CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

CUT-RS defende antecipação de 2018: ‘um país com 14 mi de desempregados não pode esperar’

A Esquina Democrática, ponto nuclear de atos políticos em Porto Alegre, já recebe, desde a manhã desta quinta (18), uma concentração de manifestantes que exigem a saída de Michel Temer e a realização de eleições diretas ainda neste ano; segundo Claudir Nespolo, presidente da CUT-RS, Temer deve “sair correndo” e e classe trabalhadora precisa “debater a solução, que é parar as reformas, recuperar a Petrobras, o pré-sal e antecipar as eleições de 2018. Um país com 14 milhões de desempregados não pode esperar por 2018”

18/05/2017 - PORTO ALEGRE, RS - Ato Fora Temer promovido pelo PSOL na Esquina Democrática. Foto: Guilherme Santos/Sul21 (Foto: Leonardo Lucena)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Gregório Mascarenhas, Sul 21 - A Esquina Democrática, ponto nuclear de atos políticos em Porto Alegre, já recebe, desde a manhã desta quinta-feira (18), uma concentração de manifestantes que exigem a saída de Michel Temer da presidência da República e a realização de eleições diretas ainda neste ano. Nomes conhecidos da esquerda gaúcha – entre parlamentares, políticos, líderes de sindicatos e movimentos sociais – se reúnem e discursam para a população que passa em uma das regiões mais movimentadas da cidade, a partir da divulgação, na noite de ontem, de gravações nas quais o presidente Michel Temer discute pagamento de propina com um dos donos do frigorífico JBS – além da notícia de que Aécio Neves, presidente do PSDB, pediu propina de R$ 2 milhões ao empresário para pagar sua defesa na Lava-Jato.

Claudir Nespolo, presidente da CUT no Rio Grande do Sul, afirmou que esse foi o primeiro ato de uma nova fase política no país, “após o Supremo Tribunal Federal pegar Michel Temer e Aécio Neves”. O dirigente sindical diz que há uma maioria parlamentar insistindo em fazer reformas, como a da Previdência e da CLT, e que “não tem legitimidade para isso”. Nespolo afirma que Temer deve “sair correndo” e a e classe trabalhadora precisa “debater a solução, que é parar as reformas, recuperar a Petrobras, o pré-sal e antecipar as eleições de 2018. Um país com 14 milhões de desempregados não pode esperar por 2018”, disse. Ele cita o “desmonte das políticas públicas, do SUS, da Previdência” para convocar a população para o grande ato organizado para as 18h, na Esquina Democrática, para denunciar o golpe e exigir a saída de Michel Temer. O dirigente citou a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, além dos partidos de esquerda, para a criação de uma “frente ampla” no país.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O vereador Roberto Robaina, do PSOL, por sua vez, diz que o Brasil vive um momento histórico. “Teve um Senador da República, o Perrella, de Minas Gerais [também citado na delação de Joesley Batista], amigo de Aécio Neves, que teve helicóptero pego com 400 quilos de pasta base de cocaína. No Brasil, se o cara é pego traficando maconha na [Vila] Cruzeiro, ele vai para o Presídio Central; se é rico vai para o Senado”, disse o parlamentar, que também citou as reformas de Michel Temer: “ele entrou no governo para tocar reformas neoliberais e barrar o combate à corrupção. A única saída para combater essa catástrofe é a organização da classe trabalhadora”.

Luciana Genro, também do PSOL, definiu o momento como “proporcionado por uma brecha nas instituições apodrecidas desta República”. Ela afirma que a denúncia atinge os grandes partidos e a maior parte do Congresso Nacional e que o impeachment foi feito por “congressistas comprometidos com a corrupção”. Para Luciana, há, neste momento, a possibilidade de impedir as reformas que prejudicam a classe trabalhadora, pois “Temer não vai sobreviver às denúncias. A burguesia e a Globo vão tentar convencer o povo de que não é possível, pela Constituição, de se ter eleições diretas ainda neste ano. Temos que defender uma Assembleia Constituinte sem dinheiro de empreiteiras e bancos”, defendeu a psolista.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Para a Sofia Cavedon, vereadora na Capital pelo PT, a população está “atordoada e é vítima de uma alienação provocada propositalmente pela grande mídia. O golpe impõe um projeto draconiano, tanto que a população compreendeu o ‘Fora Temer’”, e citou o Parlamento, o Judiciário e os meios de comunicação como participantes do impeachment. Ela diz que é “muito importante grande unidade das centrais sindicais”, para combater quem quer “lucro e concentração de riquezas” no país. Sofia também denunciou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, “que está na cadeia, recebendo milhões de reais para ficar quieto.”

A sindicalista Berna Menezes, da Intersindical, citou o desemprego no país, “inaceitável para a nona economia do mundo” – que já atinge 14 milhões de pessoas. Ela fala sobre a “primarização” – isto é, a volta da centralidade dos produtos não-manufaturados – da economia do país e citou o abandono do Porto de Rio Grande “que tinha 20 mil trabalhadores e agora tem apelas 3 mil – e que eles tentam demitir”. Ela definiu o governo como uma “quadrilha comandada pelo Presidente da República” e que partidos “ganham dinheiro para dar isenções fiscais, como a JBS levou”. Berna pediu também unidade dos movimentos, “independente das diferenças”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Raul Carrión, que foi Deputado Estadual pelo PCdoB, também falou em construir unidade, “juntar forças, construir unidade em um movimento para barrar o golpe das eleições indiretas”. Ele fala em “barrar a entrega das riquezas deste país”, e, sobre a reforma da previdência, diz que Michel Temer é um “canalha que aos cinquenta anos se aposentou. Só os ingênuos pensaram que o golpe foi contra a corrupção.”, disse Carrión.

A concentração segue até o final da tarde, quando, às 18h, o ato se inicia na Esquina Democrática.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO