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Datafolha: só 39% dos alunos têm acesso ao reforço escolar

Do total de pais, 32% relata que a falta de interesse dos filhos pelos estudos aumentou justamente devido à sensação de falta de acolhimento, mostrou a pesquisa

(Foto: REUTERS / Amanda Perobelli)
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Rede Brasil Atual - Pesquisa Datafolha mostra que os estudantes mais pobres, que tiveram negado o acesso a ferramentas para o ensino a distância durante o auge da pandemia de covid-19, continuam prejudicados em sua maioria: só 39% deles têm acesso a reforço escolar no retorno às aulas presenciais. Encomendada pela Fundação Lemann e Instituto Itaú Social, a pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) mostra a percepção de alunos e pais sobre a educação não presencial. O estudo foi encomendado para apoiar gestores públicos com dados e evidências para o planejamento de suas ações.

Segundo a pesquisa, quando há reforço, é oferecido no contra-turno. À tarde para quem estuda de manhã (e vice-versa), ou atividades extras após o horário das aulas (no mesmo turno). Ou, ainda, aulas online no contraturno ou aos sábados. Em geral, não tem vaga para todos, segundo pais de alunos dos anos finais do ensino fundamental.

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“Aqui tem o reforço, mas tem uma quantidade de alunos para poder fazer esse reforço. Então, tem muitos que precisam, mas não tem vaga para todo mundo”, diz um responsável.

“Eles vão muito pela parte financeira. Por ser uma escola de bairro e a maioria das crianças dessa escola estudam lá desde pequenininhas, eles sabem as famílias que são mais carentes e que os pais não têm condição de pagar um
reforço. Então, eles acabam colocando aquele aluno na frente para poder fazer o reforço”, diz outro responsável ouvido na pesquisa.

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Entre os alunos ouvidos que participam de ações de reforço escolar, 74% avaliam como muito positivas essas atividades para o aprendizado.

Falta apoio, sobram prejuízos

Esses alunos que ficaram tanto tempo em casa, em meio a dificuldades para acompanhar as aulas virtuais, em muitos casos enfrentando a violência doméstica e até a insegurança alimentar, em sua maioria não tem acolhimento na escola. Pelas entrevistas, o Datafolha concluiu que 40% (bem menos da metade) dos estudantes está matriculada em escolas que oferecem apoio psicológico. Um dado preocupante, já que 34% têm dificuldades para controlar as suas emoções. No Ensino Médio, este número chega a 40%, segundo os pais. Pelo menos 24% relatam sentimento de sobrecarga e 18% de tristeza ou depressão.

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Conforme o relatório da pesquisa Datafolha, é possível dizer que 5% dos estudantes tem dificuldade com o retorno às aulas presenciais. E que 21% de pais de alunos do ensino fundamental e 28% do ensino médio temem que os filhos abandonem a escola. Do total de pais, 32% relata que a falta de interesse dos filhos pelos estudos aumentou justamente devido à sensação de falta de acolhimento.

Outro grave problema apontado na pesquisa é que, nos anos iniciais da alfabetização, 47% dos estudantes foram muito prejudicados pelas aulas remotas. Nos últimos dois anos, apenas 6% dos estudantes nessa etapa realizou a maior parte das atividades escolares de maneira presencial. A maioria (37%) foi pela internet.

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Segundo os responsáveis, aproximadamente 1 em cada 3 (39%) dos alunos está avançando com dificuldades no processo de alfabetização. E 6% não está avançando. E pouco mais da metade (54%) das crianças está avançando no processo de alfabetização conforme o esperado. No Nordeste, esse índice é de 36%.

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