CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

Cpers decide fazer greve de advertência

O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiu, em assembleia entrar em greve por três dias para se unir às demais categorias do serviço, que realizam assembleia unificada; segundo estimativas do sindicato, mais de 20 mil professores acompanharam a assembleia dentro e fora do Gigantinho, uma vez que um telão foi montado no estacionamento do complexo Beira-Rio  

O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiu, em assembleia entrar em greve por três dias para se unir às demais categorias do serviço, que realizam assembleia unificada; segundo estimativas do sindicato, mais de 20 mil professores acompanharam a assembleia dentro e fora do Gigantinho, uma vez que um telão foi montado no estacionamento do complexo Beira-Rio   (Foto: Leonardo Lucena)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - O Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) decidiu, em assembleia nesta terça-feira (18), entrar em greve por três dias para se unir às demais categorias do serviço, que realizam assembleia unificada nesta tarde. Segundo estimativas do sindicato, mais de 20 mil professores acompanharam a assembleia dentro e fora do Gigantinho, uma vez que um telão foi montado no estacionamento do complexo Beira-Rio.

Desde às 9h, quando uma grande aglomeração de professores e funcionários de escolas estaduais já se fazia presente no pátio do Gigantinho, o indicativo era de que a greve da categoria seria aprovada. Já na chegada, milhares exibiam no peito o adesivo "agora é greve". O que dividia os servidores era apenas o tempo de paralisação: três dias, se unindo às demais categorias do funcionalismo, ou por tempo indeterminado, apoiando a greve unificada, mas permanecendo a categoria com o poder de decisão sobre o tempo de paralisação.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Essa divisão ficou bem clara durante as falas, com a direção do Cpers, que ajudou a construir o movimento unificado, defendendo a greve de três dias, com a retirada da pauta da Assembleia Legislativa do PLC 206 (a Lei de Responsabilidade Fiscal estadual), e a oposição convocando a paralisação por tempo indeterminado.

Em comum a todos os discursos a revolta com o governo do Estado pelo parcelamento dos salários, mas também com as propostas de ajuste fiscal que afeta diretamente os servidores. Um dos professores a discursar, chegou a falar que a categoria deve ficar 3 anos entrando e saindo de greves durante o governo de José Ivo Sartori, se confirmar-se a expectativa de reajuste zero durante o mandato do peemedebista. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Durante as falas – três da direção, três da oposição e quatro da base -, as duas posições contaram com bastante apoio, chegando a criar-se dúvida sobre qual sairia vitoriosa, mas a decisão final apontou o caminho favorável à direção do Cpers e à união com as demais categorias. A greve vai durar três dias, entre esta quarta-feira (19) e sexta (21). Se o salário não for pago integralmente no dia 31, a tendência é que ocorra nova paralisação, por quatro dias.

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, saudou a decisão de permanecer na luta unificada com o restante do funcionalismo. “Isso é fundamental. A gente não consegue entender, quando nós sofremos os mesmos ataques, fazer uma luta separada”, disse.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ela também comemorou o fato de que os professores e funcionários de escola, em uma das maiores assembleias dos últimos anos, optaram por uma paralisação estratégica, fortalecida, e não por uma “greve suicida” em que o movimento ficou fortalecido e não contou com a adesão de grande parte da base. “Eu tenho 32 anos de sindicato. Eu vivi as maiores greves desse sindicato e sei como se construía. O grande erro dos últimos tempos foi fazer greve sem consultar a categoria, sem ser construída no chão da escola e, muitas vezes, mais com o sentido político-partidário do que com a pauta da categoria”.

Helenir ainda declarou que a categoria voltará ao trabalho na próxima segunda-feira, mas disposta a fazer novas paralisações caso seja necessário. “A mobilização será intensa em todo o Estado. Retornaremos às escolas na próxima semana, mas estamos dispostos a fazer outra paralisação em caso de novo atraso”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Decisão controversa

Apesar da vitória da união com as demais categorias, uma parte dos professores saiu revoltada com a decisão e reclamando que a direção do Cpers convocou uma votação “às pressas” e conduziu, com suas falas, a categoria a não votar pela paralisação por tempo indeterminado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Isso não é greve, é brincar de greve”, disse Maria Inês Peres Ungaray, professora estadual de Camaquã, que se disse indignada com a decisão. Ela defendia a greve por tempo indeterminado para mostrar “a firmeza e a dignidade” da categoria.  “É evidente que a direção direcionou o resultado”, reclamou.

Reclamação de falta de organização 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Outra reclamação de parte dos professores é que faltou organização para aqueles que ficaram de fora do evento. Como não havia espaço para todo mundo e só foi permitido o acesso no Gigantinho para os sócios do Cpers, os demais servidores tiveram que acompanhar a votação só pelo áudio ou através de um telão montado no estacionamento do Beira-Rio.

Jaime Cenci, professor de Passo Fundo, reclamou que viajou 400 km acompanhado de alunos, não conseguiu entrar e não tinha sido disponibilizado nenhum banheiro na parte externa do ginásio.

Após a votação, milhares de professores saíram às 11h50 em marcha do Gigantinho, em direção ao Largo Glênio Peres.  Às 14h, eles se encontrarão com os demais servidores estaduais, que realizarão uma assembleia conjunta no Largo Glênio Peres.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO