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Conselheiro afastado é denunciado por improbidade e nepotismo

Afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas desde agosto de 2016 por crimes de falsidade ideológica e prevaricação cometidos quando presidia o TCE, Cícero Amélio também está sendo acusado de improbidade e nepotismo; nova ação do Ministério Público Estadual pede ao Judiciário alagoano a condenação de Amélio à perda da função pública de conselheiro e suspensão dos direitos políticos por cinco anos 

Afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas desde agosto de 2016 por crimes de falsidade ideológica e prevaricação cometidos quando presidia o TCE, Cícero Amélio também está sendo acusado de improbidade e nepotismo; nova ação do Ministério Público Estadual pede ao Judiciário alagoano a condenação de Amélio à perda da função pública de conselheiro e suspensão dos direitos políticos por cinco anos  (Foto: Voney Malta)
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Alagoas 247 - O Ministério Público Estadual (MPE/AL) ajuizou uma nova ação civil pública de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o conselheiro Cícero Amélio da Silva. Amélio está afastado de suas funções por decisão judicial.

Ele foi acusado, originalmente, de atuar de forma abusivo e ilegal no exercício da Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL)

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Agora a acusação do Ministério Público se baseia na prática de atos que atentam contra os princípios da Administração Pública no país, entre eles o nepotismo.

Na ação, o MPE/AL enquadra o conselheiro na Lei nº 8.429/1992, também conhecida como Lei de Improbidade Administrativa, por agir em desconformidade com os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. Cícero Amélio é acusado de praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; e negar publicidade aos atos oficiais.

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Baseado na legislação em destaque, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, e os promotores de Justiça Jamyl Gonçalves Barbosa e José Carlos Castro pediram ao Poder Judiciário do Estado de Alagoas a condenação do demandado à perda da função pública de conselheiro do TCE/AL e suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

Os membros do MPE/AL também pedem que Cícero Amélio seja condenado ao pagamento de multa equivalente a cem vezes o valor da sua remuneração, além da proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios ou incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de três anos.

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A documentação que subsidiou o Ministério Público Estadual partiu de representação formulada pelos membros do Ministério Público de Contas de Alagoas e pelo conselheiro do TCE/AL Anselmo Roberto de Almeida Brito.

Nepotismo – Durante a apuração dos fatos denunciados, o MPE/AL constatou a prática de atos de nepotismo pelo demandado, que se configuravam pela nomeação e designação de seus próprios parentes para o exercício de cargos ou funções de confiança do Tribunal de Contas. Os beneficiados pela conduta ilegal foram a irmã, o cunhado e a sobrinha do conselheiro afastado.

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Uma quarta pessoa recebeu o benefício de Cícero Amélio. Trata-se da filha do chefe de Gabinete do conselheiro. A prática de nepotismo também vale para parente de outro servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento dos TCEs, segundo a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal.

“O dolo na prática do ato ímprobo, neste caso, é autodemonstrável pela mera citação da conduta. Afinal, não é possível cogitar que o demandado, presidente de um órgão de controle externo, desconhecesse o teor da Súmula Vinculante 13. E mais absurdo ainda seria imaginar que o demandado ignorasse seu próprio parentesco (e de seu chefe de Gabinete) com as pessoas nomeadas”, argumentou o MPE/AL.

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“Todas essas ações tiveram lugar em período pré-eleitoral, antecedendo um pleito no qual concorreu o próprio filho do conselheiro, o que agrava a aparência de uso seletivo e pessoal dos recursos do Tribunal para a realização de auditorias segundo a conveniência particular do demandado”, destacam o procurador-geral de Justiça e os promotores de Justiça.

Esta é a segunda ação civil pública do Ministério Público Estadual em desfavor do conselheiro. A primeira ocorreu em fevereiro de 2017, quando Cícero Amélio foi demandado por emitir documento oficial com conteúdo falso para beneficiar o ex-prefeito do Município de Joaquim Gomes, Benedito de Pontes Santos.

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Pelos mesmos fatos, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça determinou, em agosto de 2016, o afastamento do réu após receber, por unanimidade, ação penal proposta pelo Ministério Público Federal, que o responsabiliza pelos crimes de falsidade ideológica e prevaricação cometidos durante o exercício do cargo de presidente do TCE/AL.

Com assessoria

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