CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Geral

Em qual dessas imagens, José Serra se encaixa?

Na noite de ontem, o senador mineiro Aécio Neves emparedou o PSDB paulista, conseguiu apoio para presidir o partido e deixou José Serra completamente fora do jogo de 2014 (ao menos no ninho tucano); ao mesmo tempo, a presidente Dilma Rousseff cobrou "parceiros comprometidos" diante de Eduardo Campos, em Pernambuco; agora, quem tem as cartas e deve fazer o próximo movimento é o próprio José Serra, que estuda buscar novos rumos; afinal, para onde ele vai?

Em qual dessas imagens, José Serra se encaixa?
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Todas as peças do jogo eleitoral de 2014 fizeram movimentos importantes neste início de semana. Na noite de ontem, em São Paulo, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) deu um passo decisivo para suas pretensões presidenciais. Emparedou o PSDB paulista, obteve apoio do governador Geraldo Alckmin para presidir o partido nacionalmente e, ao lado do ex-presidente FHC, comemorou o "partido unido", numa foto em que José Serra não aparece. Falta agora iniciar o que FHC chama de "banho de povo".

Também na manhã de ontem, a presidente Dilma Rousseff teve um encontro tenso com Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. Em Serra Talhada, quando falava sobre a seca, ela mencionou a importância de "parceiros comprometidos". E Eduardo respondeu prontamente, dizendo que "não tem faltado apoio" ao governo federal.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Se a imagem dos tucanos mostra união, ainda que apenas aparente, a da base aliada sinaliza divisão. Eduardo Campos mantém a disposição de ser candidato a presidente, em 2014, e fez seu lance mais ousado ao se aproximar de José Serra, na semana passada. Nesse movimento, Campos foi defendido por outro aliado, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF), que pode ser seu vice e defendeu a adesão de Serra ao projeto socialista. "O PT representa o presente, o PSDB o passado e o PSB o futuro", diz Cristovam.

Agora, caberá a José Serra definir seu destino. Refugiado em Princeton, nos Estados Unidos, ele participa de uma homenagem ao economista Albert Hirschmann e reflete sobre seu futuro. Serra vive um momento de transição pessoal e, eventualmente, política. Há algumas semanas, ele deixou a casa onde vivia com Mônica Serra. Do ponto de vista partidário, tem convite de Roberto Freire para se filiar ao PPS, onde poderia disputar o governo de São Paulo, contra Geraldo Alckmin, ou pleitear a vice-presidência, uma vez que Freire já fechou seu apoio a Campos. No PSDB, seu espaço é próximo a zero e o próprio FHC o alfinetou na noite de ontem, ao dizer "espero que ele se sinta representado por mim".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma eventual saída do PSDB teria implicações não desprezíveis no jogo eleitoral. Além dos tucanos que são leais a Serra, que também se bandeariam para o lado de Eduardo Campos, há o próprio PSD, de Gilberto Kassab, que também mantém uma aliança tácita com o PSB. Afora isso, Serra tem um elemento decisivo numa disputa eleitoral: capacidade econômica e de abrir as portas do grande capital ao governador pernambucano. As cartas do jogo, agora, estão com o ex-governador paulista.


CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO