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Eloisa anuncia entrega do Gonzagão e edição do Arraiá do Povo

Secretária estadual da Cultura, Eloisa Galdino traça um amplo quadro da atual condição cultural do Estado, destacando os Pontos de Cultura, os editais, o Festival de Teatro e os investimentos do governo na área; ela também anuncia novidades para este mês de junho, o de maior potencial cultural e turístico do Estado: "Estamos entregando o Gonzagão para que ele possa voltar a participar do ciclo junino do nosso estado. Montamos um projeto de captação e estamos tentando conseguir patrocínio, mas já há uma sinalização do governador e do governo para que a gente realize, com a Secretaria de Turismo e de Comunicação, mais uma edição do Arraiá do Povo, uma programação cultural no Gonzagão e o Arraiá do Arranca Unha no Centro de Criatividade"

Secretária estadual da Cultura, Eloisa Galdino traça um amplo quadro da atual condição cultural do Estado, destacando os Pontos de Cultura, os editais, o Festival de Teatro e os investimentos do governo na área; ela também anuncia novidades para este mês de junho, o de maior potencial cultural e turístico do Estado: "Estamos entregando o Gonzagão para que ele possa voltar a participar do ciclo junino do nosso estado. Montamos um projeto de captação e estamos tentando conseguir patrocínio, mas já há uma sinalização do governador e do governo para que a gente realize, com a Secretaria de Turismo e de Comunicação, mais uma edição do Arraiá do Povo, uma programação cultural no Gonzagão e o Arraiá do Arranca Unha no Centro de Criatividade" (Foto: Valter Lima)
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ASN - A promoção e resgate do patrimônio histórico e da identidade sergipana é uma das marcas mais contundentes da política cultural do Governo do Estado. Ao todo, o executivo estadual construiu ou reformou dez espaços culturais, mas não se limitou às obras físicas. Criou também os editais de fomento à produção nas áreas do teatro, da dança, da música; 30 Pontos de Cultura em todo o território e atendeu ao anseio pelo Festival de Teatro de Sergipe. À frente da Secretaria de Cultura há cinco anos, Eloisa Galdino já gerenciou o Fórum de Secretarias de Dirigentes Estaduais de Cultura. Nesta entrevista, você confere um balanço das principais ações realizadas pelo Governo do Estado nesse período.

ASN- Como foi ter Sergipe participando diretamente da articulação nacional da Política de Cultural, com você na Presidência do Fórum de Secretarias de Dirigentes Estaduais de Cultura?

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Eloisa Galdino- Pela primeira vez em sua história Sergipe ocupou este cargo. Fui eleita e reeleita num processo em que meus pares – secretários de cultura de todo o País - entenderam a força dessa representação e isso ajudou não só a posicionar Sergipe na Política Nacional de Cultura, como a estreitar as relações com os órgãos nacionais de Cultura – o Ministério da Cultura e a suas instituições que compõem o seu corpo, como o Iphan, Funart, a Fundação Palmares. Em todos eles, nós estabelecemos relações e consolidamos o posicionamento de Sergipe nesse cenário nacional. Durante estes dois anos de mandato, trouxemos muita coisa para Sergipe, o exemplo mais significativo é a reforma completa do Teatro Atheneu, numa captação de R$ 2 milhões que deu uma cara completamente nova para aquele equipamento cultural.

ASN- Um dos destaques desta política é o Programa Mais Cultura, como se dá sua execução?

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Eloisa Galdino- O convênio de R$ 5 milhões será investido naquilo que a gente chama de democratização das verbas da cultura. Tivemos dois editais de Pontos de Cultura, com 30 pontos distribuídos em todos os cantos do Estado; um convênio para reforma e equipamento de 16 bibliotecas municipais. Fizemos um acordo com o Ministério da Cultura num pacote de ações que vem sendo desenvolvidas ao longo desses cinco anos, estamos ainda no processo de recebimento dos kits do Cine Mais Cultura, que houve um atraso do Ministério, mas os convênios têm um processo de execução de três anos.

ASN- Qual o maior ganho desses Pontos de Cultura?

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Eloisa Galdino- Eles deixam marcas nas cidades onde são instalados, seja na área do artesanato, da cultura digital, da música, da dança e do teatro. O que a gente considera de mais significativo é que esses pontos, na verdade, formam uma rede de transmissão daquilo que nós entendemos como política de cultura. Eles nos ajudam a consolidar essa política e a reproduzir isso para as novas gerações, sobretudo para a juventude do interior do Estado. Nesse ponto, esse conjunto de ações que nós realizamos tem uma relação direta com o processo de interiorização do desenvolvimento, que foi uma premissa do Governo do Estado quando nós iniciamos essa caminhada em 2007.

ASN- Sua gestão não foca apenas o ponto mais forte da cultura sergipana, mas busca atingir a diversidade cultural existente, não é isso?

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Eloisa Galdino- O que nós fizemos aqui foi ouvir e incorporar aos princípios de gestão e tentar romper inclusive com preconceitos na forma como esses diferentes nichos se relacionam. Por exemplo, nós temos uma Orquestra Sinfônica que foi formatada nos anos 80 e re-arrumada nos anos 90. Sempre foi um corpo musical que tinha aquela ideia de trabalhar com os clássicos, que são importantíssimos e que têm origem no velho continente, mas sem nunca produzir um diálogo com a outra música produzida em Sergipe. Nós conseguimos, com muito diálogo, promover um encontro dos músicos da nossa Orquestra com a música produzida em Sergipe, seja com o forró, seja com os novos nomes da cena musical e hoje nós temos concertos como o deste ano, já tivemos em anos anteriores, em que artistas sergipanos se apresentam junto com a Orquestra Sinfônica num processo de extrema harmonia, de troca e de aprendizado.

