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De Pimentel para Temer: ‘não se salva paciente retirando antibiótico dele’

Apesar de afirmar possuir uma relação "muito boa" com Michel Temer, governador de Minas, Fernando Pimentel, afirmou que o peemedebista e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão "exagerando a mão no ajuste fiscal"; "Nunca ouvi falar de se salvar um paciente com grave infecção retirando o antibiótico dele. É o que estão fazendo com a economia brasileira. Se você aperta as despesas públicas, que é o caso no Brasil, o impacto no PIB é devastador"", criticou

Apesar de afirmar possuir uma relação "muito boa" com Michel Temer, governador de Minas, Fernando Pimentel, afirmou que o peemedebista e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão "exagerando a mão no ajuste fiscal"; "Nunca ouvi falar de se salvar um paciente com grave infecção retirando o antibiótico dele. É o que estão fazendo com a economia brasileira. Se você aperta as despesas públicas, que é o caso no Brasil, o impacto no PIB é devastador"", criticou (Foto: Leonardo Lucena)
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Minas 247 - Apesar de ter dito ter uma relação "muito boa" com o presidente Michel Temer, governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, criticou a política de ajuste fiscal adotada pelo peemedebista e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O petista disse que a dupla está "exagerando a mão no ajuste fiscal".

"Nunca ouvi falar de se salvar um paciente com grave infecção retirando o antibiótico dele. É o que estão fazendo com a economia brasileira. Se você aperta as despesas públicas, que é o caso no Brasil, o impacto no PIB é devastador. O teto dos Gastos a curto prazo não vai nos impactar, mas a longo prazo terá um impacto muito forte e rudimentar. Os cortes podem acabar atingindo a qualidade dos serviços prestados à população", afirmou Pimentel durante entrevista ao Estado de Minas.

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Ao comentar a dívida do estado com a União, o chefe do executivo mineiro disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que governo federal deve ressarcir os estados as perdas com a Lei Kandir, lei de 1996 que isentou impostos estaduais nas exportações, deixaria o estado na posição de credor e não de devedor. A dívida de quase R$ 70 bilhões de Minas com a União, que na última década representou um enorme peso para os cofres estaduais, pode deixar de existir este ano.

"Minas passou 20 anos sem cobrar ICMS. Fizemos o cálculo de que Minas perdeu cerca de R$ 92 bilhões. Se a dívida com a União é de cerca de R$ 65 bilhões e nosso crédito é de R$ 92 bilhões nós temos dívida zerada com a União", complementou.

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Segundo Pimentel, apesar das dificuldades econômicas do estado, o balanço é positivo. "Nos dá direito a um otimismo moderado para os próximos dois anos. A principal mudança que fizemos foi na forma de encarar o governo de Minas Gerais com a ideia de ouvir para governar. Criamos os fóruns regionais em 2015, fui em todas as regiões para implantar esse mecanismo de consulta popular. Isso está funcionando", disse.

"Conseguimos mobilizar as lideranças de cada região para que sejam levantadas as demandas e elas cheguem ao governo. Quando se tem recursos escassos e é o nosso caso, temos de usá-los de forma eficiente. Atendemos às demandas, mesmo que pequenas, mas muito importantes. São pequenas quando vistas de longe, de perto são grandes. Um pequeno trecho de estrada, a renovação de equipamento de saúde ou de segurança, a reforma de escolas, isso tudo conta muito, principalmente no interior", complementou.

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Contas

Ao comentar sobre as contas do estado, Pimentel afirmou que o seu governo terminou 2016 "com déficit real de cerca de R$ 5 bilhões. A previsão era de um déficit de R$ 8 bilhões. Não vamos ter esse déficit porque conseguimos algumas vitórias ao longo do ano".

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De acordo com o governador, "a negociação da dívida no primeiro semestre, em abril conseguimos um bom acordo com o governo, nos deu um alívio". "E agora, no final do ano, em negociação com o Banco do Brasil, renovamos o contrato da folha de pagamento por mais quatro anos. Isso nos deu um aporte de R$ 1,4 bilhão, o que nos permitiu pagar parte do 13º no ano passado. Se não fossem esses dois recursos, nós teríamos fechado o ano com um déficit absurdo, ainda pior do que o previsto", detalhou.

"Temos R$ 5 bilhões na praça de débito do estado aberto e que temos que pagar. Nossa capacidade de financiamento do déficit é em torno de R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, no máximo, R$ 6 bilhões. Mais do que isso o serviço público entra em colapso. É o caso do Rio de Janeiro. Lá, os serviços estão parando de funcionar porque já passaram do limite. Minas Gerais corre o risco de viver a mesma situação do Rio? Não. Até hoje, não. Conseguimos evitar. Sempre com algum recurso extraordinário", acrescentou.

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