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Dimas Toledo: o precursor de Paulo Roberto Costa

São incríveis as semelhanças entre o modo de atuação de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras; ambos foram nomeados por partidos políticos e organizaram esquemas de financiamento político nas estatais em que agiram; nos dois casos, o doleiro Alberto Youssef recolheu propinas para o Partido Progressista; a diferença é que, enquanto o esquema de Dimas funcionou no governo FHC e não gerou maiores danos judiciais, o de Costa deu origem à Lava Jato; delação recente de Youssef, no entanto, pode tirar do limbo a investigação sobre Furnas

São incríveis as semelhanças entre o modo de atuação de Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras; ambos foram nomeados por partidos políticos e organizaram esquemas de financiamento político nas estatais em que agiram; nos dois casos, o doleiro Alberto Youssef recolheu propinas para o Partido Progressista; a diferença é que, enquanto o esquema de Dimas funcionou no governo FHC e não gerou maiores danos judiciais, o de Costa deu origem à Lava Jato; delação recente de Youssef, no entanto, pode tirar do limbo a investigação sobre Furnas (Foto: Camila Nunes)
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247 - O engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras que se tornou o pivô da Operação Lava Jato, tem uma espécie de inspirador na arte de montar esquemas de financiamento político em estatais.

Trata-se de Dimas Toledo, que foi diretor de Furnas durante o governo FHC e no início do primeiro governo Lula. Assim com Costa, Dimas foi indicado por um partido político – no caso o PTB, mas com apoio total do PSDB. Assim como Costa, Dimas também montou um modelo de financiamento político, a partir da diretoria de uma estatal. 

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Na operação Furnas, nada menos que R$ 39,9 milhões foram distribuídos a 156 políticos. O PSDB ficou com 68,3% do total, seguido pelo antigo PFL, atual DEM, com 9,3%. Em terceiro lugar, veio – adivinhem – o PP, do ex-deputado José Janene, com 6,1% (saiba mais aqui).

Quem recolhia propinas para o PP? Ele mesmo, o doleiro Alberto Youssef, que era operador de Janene. No seu depoimento na Lava Jato, ele afirmou que os recursos eram pagos por uma empresa chamada Bauruense, que recebeu mais de R$ 800 milhões em contratos de terceirização feitos por Furnas. Disse, ainda, que os pagamentos eram mensais e que um dos beneficiados seria o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos responsáveis por manter Dimas Toledo na diretoria de Furnas (saiba mais aqui).

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Se o 'petrolão' foi um esquema criminoso a serviço de um projeto de poder, o mesmo deve ser dito do 'Furnão', que, em 2002, ajudou a financiar diversas campanhas do PSDB – inclusive a presidencial de José Serra.

A única diferença entre Dimas Toledo e Paulo Roberto Costa é a consequência judicial dos seus atos. Como Dimas Toledo serviu ao PSDB, nunca foi preso e a chamada 'lista de Furnas' foi tratada como uma fraude. 

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No entanto, Roberto Jefferson, que fazia parte da lista, já havia dito ter recebido os recursos que nela constavam. Agora, por meio do depoimento de Alberto Youssef, sabe-se que Janene também recebeu. Será que a lista é mesmo falsa?

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