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De Assis: "desse 6º Congresso deverá sair um PT renovado"

O presidente estadual do PT Ceará, Fco de Assis Diniz está confiante que o 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores "apontará os caminhos para o partido retomar o protagonismo positivo da cena política brasileira". Ele acredita que após 37 anos, o PT precisa se atualizar e que "desse Congresso deverá sair um PT renovado e pronto para enfrentar as próximas décadas". Para ele, os debates deverão também construir uma alternativa para o Brasil superar a crise política e a crise econômica. Ontem, De Assis Diniz participou da reunião dos dirigentes estaduais com ex-presidente Lula e a senadora Gleisi Hoffmann, entre outras lideranças nacionais. De Brasília, onde acontecerá, a partir da hoje até sábado, o 6º Congresso Nacional do PT, De Assis Diniz conversou com o Ceará 247

O presidente estadual do PT Ceará, Fco de Assis Diniz está confiante que o 6º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores "apontará os caminhos para o partido retomar o protagonismo positivo da cena política brasileira". Ele acredita que após 37 anos, o PT precisa se atualizar e que "desse Congresso deverá sair um PT renovado e pronto para enfrentar as próximas décadas". Para ele, os debates deverão também construir uma alternativa para o Brasil superar a crise política e a crise econômica. Ontem, De Assis Diniz participou da reunião dos dirigentes estaduais com ex-presidente Lula e a senadora Gleisi Hoffmann, entre outras lideranças nacionais. De Brasília, onde acontecerá, a partir da hoje até sábado, o 6º Congresso Nacional do PT, De Assis Diniz conversou com o Ceará 247 (Foto: Fatima 247)
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O presidente estadual do PT Ceará, Fco de Assis Diniz está confiante que o 6º Congresso "apontará os caminhos para o partido retomar o protagonismo positivo da cena política brasileira". De Brasília, onde acontecerá, a partir da hoje, o 6º Congresso Nacional do PT, De Assis Diniz conversou com o Ceará 247.

Ceará 247 - Qual a sua expectativa com a realização do 6º Congresso do PT, nesse momento de crise do Brasil?

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De Assis - Embora o Congresso não tenha sido convocado para discutir o agravamento da crise brasileira com as denúncias que comprovam o que sempre dissemos, temos a sorte dele acontecer após virem à tona as verdades do golpe que destituiu a legítima presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. Portanto, nosso debate interno fica mais consistente para elaborar e propor as saídas para essa crise, que no nosso entender, só acontecerá com o restabelecimento da democracia, seja com a realização de eleições diretas, a partir da aprovação da PEC que tramita no parlamento, seja com a anulação do golpe pelo STF. Nesse sentido, temos uma expectativa muito positiva e esperamos que o debate seja profícuo e capaz de construir uma alternativa para o Brasil superar a crise política e a crise econômica, principalmente, demonstrando o retrocesso e os prejuízos que as reformas trabalhista e previdenciária trazem para o País, além de outras medidas adotadas pelo governo golpista, a serviço dos interesses do mercado e não do Brasil, como os próprios golpistas assumem.

Ceará 247 - O PT também atravessa uma crise interna. Se fala em distanciamento dos movimentos sociais; em predomínio dos mandatos parlamentares na definição de posições; de grupos, em detrimento da estrutura de correntes; do envolvimento de várias lideranças em escândalos de corrupção; da prisão de vários quadros importantes, das ameaças de prisão do ex-presidente Lula. Enfim, uma série de problemas. Como o 6o. Congresso tratará esses assuntos? 

