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“CPI é oportunidade de ouro para Dilma”

Quem diz o presidente da Confederao Nacional de Transportes (CNT), o senador mineiro Clsio Andrade (PMDB); para ele, os ltimos acontecimentos mostram que a rea de transportes estratgica, o que exige um ministro forte e de total confiana da presidente; e cita nomes: o do conterrneo Fernando Pimentel e do paranaense Paulo Bernardo

“CPI é oportunidade de ouro para Dilma” (Foto: Divulgação)
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Minas 247 - Um dos motivos que levaram à saída do senador mineiro Clésio Andrade do PR foi o fato de que seu partido não ouvia suas opiniões numa área em que é especialista: a dos transportes. Clésio é presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Ele ficou especialmente chateado com seu ex-partido no episódio da saída de Alfredo Nascimento como titular da pasta no governo Dilma, em julho do ano passado. Julgava que, naquele momento, o PR teria uma oportunidade único de salvar um setor que considera desprestigiado no governo federal. Mas, como se sabe, o PR deixou a base de Dilma e Clésio foi para o PMDB.

Agora, o senador, que assumiu o posto depois da morte de Eliseu Resende (DEM-MG) no ano passado, acha que surgiu uma nova oportunidade de ouro. Principalmente para a presidenta Dilma Rousseff. “A Dilma tem uma chance maravilhosa de consertar um setor que está em crise, com obras paradas e sem investimentos”, afirma Clésio ao 247. “A CPI fez e vai fazer a sociedade olhar de perto os problemas do setor, vai perceber como a área de transportes precisa de um ministro forte.”

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Ministro forte, senador? O próprio explica: “Alguém da inteira confiança da Dilma, mas, além disso, com articulação política, conhecimento e que imponha respeito”. Clésio chegou a citar dois nomes que se encaixariam como luva nesse perfil, ambos do partido da presidenta: o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, também mineiro como o senador do PMDB; e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. “Ou alguém do PMDB, que tem gente competente de sobra”, acrescentou.

Depois da saída de Nascimento da pasta, Dilma optou por um substituto de perfil mais técnico, Paulo Sérgio Passos. Desde então a presidenta vive sob ameaça do PR de deixar a base governista. Espécie de “dono” do partido, o deputado Valdemar Costa Neto fez campanha nos bastidores para fazer ministro os colegas de partido Luciano Castro (RR) ou Milton Monti (SP). É quase totalmente certo que não terá sucesso em seu pleito, uma vez que Dilma teme novas denúncias na pasta e porque Valdemar está cada vez mais desgastado. Citado como um dos beneficiários do Mensalão, ele agora volta a participar como um dos protagonistas, no mau sentido, de uma CPI do Congresso. Passos, por sua vez, não preenche o requisito de ministro forte, o que fez a pasta de Transportes perder prioridade no governo federal.

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Valdemar foi um dos adversários que Clésio Andrade colecionou em sua passagem pelo PR. Essa é uma das razões para o senador sugerir a Dilma aproveitar o momento e tirar de vez o Ministério dos Transportes da alça de seu ex-partido - até porque, na prática, isso significa submeter-se aos desígnios de Valdemar. Foi o deputado paulista, por exemplo, quem abriu as portas do governo federal, ainda sob Lula, para Fernando Cavendish, da Delta. O ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, afastado de pois de envolvido em denúncias, diz agora que Valdemar é quem dava as cartas no Ministério dos Transportes - e, de algum modo, continua dando. Pagot também o acusa de ser lobista da Delta: “Olha, eu entendo que o deputado Valdemar era um verdadeiro agente da Delta (no Ministério)”, disse o ex-diretor do Dnit, em entrevista ao portal G1, no início desta semana.

Muita gente ainda acha que Valdemar escapa novamente, mas as prisões desta quarta-feira mostram que a Polícia Federal não está para brincadeira. Podem surgir indícios fortes contra o deputado do PR a qualquer momento. Nesse ponto, tem razão o senador Clésio Andrade: Dilma está diante de uma chance de ouro. Saberá aproveita-la?

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