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'É loucura dizer que pobre não tem hábito alimentar', diz embaixador da ONU contra a fome

O embaixador da ONU contra a fome, Carlo Petrini, criticou a ideia do prefeito João Doria em usar sobras alimentares para alimentar os mais pobres com um composto batizado de farinata; Petrini comentou a fala de Doria de que "os pobres não tem hábitos alimentares: "Isso é mostra de que esse prefeito é muito limitado, conheço pobres da América Latina e África com imensa cultura alimentar", diz o embaixador da ONU

O embaixador da ONU contra a fome, Carlo Petrini, criticou a ideia do prefeito João Doria em usar sobras alimentares para alimentar os mais pobres com um composto batizado de farinata; Petrini comentou a fala de Doria de que "os pobres não tem hábitos alimentares: "Isso é mostra de que esse prefeito é muito limitado, conheço pobres da América Latina e África com imensa cultura alimentar", diz o embaixador da ONU (Foto: Charles Nisz)
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BBC Brasil - O embaixador da ONU contra a fome, Carlo Petrini, veio ao Brasil nesta semana para eventos de sua organização em São Paulo, e não ficou nada satisfeito ao saber dos planos para erradicar a fome na capital paulista. A prefeitura anunciou, entre outras medidas, a distribuição para a população de baixa renda um composto industrializado, a farinata, feito com alimentos que seriam descartados.

Críticos da medida apelidaram a farinata de "ração para pobre". Doria reafirmou o que falou na TV há alguns anos, quando comandava um reality show: "O pobre não tem hábito alimentar, tem fome". Isso é mostra de que esse prefeito é muito limitado, diz o embaixador da ONU. "Conheço pobres da África e da América Latina que têm uma grande consciência alimentar, uma cultura alimentar muito mais importante que a desse prefeito. Conheço pobres no campo que têm um conhecimento incrível sobre as matérias primas e que comem muito bem", diz Petrini.

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O italiano evitou criticar a farinata diretamente. Disse não conhecer o produto, mas enfatizou que "um restaurante jamais colocaria o produto em seu cardápio". "Se os ricos não comem isso, por quê os pobres deveriam fazer isso? Não se resolve a fome com produtos que iriam para o lixo", criticou Petrini.

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