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Dilma e Campos terão encontro tenso no Ceará

Em clima de 'disputa' para ganhar prestígio nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a presidente Dilma Rousseff (PT) voltam a se encontrar nesta terça-feira 2, no Ceará, onde Dilma se reúne com os governadores dos estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo para anunciar série de medidas contra a seca; com as recentes trocas de farpas entre eles, a expectativa é que a reunião seja marcada pela tensão

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PE247 – Em clima de “disputa” para ganhar prestígio nacional, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a presidente da República, Dilma Rousseff (PT) voltam a se encontrar nesta terça-feira (2), no Ceará, onde a chefe do Executivo federal estará reunida com os governadores dos estados do Nordeste, mais os de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), e Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), para anunciar uma série de medidas contra a seca. A expectativa é a de que tanto Campos como Dilma troquem novos elogios e, ao mesmo tempo, ressaltem as suas gestões frente aos Executivos estadual e federal, respectivamente. E outro fato que chama a atenção é como o pessebista Ciro Gomes vai se comportar, pois o ex-governador do Ceará defendeu a candidatura da petista e, depois, mostrou-se favorável a de Campos.

Durante um encontro que teve com lideranças políticas de Pernambuco e do seu governo no Sertão do Estado para a inauguração de Adutora do Pajeú, na segunda feira passada, a presidente Dilma elogiou Campos, dizendo que o governador é “um grande parceiro, extremamente respeitado”. A petista teria dito, também, quando esteve no evento, em Serra Talhada, que o pessebista não é somente um gestor, mas também “um companheiro, um amigo de grande jornada”.

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Apesar do afago, Dilma, que também anunciou investimentos de R$ 3,1 bilhões do Governo Federal no Estado , disse, ainda, que nenhuma força política é capaz de governar sozinha o Brasil. O recado foi tido uma “indireta” ao governador, um dos prováveis adversários da petista nas eleições presidenciais 2014, para que o PSB se mantenha na base governista.

Por outro lado, o governador agradeceu à presidente Dilma pelas parcerias com o Governo Federal. “Agradeço desde já às parcerias que temos. Tenho certeza de que as parcerias de ontem e de hoje que estamos firmando vão na mesma direção, na possibilidade de construirmos um país mais equilibrado, mais justo”, afirmou na ocasião.

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O gestor tem atacado a economia após 2012 ter registrado um crescimento de apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Pelo discurso de Campos, subtende-se que a sua candidatura dependerá o desempenho da economia brasileira em 2013 – para este ano, as projeções estão mais otimistas, chegando a um incremento de 3,1%., segundo estimativas do Banco Central. Mas o pessebista tem se reunido com empresários no Sudeste do país e recebido apoio de várias lideranças políticas, sobretudo ao ter levantado a bandeira do Pacto Federativo, para descentralizar os recursos da União.

 Já Dilma deverá seguir intensificando as suas agendas no Nordeste, principal reduto dela, do PT e de Eduardo Campos, para manter o seu prestígio em alta na Região que lhe confere maior popularidade enquanto, ao mesmo tempo, tenta bloquear a crescente influência do socialista, que também tem no Nordeste a sua maior base política.

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Ciro Gomes

O encontro também gera expectativas em torno do comportamento do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PSB). O pessebista já foi tido como o principal nome da legenda socialista a se manifestar de forma contrária a uma possível candidatura de Campos em 2014, ao dizer que não faz sentido deixar um projeto de continuidade da aliança PT-PSB

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Porém, em entrevista à TV Diário, do grupo cearense Verdes Mares, no último dia 8, Ciro defendeu uma candidatura própria do PSB. “Se nós queremos apresentar uma candidatura própria, e eu gostaria que nós apresentássemos, temos que sair do governo, dizer por que saímos e oferecer ao povo brasileiro um embrião de projeto para o País, para que se justifique”, disse.

Assim como Eduardo tem mostrado em relação a sua candidatura a presidente, o correligionário Ciro Gomes também parece ter adotado a dubiedade em seu discurso . Dilma e Campos têm desconversado sobre eleições 2014 para evitar a “eleitoralização” do debate. Agora, resta saber se Ciro ficará no meio-termo ou vai alfinetar um dos lados na terra onde o seu irmão e governador do Ceará, Cid Gomes, também defende a candidatura de Dilma.

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