ASN- Qual a mudança trazida pelos editais de fomento à produção para a vida cultural local?

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Eloisa Galdino- Mudou muito porque nós incorporamos o princípio do diálogo. Aquele clássico "lá vai o artista com o pires na mão", não existe mais na gestão do Governo do Estado. Tanto naquela que iniciamos em 2009 quanto nessa que tem continuidade com o governador Jackson Barreto. Eu posso ter o orgulho de dizer que Sergipe nunca teve edital na área de cultura até a nossa gestão. Hoje nós podemos comemorar os editais na área de teatro, de circulação teatral, de intercâmbio, na área do audiovisual, de ocupação dos espaços cênicos. Tivemos os editais dos pontos de cultura, editais de trabalhos literários para quem tinha trabalho e não conseguia publicar, nós tivemos o edital para um CD de novas composições de Forró, produzido no balaio cultural que a gente realizava na orla.

ASN- O Festival de Teatro é uma das principais vitórias?

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Eloisa Galdino- É uma grande vitória, comemorada não só por nós, mas pela classe artística. O Festival de Teatro é a vitória da gestão que produz política de cultura junto com quem faz a cultura. Desde 1980 esses artistas queriam um festival de teatro e nunca tiveram, então não é simplesmente querer dizer que nós mudamos sem mostrar onde é que está essa mudança. Nós conseguimos realizar o festival de teatro sem interrupção, do primeiro ao quarto neste ano. Estamos fechando um ciclo exitoso na área de artes cênicas.

ASN- Dentre as principais mudanças postas em prática por esta gestão, a interiorização da vida cultural é uma delas?

Eloisa Galdino- Hoje estamos resgatando a presença da vida cultural no interior do estado. Os pontos de cultura foram elementos que provocaram toda essa mudança comportamental, por exemplo, nós teremos em breve também um espaço cultural em Lagarto, o Centro Silvio Romero, que vai se transformar no espaço multiuso de cultura. Tudo isso é um processo que a gente entende como levar um pouco da vida cultural para as cidades médias do interior de Sergipe.

ASN- O que teremos este ano que une São João e Copa do Mundo de Futebol?

Eloisa Galdino- Estamos entregando o Gonzagão para que ele possa voltar a participar do ciclo junino do nosso estado. Temos um processo em que há uma dificuldade financeira significativa. Nós montamos um projeto de captação e estamos tentando conseguir patrocínio, mas já há uma sinalização do governador e do governo para que a gente realize, com a Secretaria de Turismo e de Comunicação, mais uma edição do Arraiá do Povo, uma programação cultural no Gonzagão e o Arraiá do Arranca Unha no Centro de Criatividade. Em relação à Copa, tivemos uma produção artesanal que foi selecionada e será divulgada em outros lugares que serão sede da Copa. Temos uma articulação com a Secretaria de Turismo para potencializar o Centro de Artesanato J Inácio para criar um determinado roteiro e um conjunto de atrações e aí envolve também a prefeitura de Aracaju, nos espaços culturais que a gente tem como a Orla Por do Sol, o próprio Arraiá do Povo que vai acontecer nesse período.

ASN- Qual a sua avaliação desses cinco anos de trabalho?

Eloisa Galdino- O resultado que nós temos é extremamente positivo. E já que estamos falando de vitória, não há vitória mais significativa que este governo possa comemorar do que ter um título de Patrimônio Mundial da Humanidade para um espaço público nosso. A praça São Francisco é o único exemplo na América Latina que reproduz a concepção arquitetônica de Portugal e da Espanha no período da União Ibérica. Nós recuperamos a cidade de São Cristóvão, através do Programa Monumenta, com o apoio da Unesco e, num movimento de candidatura defendido pela população da cidade de São Cristóvão, recebemos o Título. Do ponto de vista estrutural, a gente pode dizer que este governo, em seus dois mandatos, além do Título de Patrimônio, recuperou igrejas, fez o saneamento básico da cidade, colocou a iluminação subterrânea no entorno do Centro Histórico, que era uma das premissas para conseguir o título e revitalizou espaços como o Museu de Arte Sacra, como o local onde funcionava o convento. Afora a reforma que fizemos num prédio que é símbolo do poder imperial em São Cristóvão, administrado pela Secretaria de Cultura, que é o Museu Histórico de Sergipe. Além desse conjunto de ações, agora com o PAC das Cidades Históricas temos mais R$12 milhões – garantidos no governo da presidente Dilma e com convênio e pacto já assinados – para investir na cidade de São Cristóvão, seja na recuperação de elementos artísticos, na recuperação de prédios históricos, na antiga ferrovia da cidade de São Cristóvão. Nós encerraremos um ciclo virtuoso na área da cultura e deixaremos um legado que qualquer outro governo que chegue, qualquer outro gestor de cultura vai ter a obrigação de dar continuidade porque o público já incorporou isso como uma agenda sua.

ASN- Algo ainda que esteja sendo ansiado e que a desafia?

Eloisa Galdino- Nós conseguimos captar dentro do Sergipe Infraestrutura e graças também ao compromisso do governador Jackson Barreto, a reforma completa do Centro de Criatividade no valor de R$ 1,2 milhão. Essa obra já foi licitada, nós já encaminhamos toda a documentação. Ela tem um significado especial porque nós queremos criar um novo conceito do Centro de Criatividade em que ele trabalhe com os elementos da comunidade da Maloca porque nós temos ali remanescentes daquilo que a gente chama de quilombos urbanos e, portanto com uma cultura negra muito forte. E a nossa ideia é equipar o Centro com os espaços de auditório de audiovisual, de laboratório inclusive de audiovisual para aquela comunidade. Então uma mudança na política de uso do espaço. Depois do ciclo junino a ordem de serviço será assinada.

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