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Educadora do Vaticano critica estabilidade do professor

Madre Montserrat Del Pozo deu início a um processo de reformulação do sistema educacional em escolas do Vaticano e defende defende mudança sistêmica no ensino, que vise instaurar a reflexão crítica em todos os níveis da escola, da gestão ao aluno; visão pedagógica da educadora é similar a do Governo de Goiás, que propõe, por meio da gestão compartilhada com Organizações Sociais (OSs), reformulação da qualidade do ensino, a partir da apresentação de metas da melhoria dos indicadores de qualidade do ensino

Madre Montserrat Del Pozo deu início a um processo de reformulação do sistema educacional em escolas do Vaticano e defende defende mudança sistêmica no ensino, que vise instaurar a reflexão crítica em todos os níveis da escola, da gestão ao aluno; visão pedagógica da educadora é similar a do Governo de Goiás, que propõe, por meio da gestão compartilhada com Organizações Sociais (OSs), reformulação da qualidade do ensino, a partir da apresentação de metas da melhoria dos indicadores de qualidade do ensino (Foto: José Barbacena)
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Diário da Manhã - Após ter se dedicado por mais de sete anos à missão recebida pelo Vaticano de detectar as mudanças necessárias para se alcançar a educação eficaz que se almeja em todo o mundo, madre Montserrat Del Pozo deu início a um processo de reformulação do sistema educacional em escolas do Vaticano que se estendeu a mais de 50 unidades do mundo, que hoje seguem sua pedagogia; baseada na formação contínua de um aluno reflexivo, crítico, capaz de atingir seu rendimento máximo. Nesse processo, o professor é protagonista da mudança que “formará pessoas preparadas para um mundo que ainda não sabemos como será”.

Em entrevista à Revista Época, divulgada na segunda-feira (11), a educadora do Vaticano, que é filósofa pela Universidade da Pensilvânia e mestre em psicologia pela Universidade de Massachusetts, ambas nos Estados Unidos; defende mudança sistêmica no ensino, que vise instaurar a reflexão crítica em todos os níveis da escola, da gestão ao aluno. O método, já aplicado em diversas instituições, propõe que, após cada aprendizado, o aluno possa fazer reflexão sobre o que aprendeu; dispor de tempo para expor as reflexões em sala de aula e levantar questionamentos.

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“Nossa experiência mostra que esse é um exercício poderoso de desenvolvimento de pensamento crítico em relação a tudo o que se passa na escola – e na vida desse estudante. A formação é contínua”, explicou, na entrevista. Montserrat observa, entretanto, que para uma formação exitosa é indispensável que o professor saia da zona de conforto e esteja disposto a aprender todos os dias, e mudar de acordo com as necessidades que os alunos apresentam.

“A resistência dos professores à mudança é o maior empecilho que uma escola pode enfrentar em qualquer mudança pedagógica”, disse à Época. A visão pedagógica da educadora é similar a do Governo de Goiás, que propõe, por meio da gestão compartilhada com Organizações Sociais (OSs), reformulação da qualidade do ensino, a partir da apresentação de metas da melhoria dos indicadores de qualidade do ensino.
Montserrat afirma que é preciso dar condições para que o aluno cultive o melhor de si, e que, criada as oportunidades, ele progredirá até chegar a seu rendimento máximo. Sempre que explicou os avanços que a gestão compartilhada com OS trarão para a Educação em Goiás, o governador Marconi Perillo justificou que um dos principais deles seria gerar oportunidade para que o aluno de família de baixa renda pudesse ter acesso a uma educação de qualidade, como tem o aluno cuja família pode pagar pelo ensino em instituições privadas.

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Estabilidade

Montserrat Del Pozo critica o modelo de estabilidade no emprego, por acreditar que não há como haver melhora no ensino se não se puder mudar os professores ruins. “O mau professor sabota a qualidade do ensino. Em nossas escolas, o aluno escolhe um professor para ser seu tutor. O professor que não é escolhido por nenhum aluno é demitido. O raciocínio é simples: se em um ano dando aula para dezenas de crianças o professor não conquistou a confiança de nenhuma delas, não se conectou com elas, então ele não pode estar ali. (...) Não é porque um professor é uma pessoa amiga e querida na vida pessoal que ele deve ser poupado. Parece um absurdo, mas isso é algo amador que ocorre com muita frequencia nas escolas. A criança vem primeiro. A cada ano que deixamos um professor ruim na sala de aula, prejudicamos dezenas de alunos”, declarou, na entrevista.

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A educadora do Vaticano tem a mesma visão do governador Marconi Perillo, de que o sistema educacional não pode ser prejudicado pela estabilidade do professor. “É preciso cumprir metas, entregar os resultados à população. Por isso é que, muitas vezes, nós procuramos a opção das OSs; porque o servidor celetista, se não cumpre com os seus deveres, se não tem eficiência, ele não fica. Esta é uma das qualidades das OSs”, afirmou o governador em entrevista à imprensa concedida no final do ano passado.

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