanchista”. “Não é esse o objetivo, mas sim deixar às claras os atos de violência e de violação dos direitos humanos e as desumanidades que ocorreram no Estado, para que não se repitam”, explica. De acordo com ele, o papel da comissão “é, sobretudo, didático”. “É fundamental o resgate da história e da memória do nosso Estado e do nosso país”, frisou.
Questionado pela reportagem sobre as recentes manifestações, em algumas partes do país, de apoio a um novo golpe militar, o secretário avalia que isto é o “discurso da desinformação e da ignorância ativa de alguns, de certos setores de poder e de alguns espaços da comunicação”. Para ele, cabe, sobretudo, à imprensa, “falar alto contra este tipo de manifestação”. “É preciso emitir uma opinião crítica e questionadora a isso”, ressalta.
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