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Delegado descarta ação de serial killer em Goiânia

Titular da Delegacia de Investigação de Homicídios, Murilo Polati diz que áudios que circulam no aplicativo de mensagens WhatsApp a respeito de um suposto assassino em série na capital não passam de boatos; nas mensagens, mulheres de Goiânia são alertadas para a existência de um assassino que circula em uma motocicleta preta e que teria feito várias vítimas em bairros da região Sudoeste da cidade

Titular da Delegacia de Investigação de Homicídios, Murilo Polati diz que áudios que circulam no aplicativo de mensagens WhatsApp a respeito de um suposto assassino em série na capital não passam de boatos; nas mensagens, mulheres de Goiânia são alertadas para a existência de um assassino que circula em uma motocicleta preta e que teria feito várias vítimas em bairros da região Sudoeste da cidade (Foto: Realle Palazzo-Martini)
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Do portal A Redação - "O que temos hoje são boatos." É o que afirma o titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, delegado Murilo Polati Rechinelli, sobre as informações que circulam no aplicativo de mensagens WhatsApp a respeito de um suposto assassino em série na capital. Nas mensagens, que circulam por meio de pelo menos dois áudios, mulheres de Goiânia são alertadas para a existência de um "serial killer". Ainda de acordo com os áudios, o assassino, que sempre circulava em uma motocicleta preta, teria feito várias vítimas em bairros da região Sudoeste de Goiânia.

A semelhança com crimes registrados na região nos últimos dias teria motivado o repasse dos áudios, que foram recebidos por várias pessoas nas últimas 48 horas. No entanto, o delegado, que falou com a reportagem do jornal A Redação na tarde desta quinta-feira (29/5), garante que as ocorrências registradas na capital nos últimos dias em que mulheres jovens foram assassinadas a tiros são casos isolados.

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"Como as investigações ainda não foram totalmente concluídas, não podemos afirmar que o autor de um crime não seja também o autor de outro. Isso pode sim ter acontecido. Porém, afirmamos com toda certeza que os cinco crimes mais recentes da região não foram praticados pela mesma pessoa", afirma. "Tanto é que três dos casos estão no cartório de latrocínio e dois no cartório de homicídio. Apesar de terem sido cometidos por motociclistas, quase sempre em uma moto preta, e terem outras semelhanças, são casos isolados", garante.

Ainda de acordo com o delegado, já ficou comprovado que os crimes foram praticados com diferente armas. "E não é só isso, as investigações apontam que os autores têm características diferente. Um mais alto e moreno, o outro mais baixo e e mais magro, enfim. Essas mensagens, segundo o que foi apurado até agora, não fazem sentido!"

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Os crimes

Entre os crimes registrados recentemente e que têm as características apresentadas nos áudios das mensagens, está o que vitimou a jovem Carla Barbosa Araújo, assassinada com um tiro no peito no no final da tarde de sexta-feira (23/4), no Setor Sudoeste, em Goiânia. De acordo com a Polícia Militar, Carla estava na companhia da irmã quando um homem se aproximou em uma motocicleta preta.

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O homem teria pedido o celular das duas, exatamente como é relatado nos áudios que circulam no WhatsApp, e depois atirado contra Carla, que morreu após ser baleada no peito.

Outro caso recente foi o Janaína Nicacio de Souza, morta na noite de 8 de maio no Jardim América. Testemunhas informaram à Polícia Militar que a jovem estava em um bar no momento em que foi atingida com um tiro na nuca. O autor do disparo, que também estava em uma moto preta, conseguiu fugir do local.

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Na mesma noite (no dia 8/5), Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves estava em um ponto de ônibus na Avenida T-9 quando foi abordada por um motociclista, que também estava em uma moto preta. Armado, ele teria pedido o celular da vítima. Testemunhas disseram que o suspeito atirou no momento em que ela foi pegar o aparelho na bolsa. Bruna foi atingida no peito e morreu no local.

Situação preocupante

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Mesmo diante da série de semelhanças, o delegado Murilo Polati esclarece que tantos nesses três casos quanto em outros parecidos já existem suspeitos diferentes e a delegacia conta, inclusive, com retratos falados. "Não faz sentido ligar a mesma pessoa a todos esses crimes", completa.

Para o titular da especializada, os boatos que estão circulando nos aplicativos de mensagens podem resultar em casos sérios. "A pessoa ou as pessoas que iniciaram isso não têm noção do que essa história pode causar. Um homem pode se aproveitar desses boatos e querer se tornar esse assassino em série, tudo é possível. E esse tipo de informação que circula de forma rápida pode servir de combustível para ele", diz.

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"Ou então, do jeito que estão sendo frequentes os casos de justiceiros, inclusive aqui em Goiânia, a população pode apontar um homem qualquer, que esteja em uma moto preta, como esse tal assassino em série. Tudo isso tem que ser pensado."

Sobre a possibilidade de identificar as pessoas que soltaram essas mensagens no aplicativo, o delegado afirma que não seria possível. "Esse tipo de áudio não tem como ser interceptado", lamenta. (Adriana Marinelli)

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