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CVM diz que fundos investimentos regulados não podem comprar diretamente moedas digitais

A CVM emitiu o documento após receber consultas de diversos participantes do mercado que questionaram o órgão regulador dos mercados financeiros do país sobre investimentos em criptomoedas.

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(Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou nesta sexta-feira que os fundos de investimento regulados não podem comprar diretamente moedas digitais, como o bitcoin, e pediu para que agentes interessados em investimentos indiretos em fundos de criptomoedas aguardem definições de autoridades sobre a legalidade de tal operação.

As orientações constam de ofício assinado por Daniel Walter Maeda Bernardo, superintendente de relações com investidores institucionais da CVM.

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No documento, ele argumenta que autoridades no Brasil e no exterior ainda não chegaram a um entendimento sobre “a natureza jurídica e econômica dessas modalidades de investimento” e que na avaliação da área técnica da CVM as moedas digitais “não podem ser qualificadas como ativos financeiros... e por essa razão, sua aquisição direta pelos fundos de investimento ali regulados não é permitida”.

A CVM emitiu o documento após receber consultas de diversos participantes do mercado que questionaram o órgão regulador dos mercados financeiros do país sobre investimentos em criptomoedas.

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A autarquia também mencionou um projeto de lei que tramita no Congresso desde 2015 sobre “inclusão das moedas virtuais e programas de milhagem aéreas na definição de ‘arranjos de pagamento’ sob a supervisão do Banco Central”. O projeto, de número 2303, de autoria do deputado Aureo (SD/RJ), teve parecer favorável em meados do mês passado.

Na véspera, o governo da Coreia do Sul informou que planeja proibir o comércio de criptomoedas, o que levou os preços do bitcoin a despencarem e gerou protestos de investidores sul-coreanos.

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Já na quarta-feira, o bilionário investidor norte-americano Warren Buffett, afirmou que nunca investirá em criptomoedas, afirmando que tem “quase que certeza que as moedas virtuais terão um fim ruim”.

Enquanto isso, no início da semana, o banco central de Israel afirmou que não reconhece criptomoeadas como moedas reais e que é difícil elaborar regulamentos para monitorar os riscos dessa atividade para os bancos do país e seus clientes. Na avaliação do BC israelense, as moedas digitais deveriam ser consideradas como ativo financeiro, não como moedas.

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Na semana passada, a contraparte norte-americana da CVM, a Securities and Exchange Commission (SEC), fez um alerta ao afirmar que os investidores têm que ter cautela com criptomoedas e que muitos promotores de ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) e outros investimentos em moedas digitais não seguem as leis federais e estaduais de valores mobiliários.

O próprio presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, fez em meados de dezembro alerta sobre o risco de ocorrência de bolha no mercado de moedas digitais, classificando-as como “pirâmide” e passíveis de serem usadas em crimes.

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Na orientação emitida nesta sexta-feira, o superintendente da CVM afirma que é “conveniente que os administradores e gestores de fundos de investimento aguardem manifestação posterior e mais conclusiva desta superintendência sobre o tema para que estruturem o investimento indireto em criptomoedas, ou mesmo em outras formas alternativas que busquem essa natureza de exposição a risco”.

Nesta sexta-feira, na bolsa Bitstamp o bitcoin exibia alta de 4,4 por cento às 13:31 (horário de Brasília), cotado a 13.825 dólares.

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Por Alberto Alerigi Jr.

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