Delgado ao 247: “Chegou a hora do Legislativo”
Candidato à presidência da Câmara, deputado federal mineiro Júlio Delgado (PSB) diz, em entrevista ao 247, que o Executivo e o Judiciário ficaram muito fortes nos últimos anos, mas o Congresso não os acompanhou. Ele minimiza um eventual apoio do governo Dilma à candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN): “Dilma terá um ano difícil em 2013, ela e o País precisam de tranquilidade no Congresso”
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Heberth Xavier _247 - O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) anda com a agenda cheia. No fim da tarde desta quarta-feira (16/01), pegou um vôo ligando Brasília a Belém. Na capital paraense, iria encontrar-se com o governador Simão Jatene (PSDB), entre outras lideranças locais. Antes disso, passou o dia na capital federal articulando sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Na terça-feira (15/01), esteve com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, outro tucano de quem ouviu a promessa de esforços de convencimento dos colegas de partido a abandonarem a candidatura de seu maior rival na eleição, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ainda o favorito. Amanhã, quinta-feira (17/01), Delgado encontra-se com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), na condição de um dos principais interlocutores políticos do pré-candidato à presidência em 2014.
Num breve intervalo entre tantos compromissos, ele conversou com o 247. Leia abaixo alguns trechos:
APOIO DE TUCANOS
“Estive com o Arthur Virgílio (prefeito de Manaus do PSDB) e ele se mostrou muito solidário à nossa candidatura. Vai tentar convencer seus colegas de partido a abandonarem a candidatura do Henrique (Henrique Eduardo Alves, do PMDB potiguar e favorito na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados). Eu ainda acho que o PSDB, e não apenas ele, ainda vai rever esse apoio.
CANDIDATO POR QUÊ?
“Se olharmos nossa história recente, observamos um fortalecimento grande do Executivo e do Judiciário. O outro poder da República, o Legislativo, porém, não andou para frente. Está mais fraco. Governa-se muito por medidas provisórias. As bases dos partidos não são ouvidas e quase tudo é decidido em reuniões de cúpulas. Está na hora de um choque de transparência na Câmara. Vamos fazer isso.
RELAÇÃO COM O GOVERNO DILMA
Vai ser ótima, por que não? Sou de um partido da base aliada. Mas o mais importante é preservar a independência do Legislativo. E, talvez ainda mais importante, é dar tranquilidade ao Congresso. Sabemos que 2013 não será um ano fácil, há uma crise econômica mundial que precisamos enfrentar. Enfim, acredito que não dá para a Câmara dos Deputados viver sob denúncias de seus parlamentares dirigentes, precisamos de tranquilidade. O governo Dilma precisa disso.
RELAÇÃO COM EDUARDO CAMPOS
Se eu vencer o Eduardo Campos se fortalece? Olha, pode até ser, mas não é esta a questão. O próprio Eduardo fala várias vezes que, acima de tudo, não podemos atrapalhar o governo Dilma Rousseff. E tenho certeza que uma vitória minha só seria bom para a Dilma, pois fortaleceria o Legislativo, e isso é bom para o Brasil. Não sei se o governador de Pernambuco será nosso candidato (do PSB) à presidência ano que vem, sei é que ele defende minha candidatura à presidência da Câmara por acreditar que ela dará mais força e mais tranquilidade ao Congresso. Isso será bom para a presidente atual e será bom para os próximos presidentes.
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