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Deputada repudia censura de ministro a disciplina sobre golpe

"Trata-se de mais uma prova empírica do golpe", afirmou a deputada Margarida Salomão (PT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, ao comentar a censura do ministro da Educação, Mendonça Filho, à disciplina O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil, do curso de graduação em Ciência Política da UnB; "Trata-se, na verdade, de um desrespeito com a história pessoal e acadêmica do docente, cuja produção se tornou referencial no país ao justamente calcar-se no estudo crítico da democracia no Brasil"; assista ao vídeo

"Trata-se de mais uma prova empírica do golpe", afirmou a deputada Margarida Salomão (PT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, ao comentar a censura do ministro da Educação, Mendonça Filho, à disciplina O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil, do curso de graduação em Ciência Política da UnB; "Trata-se, na verdade, de um desrespeito com a história pessoal e acadêmica do docente, cuja produção se tornou referencial no país ao justamente calcar-se no estudo crítico da democracia no Brasil"; assista ao vídeo (Foto: Leonardo Lucena)
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Minas 247 - A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, disse em nota que repudia a tentativa de censura do ministro da Educação, Mendonça Filho, à disciplina O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil, do curso de graduação em Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Se o curso não for barrado será ministrado pelo cientista político Luis Felipe Miguel.

"Enquanto ex-reitora, professora universitária, pesquisadora e enquanto deputada federal, eu repudio o gesto do deputado Mendonça Filho, que atualmente chefia o Ministério da Educação, de censurar a proposta de disciplina sobre o Golpe de 2016, de iniciativa do professor Luís Felipe Miguel, do curso de Ciências Sociais da UnB", disse. "A tentativa de um ministro da Educação – alçado a essa condição por meio da ruptura democrática de 2016 – de censurar uma disciplina em ambiente universitário é a própria prova de que não viveos em uma plena democracia. Trata-se de mais uma prova empírica do golpe", acrescentou.

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Ao site Poder360, o ministro disse, nesta quarta-feira (21), não haver "base científica na criação desse curso. Contraria as boas práticas da educação". "Alguém não pode ter uma ideia ou uma opinião e simplesmente oferecer dentro de uma universidade 1 curso", afirmou o democrata.

De acordo com a parlamentar, "o ministro trata como 'proselitismo' a iniciativa do professor em oferecer a referida disciplina. Argumento que fere de morte um dos preceitos fundamentais da universidade, em seus quase mil anos de existência: o da liberdade e autonomia de pensamento e pesquisa". "É direito próprio às universidades e a seu corpo docente definir os conteúdos aplicados. Ou é assim, ou voltamos à Idade das Trevas, quando instituições autocráticas reivindicavam perseguir aqueles que desafiavam o pensamento vigente – tais como Galileu Galilei e Nicolau Copérnico", complementou.

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"Mendonça Filho falseia a verdade ao desconsiderar a livre iniciativa do professor Luís Filipe Miguel em oferecer a disciplina. Trata-se, na verdade, de um desrespeito com a história pessoal e acadêmica do docente, cuja produção se tornou referencial no país ao justamente calcar-se no estudo crítico da democracia no Brasil – inclusive estendendo questionamentos aos governos petistas", continuou.

Segundo a parlamentar, "a reação desproporcional provocada pelo episódio em questão demonstra a profunda ignorância de Mendonça quanto a natureza da produção acadêmica no Brasil. A disciplina em questão está longe de ser a primeira iniciativa a acusar a ascensão de Temer ao poder enquanto ruptura democrática, enquanto golpe parlamentar".

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"Ao cabo, fica claro o despreparo e a desconsideração de Mendonça para com a Universidade, seja quanto a seus princípios, seja quanto a suas potencialidades. Na prática, censurar uma disciplina vai no mesmo sentido que o intenso corte de recursos praticado pelo governo – nada mais é que o esvaziamento de suas funções e criar justificativas para seu fechamento".

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