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De Assis -  Bom, vamos separar as coisas. Primeiro vamos tratar das questões organizativas. Um partido que está com quase quarenta anos de existência ( o PT completou, em 2017, 37 anos) como o PT, que surgiu na conjuntura da década de 1980, numa determinada realidade histórica, não pode querer permanecer o mesmo quase no final da segunda década dos anos 2000, com as mudanças sociais, os avanços tecnológicos, uma nova configuração geopolítica, uma nova agenda nacional e mundial. Portanto, o PT precisa se atualizar, independente de qualquer crise. Embora, para fazer isso, não possa perder suas referências, quais sejam, as bases que lhe dão sustentação - a luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras, a luta em defesa das minorias, a defesa intransigente da democracia, o compromisso com os movimentos sociais progressistas, enfim, uma profunda interação com o tecido social. A atualização, na verdade, passa por compreender essa nova configuração que a sociedade assumiu ao longo desse tempo e estabelecer uma nova forma de relacionamento. Do ponto de vista organizativo, ajustar as estruturas para ter agilidade na ação partidária e na participação e comunicação com seus milhares de filiados. Eu acredito que desse 6º Congresso sairá um PT renovado e pronto para enfrentar as próximas décadas.

No que se refere ao problema das denúncias de corrupção, também é preciso esclarecer que até agora, não foi provado nada contra nossos principais quadros, inclusive os que estão presos. A crise que o Brasil atravessa passa também por uma exacerbação de setores do judiciário e do Ministério Público, que resolveram fazer política. O Power Point do Dallagnol é bem um exemplo dos excessos cometidos pela Lava Jato. Nesse clima de judicialização e política, é difícil saber quem errou, quem cometeu crime, quem desviou recursos públicos, sem contar o problema dos financiamentos da campanha via caixa 2. Ao misturar as questões jurídicas com as questões políticas esses setores acabam por desqualificar sua atuação. E isso também começa a ficar mais claro para a população que, num primeiro momento, embarcou de cabeça na criminalização do PT. Acho que essa fase começa a ser superada e o Congresso também deve apontar rumos para o resgate da nossa história. 

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Ceará 247 - A se basear no número de delegados do Congresso, a senadora Gleisi Hoffmann deve ser eleita a nova presidente do PT. O que significa a eleição da primeira mulher a presidir o PT?

De Assis - Quando falamos em atualizar o PT, em renovação, a eleição da Gleisi é simbólica neste sentido. As mulheres tem assumido, cada vez mais, um papel de protagonismo na cena social. E na política não pode ser diferente. Ao eleger uma mulher, o PT se insere na luta atual contra a misoginia, no enfrentamento ao contrassenso do avanço de posições reacionárias e machistas no conturbado cenário político. Tudo isso faz parte da atualização da agenda e da relação com a sociedade. A Gleisi já demonstrou sua capacidade de luta e liderança e envolver as mulheres de forma mais efetiva nas questões partidárias é fundamental, nesse momento, para dar o exemplo, estimular e valorizar a participação delas. Embora o PT tenha sido o primeiro partido a instituir a paridade, isso não é suficiente para garantir a participação das mulheres. Temos ainda uma pauta afirmativa a cumprir e a Gleisi vai nos ajudar muito, também neste sentido.

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Ceará 247 - No Ceará, o PT também enfrenta problemas, como a relação com o governador Camilo Santana, por exemplo. Nos últimos dias, o governador chegou a defender o nome do senador tucano Tasso Jereissati como um bom nome, em caso de eleições indiretas, colocando o partido, mais uma vez, numa situação delicada.

De Assis - Já fui claro sobre este assunto. A posição do PT é pelas eleições diretas e essa decisão vale para qualquer filiado, incluindo o governador. Independente do que ele acha na condição de gestor, como militante e filiado do PT, não deverá assumir outra posição e tenho certeza que ele estará conosco, inclusive nas ruas, se for preciso, defendendo o retorno da democracia.

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Ceará 247 - E sobre a relação do PT com os irmãos Ferreira Gomes? O ex-governador Cid Gomes anunciou a chapa para 2018, onde apresenta o PDT com as duas vagas de senador, ele próprio e o deputado federal André Figueiredo e o irmão Ciro Gomes para a presidência da República, além da reeleição de Camilo Santana. Como você avalia essa movimentação de Cid Gomes? 

De Assis - Guardadas as proporções, 2018 ainda está longe, principalmente, se levarmos em conta o atual cenário político. Qualquer posição, nesse momento, é apenas indicativo. Até lá, ainda tem muita coisa para acontecer. 

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